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DESCARTE DE LIXO NO AMBIENTE

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Por:   •  6/10/2013  •  1.951 Palavras (8 Páginas)  •  1.106 Visualizações

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DESCARTE DE LIXO NO AMBIENTE

INTRODUÇÃO

A partir da Revolução Industrial os problemas ambientais ganharam destaque no mundo, mas as pessoas ainda não estão dando a importância devida às questões ambientais.

Para Ferreira (2005) “a nossa civilização chega ao limiar do século XXI como a civilização dos resíduos, marcada pelo desperdício e pelas contradições de um desenvolvimento industrial e tecnológico sem precedentes na história da humanidade” (2005, p.1), pois o problema não está relacionado ao fato de não saber do que está acontecendo com o meio ambiente, mas sim na forma de interpretar e compreender a situação ambiental, sendo a natureza utilizada para eliminar os dejetos.

Sabe-se que o aquecimento global e outros fatores de contaminação estão relacionados a todos esses acontecimentos, no entanto este estudo tem como foco fazer uma análise do destino dos medicamentos descartados no município de Jaguaquara.

Os resíduos produzidos causam poluição ambiental provocando um desequilíbrio do ambiente natural. Entre estes resíduos está a preocupação do destino final dos medicamentos que perde sua validade e os que sobram, os nãos utilizados.

Conforme Gasparini (2010), “o descarte inadequado é feito pela maioria das pessoas por falta de informação e divulgação sobre os danos causados pelos medicamentos ao meio ambiente e por carência de postos de coleta”. (2010, p.42)

Sendo assim, para que esse papel seja exercido de forma consciente e absoluta, é necessária a educação juntamente com a consciência ambiental e o acesso à informação ambientalmente correta, para que assim, com essa informação, possa exercer, de forma plena, a defesa da sustentabilidade.

O presente trabalho tem como objetivo abordar os problemas que acontece quando a o descarte de medicamentos realizados pela população de forma inadequada.

3 DESENVOLVIMENTO

O uso de remédios é essencial para solucionar e tratar vários tipos de doenças, mas depois que a cura é alcançada, normalmente sobra os comprimidos e xaropes. Tais medicamentos ficam guardados perdendo a validade, é então que são jogados fora junto com o lixo normal.

Segundo Silvestri (2006),

Até os medicamentos que não são descartados e são consumidos (como parte do processo de recuperação da saúde) acabam sendo eliminados no meio ambiente. Fármacos de diversas classes terapêuticas, como antibióticos, hormônios, anti-inflamatórios entre inúmeras outras têm sido detectados em esgoto doméstico, águas superficiais e subterrâneas. (2006, p.35)

Portanto a falta de informações e postos de recolhimento, fazem com que a sociedade jogue fora os medicamentos, que geralmente se restringem no simples descarte, predominando os depósitos a céu aberto que contribuem para a destruição ambiental.

Segundo Alvarenga / Nicoletti (2010), a legislação existente sobre o descarte de medicamentos se direciona aos estabelecimentos de saúde e não engloba a população em geral o que dificulta o entendimento sobre os impactos decorrentes do descarte doméstico, no qual a população elimina os medicamentos no lixo comum gerando resíduos.

No Brasil infelizmente não existe uma lei que possa reger o descarte de medicamentos, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que é um órgão responsável apenas pela regulamentação e fiscalização dos estabelecimentos de serviços de saúde no Brasil, deixa de fora a questão do descarte de medicamentos e não resolve o problema.

No entanto, o descarte inadequado de medicamentos vencidos pode causar sérias intoxicações no ser humano e também no meio ambiente. “Os remédios têm componentes resistentes que se não forem tratados acabam voltando para nossa casa e a gente pode até consumir água com restos de remédios. Eles são produtos químicos e não podem ser jogados no lixo comum”. (NASCIMENTO, 2008, p. 01).

3.2 REAÇÕES QUIMICAS QUE PODEM OCORRER NOS REMÉDIOS QUANDO DISPOSTOS NO MEIO AMBIENTE

O perigo das substâncias ativas e seus excipientes, além de outros químicos, relacionam-se com a sua capacidade de bioacumulação em plantas e animais, dificuldade na sua eliminação (persistência) e toxicidade (ecotoxicidade). O risco de um impacte ambiental adverso vai depender da extensão à qual o ambiente estará exposto a concentrações de uma ou mais substâncias. À parte o facto da quantidade lançada no ambiente ser um fator fundamental, a bioacumulação e a persistência vão reforçar o grau de exposição (Bengtsson et tal., 2006).

As características do composto químico influenciam grandemente a toxicidade como, por exemplo, a sua composição, ou grau de pureza, pois podem estar presentes impurezas ou contaminantes que são consideravelmente mais tóxicos do que o agente propriamente dito (Klaassen, 2003). Assim, a identidade e a pureza dos compostos químicos são importantes nos testes de toxicidade. As propriedades físicas e químicas como a solubilidade, pressão de vapor e pH afetam a biodisponibilidade, persistência, biotransformação, e o destino do agente químico no ambiente.

Existem compostos químicos cuja ação é não seletiva, provocando efeitos indesejáveis em numerosas células e tecidos dos organismos aquáticos. Em contrapartida há compostos cujo modo de ação é mais seletivo afetando mais um determinado tipo de célula ou tecido. Assim, o modo de acção das substâncias também afeta a sua toxicidade (Bengtsson et al., 2006).

O desenvolvimento de um produto farmacêutico é direcionado para conferir propriedades tecnicamente adequadas, principalmente naquilo que se refere à terapêutica e na facilidade do uso pelo utente. Todavia, os aspectos ambientais são pouco levados em consideração. Por exemplo, os blisteres utilizados nas embalagens onde estão acondicionados os comprimidos (ou cápsulas) são constituídos por plásticos halogenados (PVC ou PVdC), que, aquando da sua produção, podem conter aditivos perigosos, e quando incinerados, produzem ácido clorídrico, que colabora na formação de dioxinas. Em alternativa, podem ser utilizados os plásticos de polipropeno e polyester, os quais quando incinerados produzem dióxido de carbono e água (Bengtsson e tal., 2006).

Os fármacos são químicos utilizados para diagnose, alívio e cura de afecções. Cada produto farmacêutico é geralmente composto por uma ou mais substâncias activas, e por um ou mais excipientes, juntamente com a embalagem. Os excipientes podem ser usados para dar forma (volume

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