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CLÍNICA MÉDICA

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Por:   •  3/11/2014  •  2.205 Palavras (9 Páginas)  •  459 Visualizações

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1.0 CIRROSE HEPATICA

A cirrose é uma doença crônica caracterizada pela substituição do tecido hepático normal por fibrose que rompe a estrutura e a função do fígado. Existe três tipos de fibrose: alcoólica, pos-necrotica e bilial. A cirrose alcoólica é o tipo mais comum, causada pelo alcoolismo crônico. A pós-necrotica que é um resultado tardio de um surto prévio da hepatite viral aguda. A cirrose bilial resulta de uma infecção (colangite) e obstrução biliar crônica, é muito menos comum que os outros dois tipos.

1.1 ANATOMIA

O fígado é a maior víscera do corpo humano, correspondendo a 1/50 do peso corporal em adultos e 1/20 do peso corporal de um neonato. Situa-se no quadrante superior direito do abdômen, aderido à superfície inferior do diafragma. É, essencialmente, uma massa de células permeada por um complexo, mas organizado sistema de canais que transportam o suprimento sanguíneo e a bile.

1.2 FISIOPATOLOGIA

O consumo de álcool é considerado o principal fator etiológico da cirrose hepática. Embora a deficiência nutricional com a ingestão proteica reduzida contribua para a desnutrição hepática na cirrose. No entanto a cirrose também acontece nas pessoas que não consumem álcool e naquelas que consumem uma dieta normal e apresentam uma ingestão elevada de álcool.

1.3 EPIDEMIOLOGIA

A prevalência da cirrose hepática é mais frequente no sexo masculino e do tipo alcoólico em homens em idade produtiva, na faixa etária de 45 a 54 anos, atribuída pela dependência química. Este gênero masculino apresenta coeficiente de mortalidade por cirrose 4,5 vezes maior que as mulheres. No Brasil as taxas de alcoolismo são elevadas, criando uma situação de difícil tratamento e reabilitação social.

1.4 TRATAMENTO FARMACOLOGICO

O tratamento do paciente com cirrose geralmente se baseia nos sintomas presentes. Os antiácidos ou antagonistas H2 são prescritos para diminuir o desconforto gástrico e minimizar a possibilidade de sangramento gástrico intestinal. As vitaminas e os suplementos nutricionais promovem a cura das células hepáticas lesionadas e melhora o estado nutricional geral do paciente. Os diuréticos poupadores de potássio como a espironolactona (aldactone) podem ser indicados para diminuir a ascite.

1.5 CUIDADADOS DE ENFERMAGEM

Relatar a importância da exclusão do álcool da dieta. Descrever a necessidade da restrição de sódio na alimentação. Reconhecer a importância da adesão ao plano terapêutico, incluindo o repouso, alteração no estilo de vida e ingesta nutricional adequada. Compreender que a recuperação não é rápida e nem é fácil, havendo possibilidades de recidivas e aparente falta de melhora. Referir os sinais e sintomas de encefalopatia iminente, possíveis tendências de sangramento e suscetibilidade a infecções.

ALGUNS CUIDADOS INCLUEM

 Avaliar o nível de tolerância à atividade e grau de fadiga, letargia e indisposição quando realiza suas atividades de vida diária.

 Administrar vitaminas suplementares (A,C, K e as do complexo B), conforme prescrição médica.

 Ajudar nas atividades e higiene quando fatigado.

 Encorajar o repouso quando fatigado ou quando ocorre a dor ou desconforto abdominal.

 Ajudar na seleção e compasso das atividades desejadas e exercícios.

2.0 ENCEFALOPATIA HEPÁTICA OU COMA HEPÁTICO

A encefalopatia hepática, é uma complicação da doença hepática com risco de morte, ocorre com a insuficiência hepática profunda e pode resultar do acumulo da amônia e de outros metabolitos tóxicos do sangue. Os neurotransmissores falsos ou fracos foram sugeridos como uma causa. Esses neurotransmissores podem ser produzidos de uma fonte intestinal ou do metabolismo da proteína pelo fígado e precipitar a encefalopatia.

A encefalopatia hepática pode ocorrer como um distúrbio agudo, porém, potencialmente reversível. Ou pode ocorrer como um distúrbio crônico e progressivo associado à doença hepática crônica.

A encefalopatia hepática é causada por distúrbios que afetam o fígado. Entre eles os que reduzem a função hepática (como cirrose ou hepatite) e doenças nas quais a circulação sanguínea não penetre no fígado. A causa exata da encefalopatia hepática é desconhecida.

Uma importante função do fígado é transformar substâncias tóxicas produzidas pelo corpo ou ingeridas (como remédios) em substâncias inofensivas. No entanto, quando o fígado está prejudicado, esses "venenos" podem se acumular na corrente sanguínea.

A amônia, que é produzida pelo corpo quando as proteínas são digeridas, é uma das substâncias tóxicas neutralizadas pelo fígado. Várias outras substâncias podem se acumular no corpo se o fígado não funcionar bem. Elas podem causar danos ao sistema nervoso.

A encefalopatia hepática pode ocorrer de repente em pessoas que não tinham problemas no fígado antes, quando o fígado é lesionado. Geralmente, o problema é visto em pessoas com doença hepática crônica.

2.1 FISIOPATOLOGIA

A amônia, que está entrando constantemente na corrente sanguínea, acumula-se porque as células hepáticas isoladas falham em converter a amônia em ureia. A amônia penetra na corrente sanguínea como resultado de sua absorção no trato GI e de sua liberação do rim e das células musculares. A concentração aumentada de amônia no sangue provoca disfunção e lesão cerebral, resultando em encefalopatia hepática.

SINTOMAS

Os sintomas podem aparecer aos poucos e se agravar gradualmente, ou aparecer de repente e serem graves desde o início, podem ser leves no início. Familiares ou cuidadores podem notar que o paciente apresenta:

 Hálito bolorento ou doce

 Alterações no sono

 Mudanças no raciocínio

 Leve confusão

 Esquecimento

 Confusão mental

 Mudanças de humor e de personalidade

 Falta

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