Antropologia, Ética E Cultura
Artigo: Antropologia, Ética E Cultura. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: TAISROSA • 8/3/2015 • 951 Palavras (4 Páginas) • 334 Visualizações
Descrição da atividade
Para realizar esta atividade, leia o artigo da pesquisadora Rosimeire Costa de Andra¬de Cruz (UFC), intitulado A Pré-escola vista pelas crianças, que se encontra disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/32ra/arquivos/trabalhos/GT07-5619--Int.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2013. Após a leitura, responda às seguintes questões:
1) O que pensam as professoras, as crianças e suas famílias sobre a pré-escola?
para a construção de um novo projeto educacional,
capaz de contribuir, significativamente, para a qualidade de vida
das crianças. A qualidade do projeto educacional dessas instituições
requer, sobretudo, a qualificação dos profissionais que irão
atuar com as crianças.
As artes visuais e a música,
quando aí incluídas, são utilizadas alheias às suas funções expressiva e comunicativa.
Assim, a pintura e o desenho ora funcionam como meros passatempos, por exemplo,
enquanto é aguardada a hora do lanche, ora como reforço ou como estratégia para a
aprendizagem (entendida como fixação e memorização) de conteúdos relacionados à
língua escrita e a datas comemorativas. A música, além de aliada à memorização de
conteúdos também tem se prestado à inculcação, nas crianças, de hábitos, de atitudes e
de comportamentos associados à imagem do “bom” aluno, valorizado pelo modo
transmissivo de fazer pedagogia, “que ignora os direitos da criança a ser vista como
competente e a ter espaço de participação”
As falas das crianças fazem supor que permanecer na escola não é seguro,
resulta quase sempre em sofrimento, o que pode, inclusive, perdurar-se até a sua casa.
Embora as crianças falem do desejo de aprender a ler e a escrever e apontem a
escola como o lugar onde reside a possibilidade dessa aprendizagem, a convivência
nesse espaço coletivo de educação e de cuidado parece estar se constituindo em uma
experiência desagradável, o que faz com que elas criem estratégias diversas para fugir
de lá. Assim, não se vai à escola porque “a mãe não quer que ela [a criança] estude”, “[a
criança] não sabia que tinha aula”, “não tem escola”, “não tem aula hoje”, “não teve
aula ontem”, “o pai [da criança] não deixa ir pra escola”, ir para a escola fica sempre
para mais tarde “só à tarde”, “amanhã”... A rotina da escola, na perspectiva das crianças, apresenta cinco características
principais: Tudo é sempre igual: “todo dia o dever é o mesmo!” Tudo é sempre igual: “todo dia o dever é o mesmo!” Ensina a comportar-se direito: “o trabalho das crianças é obedecer!” É importante ressaltar que, na percepção das crianças, as famílias quase sempre
são aliadas da escola. Juntamente com a professora, elas geralmente aparecem retratadas
nos D-Es como adultos empenhados em fazer os personagens infantis se submeterem às
exigências escolares, fazendo, também, o uso de castigo. Só tem dever para fazer: “se não fizer o dever, a tia bota de castigo!”
Ao contrário do que pensam muitos adultos, as crianças parecem não estar
satisfeitas com a escola e as práticas ali desenvolvidas. A ausência do contexto escolar
em quase metade dos D-Es e/ou de atividades a ele relacionadas e a sua associação a
experiências que envolvem medo, violência, hostilidade, dor e solidão são indícios
disso. As características da escola idealizada na H-C (por exemplo, “sem castigo e sem
dever”, com tempo, espaços, materiais e companheiros - adultos e outras crianças – que
possibilitem muita brincadeira e com uma professora que é preocupada com os seus
alunos) também confirmam essa hipótese.
É importante destacar que as crianças, apesar de parecerem estar percebendo a
sua experiência escolar como algo pouco agradável, reafirmam o desejo de estar na 17
escola e de aprender.
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