Costao Rochoso
Casos: Costao Rochoso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: miwa • 20/9/2014 • 2.271 Palavras (10 Páginas) • 309 Visualizações
Costão Rochoso
1. Mata Atlântica
O costão rochoso é área litorânea caracterizada por rochas na encosta de morros ou mata banhadas pelas águas do mar. A flora que encontramos no mesmo não é diversificada como a sua fauna. Toda faixa litorânea do território brasileiro apresenta como vegetação a Mata Atlântica. As interações que a Mata Atlântica possui com o costão rochoso aparecem na zona Supralitoral, a parte mais alta do costão, na qual a maré não tem acesso, e ocorrem apenas alguns borrifos da água sobre ela, fato que limita a vegetação terrestre, onde podemos encontrar, por exemplo, bromélias e outras espécies de plantas que são componentes da vegetação da costa brasileira. Composições químicas trazidas da mata também podem alterar no aspecto físico-químico das rochas que compõem o costão ao reagirem com a água do mar.
Figura 1: Vegetação da Mata Atlântica no Costão rochoso em Peruíbe
Fonte: http://peruibest.web941.uni5.net/colunas/meio-ambiente/ecossistemas-da-mata-atlantica-costao-rochoso.htm - acessado em 26/06/2014.
2. Definições e conceitos com “overview” geral
Costão Rochoso é o nome dado á região de transição entre o ambiente marinho e o ambiente terrestre. É considerado mais um ambiente marinho, do que um ambiente terrestre, já que a maioria das espécies que habitam esse ecossistema estão relacionadas ao mar. É um ambiente composto por rochas de origem vulcânica e pode estar estruturado de diversas maneiras: pode ser formado por paredões verticais bastante uniformes, estendendo-se muitos metros acima ou abaixo da superfície da água, como é o caso da Ilha de Trindade (ES) ; ou ainda o costão rochoso pode ser formado por matacões de rocha fragmentada de pequena inclinação, como em Ubatuba (SP).
Figura 2: Costão rochoso com grande declividade – Ilha de Trindade
Fonte: http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/costaorochoso.html - acessado em 26/06/2014
Figura 3 – Costão Rochoso com declividade acentuada - Ubatuba
Fonte: http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/costaorochoso.html - acessado em 26/06/2014
O costão rochoso é um ambiente em que ocorre a atuação de processos como batimento de ondas, regime de ventos, ação das precipitações, sombreamento, erosão e incrustação. Por causa disso, os organismos que vivem nesses ambientes precisam estar adaptados a essas condições e outras como alternância de marés, dessecação, lembrando que o costão apresenta um substrato duro, com alta declividade, sendo esse mais um fator de adaptação para as espécies ali existentes. No Brasil, os costões rochosos estendem-se por toda a costa, desde a Baía de São Marcos (MA), ao norte, até a região de Torres (RS), ao sul, sendo que a maior parte concentra-se na região sudeste, onde a costa é mais recortada.
Figura 4: Distribuição do costão rochoso no Brasil
Fonte: Silveira (1964) e Cruz et al (1965)
Observando a estrutura geomorfológica do Brasil, podemos justificar essa grande concentração estabelecendo uma relação entre a ocorrência dos costões e a proximidade das serras em relação ao Oceano Atlântico. Baseando-se no estado de São Paulo, podemos observar que locais onde a serra do mar se elevou próxima ao oceano, há a ocorrência de costões rochosos, na interface da terra com o mar, como acontece em Ubatuba (SP). Já em locais onde a Serra do Mar encontra-se muito distante da costa, não há o predomínio dos costões, e sim do manguezal e restinga, como é o exemplo de Cananéia (SP).
3. Histórico para o Estado de São Paulo (“estado da arte”)
Os costões rochosos se estendem por quase toda a costa brasileira, porém os poucos estudos realizados até o momento concentram-se na porção sudeste, desde o litoral do Rio de janeiro a São Paulo, onde estudos descritivos foram feitos na região de Ubatuba. Nessa região a predominância de ambiente de costão ocorreu devido à elevação da Serra do Mar próxima ao oceano. Por possuir fácil acesso, o ecossistema de costeiro foi um dos primeiros utilizados como meio de sobrevivência, inicialmente por índios e comunidades que dependiam de recursos naturais para se manter, gerando relação de uso e apropriação. Devido ao aumento da densidade populacional, o ambiente passou a ser utilizado para pesquisas científicas e precauções foram tomadas para evitar o extrativismo excessivo. Atualmente não existem leis específicas de proteção dos costões rochosos, porém com desenvolvimento de programas de educação ambiental e auxílio de ONGs foi possível estabelecer relação de respeito e lazer do homem com o ambiente.
4. Espécies dominantes, interações ecológicas e diversidade
O costão rochoso é um importante substrato para a fixação e a locomoção de diversas espécies. Uma característica muito notória desse ecossistema, é que, ele é dividido em faixas horizontais, é a chamada zonação. Cada região é formada a partir das habilidades adaptativas de cada espécie, relacionado aos fatores abióticos, como a variação da maré, a luz, temperatura, o hidrodinamismo e a dessecação; e aos fatores bióticos, nos quais encontramos as interações ecológicas.
Figura 5 : Zonação e distribuição das espécies em um costão rochoso
Fonte: http://wwwbiodersongrapiuna.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html - acessado em 26/06/2014
A zonação, como já foi dito, é a divisão do costão rochosos em diferentes zonas que são conhecidas por: supralitoral, mesolitoral e infralitoral. Na zona Supralitoral, localizada na parte mais alta do costão, a maré não tem acesso, e ela é entendida como o limite da vegetação terrestre. Em tal zona, apenas fatores abióticos interferem como a temperatura, radiação solar e os ventos, sendo os seres que lá habitam adaptados as características desta zona.
A zona do Mesolitoral é uma zona mediana, que está entre o supralitoral e o infralitoral, e permanece submersa
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