Doenças Cronicas E Degenerativas E Atividades Físicas
Pesquisas Acadêmicas: Doenças Cronicas E Degenerativas E Atividades Físicas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nogueira101 • 11/11/2014 • 4.342 Palavras (18 Páginas) • 982 Visualizações
Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU
Curso de Educação Física
Doenças Crônicas e Degenerativas e Exercícios Físicos
Turma: 014207A06
Adailton Ferreira Nogueira RA 6868247
Saúde Pública
Profº Paulo Russo
São Paulo,10 de outubro de 2014
Doenças Crônicas e Degenerativas e Exercícios Físicos
A relação entre atividade física e saúde não é recente tendo sido mencionada em antigos textos da China, da Índia, da Grécia e da Roma. No entanto, somente nas três últimas décadas foi possível confirmar o baixo nível de atividade física representa importante fator de risco no desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas não transmissíveis como: diabete melittus, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, osteoporose e alguns tipos de câncer, como de mama e cólon.
Os fatores de maior risco que estão relacionados ao desenvolvimento dessas doenças são o tabagismo, a alimentação inadequada e o sedentarismo. Portanto, é necessário adotar um estilo de vida ativo, que ajude a diminuir ou controlar esses riscos.
Nos últimos 30 anos houve um grande aumento na incidência de doenças crônicas. Do mesmo modo, nunca se gastou tanto com doentes crônicos. Isso se deve, segundo o pesquisador, tanto à diminuição de exercícios quanto ao aumento de um mau estilo de vida.
São muitas as benesses causadas a partir da adoção de exercícios físicos. Reduz a gordura corporal, aumenta a sensibilidade à insulina, melhora a hipertensão, reduz a citosina, reduz o estresse e a depressão. Por outro lado, o sedentarismo é responsável pela diminuição da massa muscular, do gasto calórico diário e causa a obesidade, entre outros problemas.
No Brasil, as doenças crônicas degenerativas são responsáveis por grande parte das mortes. O diabetes mellitus, por exemplo, responde por cerca de 25 mil óbitos anuais, sendo classificado como a sexta causa de morte no Brasil. O diabetes e a hipertensão arterial, associados, aumentam consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, que representam a primeira causa de óbito no País e são responsáveis por eleva das taxas de internação hospitalar e incapacitação física.
Para que esses índices diminuíam é importante ressaltar que os benefícios para a saúde podem ser conseguidos com uma alimentação saudável e balanceada aliada a níveis moderados de atividade física: 30 minutos diários, na maioria dos dias da semana. Esse nível de atividade pode ser alcançado com movimentos corporais da vida diária, como caminhar para o trabalho, subir escadas e dançar, bem como atividades de lazer e esportes recreativos.
Mais recentemente, tem-se demonstrado uma importante relação entre a intensidade de exercícios físicos e a resposta imunológica. Realmente a pratica de exercícios aumenta a qualidade de vida e nos proporciona saúde. No mundo moderno em que vivemos, cheio de situações diárias estressantes, somado a uma baixa qualidade de vida nos expõem a estes riscos. Assim, se houver o equilíbrio entre trabalho e atividade física e o mínimo de preocupação com a saúde, tornando os nossos hábitos saudáveis estes riscos podem ficar ser afastados.
Em relação à prescrição de exercícios físicos, é recomendado sempre as atividades físicas leves ou moderadas, atentando para a capacidade de cada indivíduo.
Atividade Física e Câncer
A atividade física regular é reconhecidamente benéfica na prevenção e tratamento de várias enfermidades, tais como, hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, hipercolesterolemia, depressão e outras.
Essa prática também vem sendo descrita como benéfica na prevenção de alguns tipos de câncer e também para amenizar efeitos colaterais do tratamento. Vários trabalhos já foram publicados e a medicina baseada em evidências vem respondendo algumas das questões abaixo:
O Exercício Físico evita o aparecimento do Câncer
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em parceria com o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer (WCRF) concluiu que evitar a obesidade através de exercícios físicos e alimentação saudável pode prevenir 19% dos casos de câncer (1). Considerando 12 tipos específicos de cânceres mais comuns na população brasileira, como os de esôfago, pulmão, mama, fígado, próstata, colorretal e outros, o estudo ainda aponta que, ao prevenir a obesidade, é possível reduzir a incidência dos mesmos em até 30%. O mecanismo dessa relação está baseado no fato de que células gordurosas em excesso aumentam a produção de fatores que causam a inflamação e, a partir daí, contribuem para o desenvolvimento de células cancerígenas.
Segundo dados do INCA, se nada for feito no combate à obesidade, o Brasil pode ter um aumento de 34,6% nos casos de câncer nos próximos anos. Portanto, uma campanha educativa para conscientização da população brasileira para adoção de hábitos saudáveis e a regulamentação da indústria de alimentos são medidas necessárias e urgentes.
A maioria dos estudos epidemiológicos tem focado o câncer de mama. O maior deles é um americano que monitorou 41.836 mulheres na menopausa, durante 18 anos (Iowa Women´s study). As mulheres que praticaram atividade física regular, como corrida, natação ou esportes com raquetes, duas a três vezes por semana, tiveram chances 14% menores de desenvolverem câncer de mama (2).
Um estudo europeu, com 413.000 voluntários monitorados de 10 países da Europa, mostrou que o esporte diminui as chances de câncer de cólon em 22%. Esse benefício foi ainda maior, de 35%, para tumores do cólon direito e não houve benefício para o desenvolvimento de câncer no reto (3).
Com relação ao câncer de pulmão, um estudo americano demonstrou que mulheres praticantes de atividade física tiveram chance 23% menor de desenvolver câncer de pulmão, sendo de 28% entre as fumantes e 37% entre as ex-fumantes. A principal ressalva desse estudo é que o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão e, para evitá-lo, não fumar ainda é a melhor atitude (4).
Uma revisão de literatura realizada pela Escola de Saúde Pública
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