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CONHECIMENTO ETNOZOOLÓGICO DOS VISITANTES DO PARQUE ILTO FERREIRA COUTINHO

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Por:   •  1/1/2015  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  604 Visualizações

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CONHECIMENTO ETNOZOOLÓGICO DOS VISITANTES DO PARQUE ILTO FERREIRA COUTINHO

Christian Gurkewicz Ferreira

Paulo Thiago Alves França

7° semestre de Ciências Biológicas- Departamento de Biologia

Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT

Campus de Tangará da Serra

Resumo

A pesquisa foi realizada com visitantes do Parque Natural Ilto Ferreira Coutinho, a respeito do conhecimento etnozoológico da fauna local. Através de questionários fechados, pode se perceber que as espécies da fauna local mais observada foram: Dasyprocta aguti, Micus melanurus, e diversas espécies de aves. Nota-se ao analisar os dados que os visitantes do parque ainda possuem um grau de conhecimento limitado a respeito da fauna ali presente, bem como certa preocupação na preservação das espécies ali existentes.

Palavras chaves: Fauna, etnozoológico, conhecimento e visitantes.

Introdução

No Brasil, os estudos em etnozoologia ainda são escassos quando comparados com aqueles devotados à etnobotânica. (Costa-Neto, 2004). Devido a essa carência há necessidade de dados relevantes que proporcione estudos, mais detalhados desse assunto.

Segundo Teixeira, 1992; a pesquisa etnozoológica no país é incipiente e admite que um dos problemas mais sérios para o estudo da etnozoologia em âmbito nacional, é a falta de informações elementares e descritivas sobre a fauna brasileira, aliada a uma amostragem bastante deficiente, mostra que estudos relacionados a estas ainda carecem, devido ainda à forma em que essa ciência é encarada.

Conhecer a fauna e flora da nossa região é importante, através desta possamos ter embasamento para medidas de conservação da mesma. A pesquisa etnozoológica vem como uma ferramenta para que se possam identificar, localizar e acompanhar determinadas espécies. Espera-se que o amadurecimento que a etnoecologia vem sofrendo nos últimos anos, sirva de propulsão para estudos relacionados a outras áreas étnicas, em especial a etnozoologia, e essa se desenvolva em perfeita ligação com conhecimento local e o acadêmico - cientifico.

Comenta Mendes et.al, 2005; distinta, porém igualmente preciosa, é a etnozoologia como ferramenta interpretativa do histórico compartilhado entre homens e animais em uma determinada região. Aqui, incluem-se diferentes manifestações humanas frente à fauna, sejam estas inspiradas pela afeição, repúdio, reverência ou desprezo, indicando, por vezes, crendices e aspectos cinegéticos locais.

Por essa ressalva, o presente trabalho tem como finalidade sensibilizar os visitantes do Parque Ilto Ferreira Coutinho, sobre a importância de conservação da fauna e flora ali presentes, bem como conhecer os saberes etnozoológicos dos usuários do parque. Esse trabalho objetiva-se verificar conhecimento etnozoológico, dos visitantes deste parque.

Metodologia

O presente trabalho foi realizado no Parque Natural Ilto Ferreira Coutinho (bosque municipal), localizado no município de Tangará da Serra no estado do Mato Grosso (MT); Brasil. A área está localizada na região central da cidade de Tangará da Serra, um fragmento de vegetação de aproximadamente 12,15 hectares, dentro da coordenadas geográficas Latitude S 14° 37’ 342“e a longitude W 57° 29’ 297”.

O Parque é constituído de uma vegetação predominantemente de cerrado, com algumas faixas de transição de floresta. A área apresenta algumas espécies de vegetais exóticos e endêmicos tais como: Falso pau Brasil Caesalppinia tinctoria, um vegetal exótico introduzido no país; teca Tectona grandis, representante da família Verbenaceae também introduzida no país; árvore de sete copas Terminalia catappa, vegetal representante da família Combretaceae produtor de goma endêmico do Brasil (HARRI, 2002 & HARRY, 2003)

“O Parque desde sua criação como área de preservação permanente (APP), vem sendo administrada pela prefeitura municipal. E está sendo utilizado como área de lazer da população local. A área possui um horário de funcionamento diário e está disponível para visitação entre, 6.00 às 18.00 horas todos o dias.” (FRANÇA, 2007).

O presente trabalho foi realizado em duas etapas, sendo a primeira uma aplicação de questionários aos visitantes maiores de dezoito anos de idade, a respeito do conhecimento sobre a fauna do bosque municipal. Foram aplicados vinte questionários fechados com um número total de dez questões cada. A aplicação desses questionários foi realizada nos dias de maior movimentação de visitantes (sábado e domingo), o modelo do questionário segue em anexo. Na segunda parte da pesquisa foi realizada a análise e sistematização dos dados obtidos, que serão discutidos a seguir.

Resultados e Discussão

A pesquisa foi baseada ma aplicação de um questionário a respeito do conhecimento etnozoológico dos visitantes do bosque municipal. Foram abordados vinte visitantes, durantes os dias de campo. Após a categorização dos dados obtidos, verificamos que 50% dos informantes já freqüentavam o parque por aproximadamente três anos; 20% freqüentavam este mesmo parque por aproximadamente dois anos; 10% desses informantes freqüentavam o recinto por aproximadamente um ano e por fim 20% relataram que freqüenta o parque por quatro anos ou mais.

Isso indica que a maioria dos informantes já possui certo tempo de visitação considerável, o qual se pressupõe que estão familiarizados com a fauna ali residente. Nesse sentido foi verificado que 60% relataram que costumam observar frequentemente os animais ali existentes, 30% dos informantes ratificaram que eventualmente observam, e apenas 10% dos entrevistados informaram que não possuem o hábito de observar a fauna ali presente.

De acordo com a pesquisa, o animal mais avistado, presente em 100% dos questionários, foi a cutia Dasyprocta aguti, inclusive naqueles em que os informantes relatam não ter o hábito de observar os animais; o mico Micus melanurus, presente em 90% dos questionários; aves tiveram um percentual de 50% de relatos

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