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                  Racismo Disfarçado na Sociedade Brasileira

Em nossa sociedade sempre houve muito preconceito com os mais diversos tipos de pessoas que não fossem consideradas “ normais” e iguais perante a sociedade. E Dentre tantos tipos de preconceitos, o racismo é um dos grandes problemas sociais antigos mais graves que perdura até nos dias atuais. O racismo é qualquer ato em que um grupo de pessoas se sentem superiores  aos outros, por serem, brancos, inferiorizando determinados grupos de pessoas por questões principalmente étnicas, mas também envolvendo questões como outros traços físicos, religiosos e culturais. 
Essa crença da existência de uma raça superior a outra levou a sérios problemas que ocorreram durante quase toda a história da humanidade e foram utilizadas para explicar o domínio, por exemplo, dos europeus sob os povos da América latina e África juntamente com a escravidão e genocídios e extermínios de alguns povos como os indígenas na América e os negros na África. O Brasil é um país que possui em sua história, um longo uso da mão de obra escrava negra africana, havendo 400 anos de sofrimento para esse povo que ergueu o país e sua economia.
Discutir o tema “racismo” na sociedade brasileira é algo complicado, porque uma parcela da nossa sociedade acredita que esse é um problema do passado e como pode haver racismo em um país miscigenado, no qual grande maioria das pessoas descendem de negros ? Esta é uma pergunta em que fica difícil achar uma resposta, pois o racismo em nossa sociedade existe é forte e está mais presente do que se pode imaginar. No dia a dia é fácil notar algumas atitudes preconceituosas e racistas por parte das pessoas, como por exemplo, tentar esconder bolsas, carteiras ou quaisquer que sejam os objetos ao se passar do lado de uma pessoa negra e pobre.
Dados revelam que mais da metade da população carcerária brasileira é composta por homens negros, pobres e de baixa escolaridade, e as mulheres negras são maioria nas vagas de empregadas domésticas, e a sociedade brasileira ainda acredita que não somos um país racista. O fato é que ninguém se considera racista, mas todos conhecem alguém que seja, e essa afirmação é confirmada por uma pesquisa em que 97% das pessoas dizem não ser racista e em contrapartida, 98% dessas mesmas pessoas disseram que tinham um familiar ou conhecido que era racista, ou seja, essa pesquisa apenas confirma que mesmo após 400 anos do fim da escravidão, os negros ainda sofrem discriminações raciais.
A  sociedade europeia sempre foi o ideal de sociedade a se seguir, sendo sempre considerada civilizada e principalmente de maioria branca. Já houve uma tentativa de embranquecer a população brasileira no século XIX, e até mesmo, proibir negros e mal vestidos de andar por determinados locais do nosso país, como as avenidas principais do Rio de Janeiro. Todas essas questões contribuíram para a existência de opressão aos negros  e limitação a determinadas áreas profissionais que prejudica o crescimento social e econômico desses descentes.
Talvez o maior problema do racismo é que as próprias pessoas são racistas consigo mesmas, acreditando serem inferiores aos brancos, e que são os brancos que determinam o comportamento social a se seguir, e ainda acreditam que deve haver essa inferioridade por parte dos brancos por serem descendentes de grandes nações passadas. Com todos os problemas que o racismo causa, sabemos que deve existi-lo para que fique explícito esses conflitos étnico-raciais para isso não se tornar algo normal, já que, como foi dito, os próprios negros são racistas.
Há várias formas de tentar solucionar o racismo, umas delas que é usada para ingressar nas faculdades, que é o uso das cotas raciais, que é uma forma de tentar igualar e minimizar os problemas de preconceito com os negros. Uma outra forma é investir em educação tanto em casa como nas escolas, para as crianças entenderem que todos nós somos iguais, e que por pertencemos a uma sociedade miscigenada, a última coisa que deve haver, é o preconceito e racismo com as pessoas que são “”diferentes””. O racismo não leva as pessoas a lugar nenhum, apenas aumenta os problemas sociais de um país e de determinados grupos de pessoas.

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