Ciencias Contabeis
Monografias: Ciencias Contabeis. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabybenito • 5/5/2013 • 1.538 Palavras (7 Páginas) • 392 Visualizações
EVIDENCIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL/AMBIENTAL NA
PERSPECTIVA DE UM NOVO CONTEXTO EMPRESARIAL
LUIZ ALBERTON
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
FERNANDO NITZ DE CARVALHO
GRACIELE HERNANDEZ CRISPIM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Resumo
Neste artigo, é realizada uma análise da evidenciação da gestão ambiental nas empresas S/A’s
do Brasil, na perspectiva de um novo contexto empresarial. Inicialmente, tecem-se algumas
considerações sobre o sistema de informação sócio-ambiental. Na seqüência, apresenta-se a
fundamentação teórica, em que se ressalta a contabilidade ambiental, a gestão ambiental, o
balanço social e a responsabilidade social. Nesses tópicos, busca-se ressaltar conceitos, a
importância, as normas ambientais e o contador como agente social. Posteriormente, é
apresentada a metodologia da pesquisa adotada, a qual tem como instrumento de coleta de
dados, um questionário enviado pelo correio eletrônico a todas as empresas de sociedade
anônima de capital aberto do Brasil, com ações na Bolsa de Valores de São Paulo
(BOVESPA). Após, demonstra-se os resultados das empresas pesquisadas, contendo as ações,
no que tange aos aspectos de evidenciação contábil da gestão ambiental, do balanço social e
da responsabilidade social. Percebe-se que a Contabilidade apresenta um papel importante na
responsabilidade social através da elaboração do Balanço Social, apesar de não se ter um
acompanhamento e padronização da sua elaboração. Por último, finaliza-se o trabalho com
suas considerações finais.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Atualmente nas empresas, busca-se a maximização dos resultados e a minimização dos
custos. Todavia em algumas delas, também se busca atender as novas necessidades do
mercado competitivo, o qual exige dos empresários uma gestão socialmente responsável. Vale
ressaltar que essa preocupação se traduz em programas de motivação dos funcionários,
segurança no trabalho, alimentação, benefícios sociais, preservação do meio ambiente,
satisfação do consumidor e, também, outros aspectos direcionados à valorização da empresa
no mercado.
Um dos objetivos das empresas é atender às necessidades do consumidor, que se torna
cada vez mais exigente com relação aos produtos que são colocados à disposição no mercado.
Com isso, busca-se qualificar cada vez mais os produtos com preço acessível ao consumidor,
baixo custo e ganho equilibrado para a empresa. Visando à obtenção desse resultado, as
empresas precisam de estratégias de gestão.
Na Contabilidade, os meios usuais de divulgar as informações são os demonstrativos
contábeis. As informações contidas nesses demonstrativos devem possuir características
qualitativas, tais como: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade. Os demonstrativos contábeis buscam evidenciar os resultados e o desempenho que uma empresa
obteve em um determinado período.
Há um modelo de demonstrativo, não obrigatório no Brasil, que não possui norma
brasileira ou lei que o regulamente ou o estabeleça. A esse demonstrativo, que contém
informações de cunho social, denomina-se Balanço Social.
Este novo modelo de gestão empresarial traz consigo o conceito de sustentabilidade,
no que se refere a garantir o bem-estar das pessoas no momento presente e desenvolver
produtos que não venham prejudicar as gerações futuras de usufruir a vida, ou seja, promover
o desenvolvimento sustentável. As empresas são os agentes que geram riqueza material e
demais tipos de riquezas, portanto, precisam promover o desenvolvimento sustentável,
mensurá-lo, registrá-lo em seus demonstrativos e evidenciá-los à sociedade com a certificação
de auditores contábeis independentes, para que a sociedade tenha confiança ao ler tais
demonstrativos.
Com essas ações responsáveis sendo implementadas pelos gestores, a eficiência
ambiental e a justiça social poderão estar sendo garantidas. Para tanto, a pressão que os
consumidores e o mercado exercem é importante para auxiliar as empresas no sentido de
adquirir a consciência de que é preciso desempenhar suas funções com cidadania.
Recentemente, o Parlamento Europeu aprovou uma lei que obriga as empresas da
União Européia a pagar os danos ambientais decorrentes de suas atividades, sejam eles, danos
que prejudiquem a vida do homem, os habitats naturais, os recursos hídricos e ao solo. A
filosofia da nova lei é ‘quem polui paga’ ou ‘quem suja limpa’.
Nas empresas, observa-se que apenas a visão do lucro é insuficiente para alcançar os
objetivos da entidade. Em longo prazo, para a empresa possuir continuidade, ela deve atender
às
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