Corrosão De Dultos
Artigos Científicos: Corrosão De Dultos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: camilasilva • 5/11/2013 • 1.634 Palavras (7 Páginas) • 304 Visualizações
A CORROSÃO DOS DUTOS METÁLICOS UTILIZADOS NA EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO EM ALTO MAR.
1. Introdução
Um dos mais importantes commodities do mundo e principal fonte de combustíveis de diversas máquinas e indústrias, o Petróleo exerce grande influência na economia mundial e clara, no desenvolvimento do Brasil.
A Palavra Petróleo tem origem no latim (Petroleum; Petro: Pedra e Oleum: Óleo), primeiro poço de petróleo foi descoberto na Pensilvânia (EUA) a meros 21 metros de profundidade. Em 1859 tinha sua utilização voltada apenas como fonte de energia para iluminação pública em substituição ao carvão vegetal, ganhou maior notoriedade em meados de 1890. Já no Brasil, a primeira busca por Petróleo foi realizada em São Paulo entre os anos 1892 e 1896, sem sucesso (encontrado apenas água sulfurada) e somente em 1936 foi extraído o primeiro petróleo brasileiro no bairro de Lobato, na periferia de salvador.
Em 03 de Outubro de 1953, o então Presidente da Republica Federativa do Brasil, Getúlio Dornelles Vargas, assina a Lei Numero 2004, que dá as diretrizes para a política nacional do petróleo e atribuição do Conselho Nacional do Petróleo e institui a PETROBRÁS, monopolizando ao Estado o extrativismo e comercialização do petróleo nacional. Hoje, a Petrobrás está presente em mais de 20 Países, se consolidando em uma das maiores empresas multinacionais com seu valor de mercado avaliado em mais de 192 Bilhões de dólares.
Frente a crescente competitividade internacional, onde se cita grandes produtores como os Estados Unidos, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Venezuela, Kuwait, Líbia, Iraque, Nigéria, Canadá, Cazaquistão, China e Emirados Árabes Unidos, a Petrobras busca continuamente meios para garantir a alta qualidade na manipulação, tratamento e distribuição do petróleo; um dos maiores exemplos das pesquisas realizadas pela Petrobrás foi anunciado em 2007, à descoberta de um dos maiores reservatórios de petróleo, o Pré-Sal.
Os investimentos da Petrobrás não se limitam na busca de novas fontes da matéria prima, também envolvem pesquisas para a melhoria na manipulação e tratamento do petróleo. Um dos maiores problemas apresentados na extração do petróleo é a corrosão dos dutos metálicos responsáveis pelo transporte do petróleo. Apesar da grande maioria das instalações dos equipamentos da Petrobrás estar submersos, menos de 10% desses equipamentos são galvanizados, um tipo de proteção que aumentam a durabilidade e resistência dos condutores.
Em 2011, foi investido mais de dois milhões de Reais para a instalação do Laboratório de Corrosão do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFC, uma parceria da Petrobrás com a Universidade Federal do Ceará, na busca de soluções para a corrosão dos dutos metálicos.
A busca por novas tecnologias se reflete também na preocupação ambiental, como por exemplo, em 2001, técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) encontram indícios de corrosão no oleoduto da Petrobrás que rompeu em Barueri, na Grande São Paulo, provocando um vazamento estimado em 200 mil litros de óleo; os técnicos apontaram que a causa foi à exaustão da tubulação, já que vinham sendo utilizadas a mais de 30 anos. Segundo o Sindicato dos Petroleiros de São Paulo (SindPetro-SP), as manutenções nos dutos devem ser frequentes a partir do décimo ano de uso contínuo.
Fatos comprovam que a corrosão dos dutos metálicos é um dos maiores desafios a serem superados na extração do petróleo em alto mar, podendo causar não só grandes prejuízos financeiros, mas grandes prejuízos ambientais, portanto, os investimentos em pesquisas são justificáveis tendo em conta a busca do objetivo final: identificar uma liga que minimize os efeitos da oxidação, que reduza a probabilidade de rompimento devido ao desgaste e proporcione assim uma extração segura sem contaminação do produto e do meio ambiente.
2. Referencial Teórico
2.1 Histórico Cientifica do Tema
A corrosão pode ser definida como degradação ou deterioração de um material em relação deste com o ambiente, alterando suas propriedades física e química. De acordo com Nunes e Lobo (1990), a primeira associação que se faz é com a ferrugem, a camada de cor marrom-avermelhada que se forma em superfície metálica. Apesar da estreita relação com os metais, esse fenômeno, ocorre em outros materiais, como concerto, borracha, plástico, tintas, madeira, dentre outros. Sem que se perceba, processos corrosivos estão presentes em nosso cotidiano, pois podem ocorrer em automóveis, eletrodomésticos, monumentos históricos e instalações industriais. Do ponto de vista econômico, os prejuízos atingem em custos extremamente altos, resultando em consideráveis desperdícios de investimento; isto sem falar dos acidentes e perdas de vidas humanas provocadas por contaminações, poluição e falta de segurança dos equipamentos. Estima-se que uma parcela superior a 30% do aço produzido no mundo seja usada para reposição de peças e partes de equipamentos e instalações deterioradas pela corrosão. (Pintura Industrial na Proteção anticorrosiva. Nunes e Lobo, 1990).
Segundo Gentil (1996), a corrosão é um fenômeno que ocorre de modo espontâneo e está constantemente transformando os materiais metálicos, de modo que a durabilidade e o desempenho dos mesmos deixam de satisfazer o fim a que se destinam. A destruição de materiais por corrosão é um processo irredutível, por mais que estes não estejam em contato diretamente com a água, ele sofre algum tipo desgaste devido ao contato com o meio de exposição, independente se é aquático, subterrâneo ou ao ar livre.
“A verificação de que os metais corroem, e que, portanto há necessidade de serem protegidos contra a corrosão, não é um fato novo para a sociedade humana. Na Índia, durante o século IV D.C., ferro foi forjado para formar a Coluna de Ferro em Delhi, que ate os dias de hoje tem resistido à corrosão atmosférica. Também na Índia, no século XII D.C., vigas de ferro foram usadas no Templo do Sol, em Konarak, para resistir à corrosão pela água do mar. O fato de que os revestimentos ajudam a prevenir a corrosão de metais é conhecido desde o inicio do século XII D.C.” (RAMATAHN, Lalgudi V., 1988).
2.2 Contextualização Teórica
Nas extrações de petróleo em meio
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