CONTROLO DA COMPLETA Relatório Histórico
Tese: CONTROLO DA COMPLETA Relatório Histórico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pauloalbuquerque • 11/6/2014 • Tese • 1.414 Palavras (6 Páginas) • 211 Visualizações
CONTROLE DE CHEIAS
Relato Histórico:
Pode-se afirmar com convicção que a integração entre os seres humanos com os rios é tão antiga quanto a própria existência daqueles. Desde o princípio de tal integração enchentes e secas vem ocorrendo como agentes históricos significativos para a população. Uma vez intensa a quantidade de precipitação ocasionada pelas chuvas, faz com que a quantidade de águas as quais chegam simultaneamente ao rio pode ser superior à sua capacidade de drenagem, isto é, a sua calha normal, acarretando, de tal modo, em possíveis inundações das áreas à margem do rio.
Ademais, se faz mister informar que as denominadas condições hidrológicas as quais produzem a inundação podem ocorrer tanto de forma natural quanto de forma artificial. A primeira diz respeito às condições cuja ocorrência é ocasionada pela bacia em seu estado natural, sendo estas condições, por exemplo, o tipo de relevo predominante na região, o tipo de precipitação, a cobertura vegetal ali presente, ou até mesmo a capacidade de drenagem, entre outros fatores.
Normalmente os rios drenam suas cabeceiras, nome dado às áreas com grande declividade, realizando escoamento em alta velocidade, contudo, a variação de nível durante os períodos de enchentes pode ser de vários metros em poucas horas. Quando o relevo é acidentado, as áreas s quais se encontram mais propícias à ocupação são de fato as planas e mais baixas, justamente aquelas as quais apresentam um elevado risco de inundação. Já as várzeas de inundação de um rio crescem de forma significativa em seus cursos médios e baixos, nos quais a declividade se reduz e, desta forma, aumenta a incidência de inundações nas áreas mais planas.
As precipitações mais intensas atingem áreas específicas e são do tipo convectivo e orográfico. Tais formas de precipitação atuam, em geral, sobre pequenas áreas, enquanto que as precipitações frontais atuam sobre as grandes áreas provocando inundações dos grandes rios.
Já a segunda condição hidrológica, correspondente às condições artificiais, como o próprio nome sugere são aquelas acarretadas pela ação do homem, tendo como exemplos as obras hidráulicas, o procedimento de urbanização, o desmatamento e o uso agrícola. A bacia natural possui maior interceptação vegetal, maiores áreas permeáveis e menor escoamento na superfície do solo, diferentemente das bacias urbanas, as quais possuem superfícies impermeáveis, pelo fato da existência de ruas e estradas asfaltadas, e maior aceleração no escoamento, através da canalização e da drenagem superficial, conforme se observa através da imagem abaixo demonstrada:
A fim de se limitar os danos pelas enchentes e também pelas erosões ocasionadas no solo, se faz necessária a realização de um plano para o seu controle, e em seguida coloca-lo em prática. Pode-se afirmar que de fato é quase impossível haver a eliminação total das enchentes e erosões geradas de uma bacia hidrográfica, fazendo com que tais medidas sempre tenham a finalidade de minimizar as suas consequências, conforme já mencionado.
Atualmente, o meio mais moderno para se buscar a minimização dos efeitos ocasionados pelas cheias e pelas erosões é aquele o qual leva em consideração um conjunto de medidas, as quais servem tanto para as inundações quanto pras erosões, uma vez que na maioria das vezes as mesmas encontram-se inter-relacionadas.
Fora aperfeiçoado um critério de classificação referente a tais medidas de controle das inundações, o qual se subdivide em duas categorias, estas sendo as soluções estruturais e as não estruturais. A primeira medida possui influência na estrutura da bacia, seja na sua extensão, chamadas medidas extensivas, através de intervenções diretas na sua sistematização hidráulico-florestal e hidráulico-agrário, ou localmente, denominadas de medidas intensivas, estas mediante obras com objetivos de controlar as águas, como por exemplo reservatórios, caixas de expansões, diques, canais de desvios, canais paralelos. Já a segunda solução, esta sendo a não estrutural, consiste tão somente na procura da melhor convivência do ser humano juntamente com o fenômeno das enchentes.
Das medidas de controle das cheias:
Conforme já mencionado no presente trabalho, em suma, existem atualmente dois mecanismos para o controle das enchentes, estes sendo de tipo estrutural ou não estrutural. Os mecanismos estruturais correspondem àqueles os quais de fato modificam o sistema fluvial, evitando, assim, os prejuízos causados pelas enchentes, enquanto que as medidas não estruturais são aquelas nas quais os prejuízos são reduzidos a fim de que haja uma melhor interação entre a população e as enchentes.
As medidas estruturais, conforme já visto, ainda se dividem em medidas intensivas e medidas extensivas, estas sendo devidamente aprofundadas juntamente com as medidas não estruturais em sequência.
Medidas estruturais intensivas:
São aquelas medidas as quais agem diretamente nos rios e possuem como finalidade várias formas de controle a depender do tipo de obra a qual virá a ser realizada. São exemplos de medidas estruturais intensivas os reservatórios, os diques, a caixa de expansão, entre outros, abaixo explanados:
A) Reservatórios: Estes são construídos com a função de laminar cheias dos rios, isto é, lamina a onda de cheia, fazendo com que parte do volume hídrico seja retido enquanto durar a fase de crescimento da onda, restituindo, ainda, certo volume ao rio durante a fase da recessão da cheia, em outras palavras, após a onda da cheia ter acabado. Conforme ilustra a imagem abaixo demonstrada:
B) Caixa
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