Análise de Conjuntura
Por: lilica2016 • 23/3/2016 • Trabalho acadêmico • 3.071 Palavras (13 Páginas) • 798 Visualizações
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
RICARDO
ANÁLISE DE CONJUNTURA
MÓDULO VIII
2013
RICARDO
‘O COTIDIANO: ESPAÇO PRIVILEGIADO DA PRÁTICA PROFISSIONAL”
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Trabalho Profissional II.
Orientadora Prof.
Introdução:
A máxima preocupação dos profissionais do Serviço Social, nos últimos anos, foi a de contribuir para o processo de transformação social, mediante a articulação de sua ação profissional, segundo as diretrizes da prática científica. Sem dúvida, essa identificação com um projeto social transformador considera a ligação de uma série de elementos de diferente natureza, dentro dos quais pode se assinalar, prioridade, daqueles de caráter teórico e político. De modo indireto insinua-se que na prática metodológica do Serviço Social reconceituado, o domínio dos instrumentos teóricos não foi adequadamente formalizado. O interesse deste ensaio é salientar as exigências de caráter teórico e do questionamento da prática metodológica cientificamente orientada.
Segundo Balbina, (O. Vieira – pág. 29), em decorrência da sua natureza, o Serviço Social tem uma finalidade. Entende-se por “fim” ou finalidade a prefiguração dos resultados a serem atingidos com atividade prática. “São características ideais e, como todo ideal, a probabilidade de ser alcançado importa, antes de tudo, a compreensão da transcendência e da realidade e, portanto, engloba um problema de temporalidade; um fim só pode ser atingido em longo prazo.”
DESENVOLVIMENTO:
A reformulação foi feita através de uma análise de intervenção concreta dos Assistentes Sociais, manifesta com clareza uma determinada direção bem classificada, de uma forma especial de realizar o exercício da investigação, das exigências teóricas e experimentais para a produção de conhecimentos e de seu vínculo com a realidade dos interesses sociais.
Para que a atuação de gestão em Serviço Social ultrapasse o assistencialismo, são necessários: Tomada de consciência política por parte dos assistentes sociais, representando assim, uma aproximação aos padrões científicos, apesar de que essa aproximação manifesta-se quase exclusivamente a nível do declarado e de simples julgamento moral do processo social, sem que a dimensão analisada cientificamente se incorporasse; atenção especial aos componentes ideológicos presentes na prática institucional burocrática, pois, são um entrave à produção de conhecimentos científicos, principal alvo de intervenção dos profissionais; cuidar para que a prática investigadora do Serviço Social, nos casos em que se processa, sejam alimentadora de orientadores lógicos, para uma produção científica; ao dectar os obstáculos, logo alguns fatores se insinuam os quais são necessários à metodologia do Serviço Social: reconsideração do exercício de investigação em campos de prática, da direção e conteúdos da análise da relação desses elementos com dimensão política que dão significado e sentido à prática científica.
O que em outras palavras, significa pensar em um desenvolvimento social objetivo acima da existência dos interesses das classes sociais.
Mesmo porque ao assumir, conscientemente, uma posição ideológica, marcou-se o primeiro salto qualificativo, à época do movimento de reconceituação da profissão, nos quarenta anos da existência da profissão assistente social.
Para que possamos exercer nossa profissão, de forma que ultrapasse o assistencialismo, é necessário entender que ao dar o salto político ideológico, o assistente social se deu conta dos fenômenos diferentes daqueles que ele supunha, até então, infalíveis ou eficientes para a transformação da sociedade.
Devemos contestar a desigualdade, a exploração social, a dependência e a dominação política, assim com a exaltação de compromisso com as classes desfavorecidas, visando, a necessidade de organização e, se for o caso, mobilização popular.
A profissão do Serviço Social se inscreve como instrumento que intervém nos processos e programas conhecidos, geralmente, como desenvolvimento social. A simples constatação deste fato já chama atenção do sistema capitalista, em vista da forma dependente e subordinada em relação ao econômico e também da colocação subordinada e dependente dos técnicos que operam no campo social, no jogo das reais decisões do poder burocrático.
Dentro das políticas do desenvolvimento social ocorre uma clássica seleção: políticas de nível assistencial e políticas de nível promocional. Mesmo que a sua diferença, em muitos casos, inexista na prática e obedeça mais os critérios já conceituados, as primeiras estão dirigidas para o tratamento de fatores considerados formais, tais como a mendicância, a prostituição, o alcoolismo, o uso de drogas, a reabilitação carcerária, etc., ou então, pelo caráter de “problemas sociais”, que se referem às demandas dos setores de saúde, habitação, emprego, bem estar familiar e proteção aos menores, entre outros.
Devemos nos conscientizar que as políticas promocionais poderiam ser classificadas como aquelas que não limitam a prestação de serviços diretos, mas que incluem, igualmente, objetivos de educação, de capacitação, de organização e até de mobilização, seja com a finalidade de racionalizar e agilizar os programas de desenvolvimento
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