Demanda Bioquímica De Oxigênio
Pesquisas Acadêmicas: Demanda Bioquímica De Oxigênio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AnaPaula130112 • 2/10/2014 • 719 Palavras (3 Páginas) • 397 Visualizações
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
A DBO de uma água é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a
matéria orgânica por decomposição microbiana aeróbia para uma forma
inorgânica estável. A DBO é normalmente considerada como a quantidade de
oxigênio consumido durante um determinado período de tempo, numa
temperatura de incubação específica. Um período de tempo de 5 dias numa
temperatura de incubação de 20°C é freqüentemente usado e referido como
DBO5,20.
Na figura 1, sintetiza-se o fenômeno da degradação biológica de compostos
que ocorre nas águas naturais, que também se procura reproduzir sob
condições controladas nas estações de tratamento de esgotos e,
particularmente, durante a análise da DBO.
Carbono
orgânico
Respiração
endógena
Energia
Nutrientes
Síntese
celular
Produtos
finais
Resíduo
orgânico
Figura 1 - Metabolismo de microrganismos heterotróficos
Neste esquema, apresenta-se o metabolismo dos microrganismos
heterotróficos, em que os compostos orgânicos biodegradáveis são
transformados em produtos finais estáveis ou mineralizados, tais como água,
gás carbônico, sulfatos, fosfatos, amônia, nitratos etc. Nesse processo há
consumo de oxigênio da água e liberação da energia contida nas ligações
químicas das moléculas decompostas. Os microrganismos desempenham este
importante papel no tratamento de esgotos, pois necessitam desta energia
liberada, além de outros nutrientes para exercer suas funções celulares, tais
como reprodução e locomoção, o que genericamente se denomina
quimiossíntese. Quando passa a ocorrer insuficiência de nutrientes no meio, os
microrganismos sobreviventes passam a se alimentar do material das células
que têm a membrana celular rompida. Este processo se denomina respiração
endógena. Finalmente, há, neste circuito, compostos que os microrganismos
são incapazes de produzir enzimas que possam romper suas ligações
químicas, permanecendo inalterados. Ao conjunto destes compostos dá-se o
nome de resíduo não biodegradável ou recalcitrante. Pelo fato de a DBO5,20
somente medir a quantidade de oxigênio consumido num teste padronizado,
não indica a presença de matéria não biodegradável, nem leva em
consideração o efeito tóxico ou inibidor de materiais sobre a atividade
microbiana.
Os maiores aumentos em termos de DBO, num corpo d’água, são provocados
por despejos de origem predominantemente orgânica. A presença de um alto
teor de matéria orgânica pode induzir ao completo esgotamento do oxigênio na
água, provocando o desaparecimento de peixes e outras formas de vida
aquática.
Um elevado valor da DBO pode indicar um incremento da microflora presente e
interferir no equilíbrio da vida aquática, além de produzir sabores e odores
desagradáveis e, ainda, pode obstruir os filtros de areia utilizados nas estações
de tratamento de água.
No campo do tratamento de esgotos, a DBO é um parâmetro importante no
controle das eficiências das estações, tanto de tratamentos biológicos aeróbios
e anaeróbios, bem como físico-químicos (embora de fato ocorra demanda de
oxigênio apenas nos processos aeróbios, a demanda “potencial” pode ser
medida à entrada e à saída de qualquer tipo de tratamento). Na legislação do
Estado de São Paulo, no Decreto Estadual n.º 8468, a DBO de cinco dias é
padrão de emissão de esgotos diretamente nos corpos d’água, sendo exigidos
uma DBO máxima de 60 mg/L ou uma eficiência global mínima do processo de
tratamento igual a 80%. Este último critério
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