DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DOS DADOS PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE MOBILIDADE URBANA
Casos: DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DOS DADOS PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE DE MOBILIDADE URBANA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaelrafaelqqw • 19/12/2013 • 1.159 Palavras (5 Páginas) • 734 Visualizações
INTRODUÇÃO
Esta monografia apresenta o estudo sobre a relação da mobilidade com a vida nas
cidades, ressaltando a importância de conhecer o desempenho dos diversos aspectos que a
impactam. Através do uso de indicadores pode-se medir o desempenho da mobilidade, mas é
necessário um conjunto de informações para efetivação do cálculo dos mesmos. Nas próximas
seções apresenta-se a caracterização do problema, os objetivos desse trabalho, assim como o
porquê estudar esse problema.
1.1 Caracterização do Problema
Conforme o Ministério das Cidades (2006), “as cidades têm como papel principal
maximizar a troca de bens e serviços, cultura e conhecimentos entre seus habitantes”. Essa
troca se dá através dos deslocamentos realizados na área urbana, afetando o meio ambiente ao
seu redor e influenciando na vida social das cidades, além de ser um fator crucial para o
desenvolvimento econômico. Ainda, pode-se dizer que mobilidade é um “atributo associado à
cidade, e corresponde à facilidade de deslocamento de pessoas e bens na área urbana”.
No meio urbano pode-se observar vários problemas que são gerados nos
deslocamentos de pessoas e bens. Poluição sonora, segregação espacial, congestionamentos,
transporte público de má qualidade e falta de acessibilidade são exemplos dos problemas que
ocorrem, principalmente, nas cidades de grande porte. O adequado funcionamento das cidades
depende da qualidade da mobilidade.
Geralmente quando se refere à mobilidade é comum associar esse conceito
somente aos transportes motorizados e esta é avaliada, tradicionalmente, como a quantidade
de viagens realizadas pelas pessoas. No mais, a avaliação qualitativa dessas viagens e os
impactos socioeconômicos e ambientais causados pelos deslocamentos pouco são
considerados. A principal medida adotada para “melhorar” a mobilidade é o aumento da
oferta de infraestrutura viária. Com o passar dos anos se tornou bastante caro o investimento
nessa infraestrutura, tornando a situação insustentável à medida que a demanda não para de
crescer, principalmente aquela formada pelas viagens dos automóveis.
Associando o conceito de sustentabilidade ao de mobilidade e uma vez que a
sustentabilidade se apoia no desenvolvimento econômico, ambiental e social, é possível
considerar todos os impactos causados pelos deslocamentos e assegurar a eficiência da cidade.
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Esse novo paradigma de Mobilidade, leva a criação de novos métodos e ferramentas de
avaliação. O Índice de Mobilidade Urbana Sustentável - IMUS, criado por Costa (2008), é
uma ferramenta, constituída de um conjunto de indicadores agregados, que serve para avaliar
a mobilidade com base em parâmetros preestabelecidos de Sustentabilidade.
1.2 Objetivos
Esta monografia tem como objetivo principal verificar as condições de qualidade
e disponibilidade dos dados para o cálculo do Índice de Mobilidade Urbana Sustentável -
IMUS aplicado à cidade de Fortaleza.
Para atingir este primeiro foram definidos os seguintes objetivos específicos:
a) Fazer levantamento dos responsáveis pelos dados;
b) Realizar avaliação de disponibilidade e qualidade dos dados;
c) Realizar avaliação de disponibilidade e qualidade dos indicadores;
d) Avaliar as condições para o cálculo do IMUS.
1.3 Justificativa
O índice criado por Costa (2008) utilizou uma ferramenta de apoio à decisão para
definir o referencial de mobilidade sustentável de acordo com a percepção de técnicos e
tomadores de decisão de 11 cidades brasileiras. Com apoio do referencial foi elaborada uma
estrutura de nove domínios, distribuídos em 37 temas e 87 indicadores.
Para o cálculo do IMUS é necessário um grande conjunto de dados, que
normalmente não se encontram reunidos em um só órgão, pois engloba informações de
diversas áreas, como por exemplo, dados do tráfego municipal, das despesas com
infraestrutura, da emissão de gases poluentes e outros. Além disso, esses dados nem sempre
se encontram em boas condições, podendo não ser confiáveis ou até mesmo não estarem
disponíveis. Então, através da análise do conjunto de dados da cidade em estudo, é necessário
verificar sua viabilidade e confiabilidade para o cálculo do IMUS.
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1.4 Estrutura do Trabalho
O presente trabalho se divide em cinco capítulos, este primeiro aborda a
caracterização do problema, objetivos e justificativa do trabalho.
O segundo capítulo trata do referencial teórico, dividido em duas seções. A
primeira seção aborda a definição de mobilidade, apresentando os dois paradigmas de
mobilidade comuns no Brasil. A segunda aborda a definição e a metodologia
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