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Corpo Humano

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Por:   •  23/5/2014  •  Tese  •  10.257 Palavras (42 Páginas)  •  193 Visualizações

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Por que às vezes nos lembramos de nossos sonhos e outras vezes não?

Toda vez que um sonho termina, a pessoa permanece em sono profundo, sem acordar.

Só nos lembramos do sonho se despertarmos até dez minutos depois que ele acabou. "Esse é o tempo em que o cérebro ainda consegue ativar a memória, no estado de sonolência, quando a pessoa está um pouco acordada. Como a memória é uma função do consciente e os sonhos, do inconsciente, ela não pode captá-lo se se passar muito tempo", diz o neurofisiologista Katsumasa Hoshino, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O sono tem diferentes fases. A primeira é a citada sonolência, na qual o mínimo ruído faz acordar. A segunda é a do sono leve, seguida do médio e do profundo. Nessas quatro fases do chamado ciclo do sono, a pessoa ainda não sonha. "Depois de cerca de 90 minutos, inicia-se a fase REM (sigla do inglês rapid eye movement, "movimento rápido dos olhos").

É somente nesse estágio que podemos sonhar. Numa noite de descanso, é normal ter cerca de quatro a seis fases REM. "A pessoa, porém, só vai se recordar do último sonho. Mas nos lembramos de mais de um, quando há microdespertares depois que o sonho acabou, ativando a memória no meio da noite", afirma Katsumasa. As pessoas que mais se lembram de seus sonhos são, portanto, as de sono leve, que despertam facilmente. Pesadelos têm mais chances de serem lembrados, já que geralmente fazem as pessoas acordarem assustadas. Para a psicologia, esse tipo de sonho, assim como a lembrança e a repetição dos sonhos em geral, está relacionado a problemas emocionais. "Muitas pessoas sonham com o que as incomoda. É uma forma de trabalhar e vencer os desafios que, acordadas, têm dificuldades em resolver.

O contrário também acontece. Muitas vezes, a pessoa sabe que sonhou mas não se lembra, ou nem chega a sonhar, pois trata-se de um problema que ela se julga incapaz de resolver", afirma a psicóloga Vânia Sartori, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mesmo depois de lembrar-se do sonho, uma boa dica é fazer anotações, pois o cérebro dispensa as informações que julga desnecessárias. Assim, após horas ou dias, sua lembrança logo se evapora.

Por que o homem tem mamilos?

Porque todo mamífero, seja macho ou fêmea, tem glândulas especializadas na produção de leite. Na maioria das espécies, a evolução fez com que essas glândulas se concentrassem nos mamilos, permitindo que o líquido saia só quando o filhote suga o peito. No processo de desenvolvimento do feto humano, os mamilos aparecem independentemente das características específicas de machos e fêmeas. A diferença é que os homens não terão os hormônios que fazem as glândulas do leite funcionar, enquanto nas mulheres eles começam a ser fabricados horas depois do parto. Os principais hormônios são a prolactina, que estimula a produção do leite, e a citosina, que permite a saída do líquido. Parece esquisito, mas em algumas situações os homens também são capazes de dar leite! "Isso é mais comum na adolescência, quando os hormônios não estão equilibrados.

Mesmo assim, qualquer homem que receba sucção nos mamilos pode produzir o líquido, pois esse estímulo desencadeia a fabricação de prolactina e citosina", diz a mastologista (especialista em mamas) Simone Elias, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mas o normal é que entre os humanos e outros mamíferos a amamentação seja tarefa só das fêmeas. O jeito que isso ocorre é que pode variar. Nos ornitorrincos, um dos poucos mamíferos sem mamilos, o leite escorre nos pêlos do ventre do bicho.

Quais são as funções da água no corpo humano?

A água não é apenas importante, mas indispensável para a vida humana, representando cerca de 60% do peso de um adulto. Nos bebês, a proporção é ainda maior: 70%. Ela é o elemento mais importante do corpo, o principal componente das células e um solvente biológico universal, por isso todas as nossas reações químicas internas dependem dela. A água também é essencial para transportar alimentos, oxigênio e sais minerais, além de estar presente em todas as secreções (como o suor e a lágrima), no plasma sanguíneo, nas articulações, nos sistemas respiratório, digestivo e nervoso, na urina e na pele. Ela é encontrada até mesmo onde pouca gente imagina. Ela é responsável, por exemplo, por 20% dos ossos. Por tudo isso, a gente se ressente imediatamente da falta dela no organismo.

Um ser humano pode ficar semanas sem ingerir alimentos, mas passar de três a cinco dias sem ingerir líquidos pode ser fatal. Os especialistas recomendam que a gente beba no mínimo 2,5 litros por dia. "Quando a pessoa está com sede é porque já passou do ponto de beber água", diz a pneumologista Juliana Ferreira, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Em dias muito quentes, ou quando a pessoa faz exercícios intensos, essa ingestão pode até superar os 6 litros, principalmente porque o suor "desperdiça" muito líquido na tentativa de manter a temperatura do corpo num nível adequado. "É preciso se hidratar corretamente, caso contrário o organismo gasta mais água do que absorve", afirma a nutricionista Isabela Guerra, que desenvolve doutorado na área de hidratação e esporte.

Por que a febre aumenta ao anoitecer?

Não há provas de que isso realmente ocorra. Acontece que, com ou sem febre, a temperatura do corpo oscila naturalmente e, no final da tarde, costuma-se perceber um aumento nessa temperatura - mas a ciência ainda não descobriu por quê. "Uma hipótese é de que as contrações musculares exercidas durante o dia mantenham nosso corpo mais quente, atingindo temperatura mais alta ao entardecer. Já o estado de relaxamento muscular em que acordamos de manhã teria efeito contrário", afirma o clínico geral Zyun Masuda, de São Paulo. Se a pessoa estiver com febre, outro fator pode ajudar a aumentá-la. "Existe a possibilidade de que isso se deva a uma baixa natural na ação do cortisona. Esse hormônio é liberado nas primeiras horas da madrugada e nos ajuda a permanecer ativos durante o dia. Mas, com o passar do tempo, o organismo vai ficando mais lento e, com isso, a febre pode subir", diz outro clínico geral, Arnaldo Litchenstein, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Além disso, quando chega a noite, os estímulos do dia-a-dia diminuem, abrindo espaço para a pessoa sentir com mais intensidade não só o calor da febre, como os outros sintomas que podem acompanhá-la, como dores e mal-estar.

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