CULTIVOS, RELACIONADOS COM A ÁREA DE LEITE, EM RIO GRANDE DO SUL

CULICÍDEOS ASSOCIADOS A BOVINOS DE LEITE, NO RIO GRANDE DO SUL

Para começar Culicidae é uma família de insetos comumente chamados de mosquitos e pernilongos. Apresentam grande importância em saúde pública por ser composta de insetos em sua maioria hematófagos, os quais podem veicular diversas doenças para o homem e demais vertebrados. Os culicídeos têm recebido atenção especial devido ao seu hábito hematófago, através do qual se tornam importantes vetores de agentes patogênicos ao homem e outros animais. Os mosquitos são artrópodes e considerados os mais importantes vetores de organismos causadores de doenças. A ocorrência deles nos locais de criação de gado leiteiro gera riscos à saúde dos animais e prejuízos econômicos. Tem capacidade vetorial relacionada à densidade sendo de difícil controle tornando assim importante o estudo para compreender o seu papel exercido na transmissão de doenças considerando também a importância do agronegócio do leite. O estudo foi realizado no Centro Agropecuário da Palma, com 1.256ha de área, localizado na planície costeira do Rio Grande do Sul, no município de Capão do Leão, RS, onde são desenvolvidas atividades com bovinos de leite, suínos e ovinos. Para coleta dos espécimes, foram instaladas armadilhas de Magoon e colocado no interior um bovino jovem durante 24 horas, duas vezes por mês, durante 12 meses. Após as 24 horas, retirou-se o bovino da armadilha e realizou-se a coleta dos insetos no interior da armadilha, com o auxílio de um frasco de vidro contendo algodão embebido em acetona. Os culicídeos foram identificados no laboratório-escola de biologia de culicídeos do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Os dados meteorológicos foram obtidos na Estação Agroclimatológica da Universidade Federal de Pelotas. Durante o período experimental, foram capturados 48 espécimes de Culicidae. Foram encontrados 39 espécimes de Culex sp, seis de Ochlerolatus scapularis, e três de Mansonia titillans, O maior número de capturas ocorreu no mês de abril, com temperatura média mensal de 20,2°C, e a precipitação pluviométrica de 35,2mm. Culex sp., estava em seis dos 12 meses de avaliação, com mais capturas também em abril, com 29 foram fêmeas, e destas, 10 estavam ingurgitadas e 1 macho. A espécie Ochlerolatus scapularis foi presente em três meses, sendo junho o de maior captura, três., com a temperatura média de 12°C, 226,4mm de chuvas. Foram capturadas apenas fêmeas, e das seis coletadas, cinco estavam ingurgitadas. Apenas três espécimes de Mansonia titillans foram encontradas, presentes nos meses de abril, outubro e novembro, quando as temperaturas e a precipitação pluviométrica acumulada foram de 20,2°C e 35,2mm, 19,1°C e 95,6mm e 18,5°C e 110,1mm, respectivamente. O número reduzido de espécimes de Culicidae capturados está provavelmente relacionado à localização da armadilha, no local mais alto da propriedade. Se levar em consideração o fato de que os culicídeos preferem locais mais baixos, próximos aos mananciais hídricos e à vegetação, e o de que eles foram capturados em armadilha, os números observados podem sugerir que a ocorrência desses insetos no ambiente avaliado é alta. Percebeu-se que no Rio Grande do Sul ocorrem várias espécies de Culicidae, e que muitos estão relacionados à transmissão de doenças aos animais, demonstrando a importância desses insetos como vetores de patógenos causadores de doenças. Neste trabalho fico concluído que os fatores bióticos e abióticos, característicos da área do experimento favorecem a ocorrência destes o que ressalta a importância

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