EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBICO DURANTE A HEMODIALÍSE EM UM INDIVÍDUO COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: Estudo De Caso
Trabalho Escolar: EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBICO DURANTE A HEMODIALÍSE EM UM INDIVÍDUO COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: Estudo De Caso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: barbaracauper • 1/11/2013 • 1.074 Palavras (5 Páginas) • 589 Visualizações
EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBICO DURANTE A HEMODIALÍSE EM UM INDIVÍDUO COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: Estudo de Caso
Regina Márcia Faria de Moura1, Renata Cristina Magalhães Lima2, Patrícia Cunha Barros3, Talita Oliveira Souza3
RESUMO
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é caracterizada por perda lenta, progressiva e irreversível da função renal e suas consequências incluem baixa capacidade aeróbica, perda de força muscular e piora da qualidade de vida (QV). O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento aeróbico realizado durante hemodiálise (HD) na capacidade funcional e QV em um indivíduo com IRC. Foram avaliadas a capacidade funcional pelo teste de caminhada de 6’ e a QV pelo questionário SF-36 antes e após a realização de um protocolo de treinamento aeróbico durante a HD. Houve aumento da distância caminhada em 70 metros e um aumento de 50,1% no domínio aspecto emocional do SF-36. Este estudo evidenciou benefícios sobre a capacidade funcional e QV do participante, porém se trata de um estudo de caso e a generalização dos resultados é comprometida. Mais estudos são necessários para confirmar estes achados.
Palavras chave: insuficiência renal crônica, hemodiálise, exercício aeróbico, teste de caminhada de seis minutos, qualidade de vida.
1 Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Newton Paiva, Doutora em Ciências da Reabilitação/UFMG
2 Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Newton Paiva, Mestre em Ciências da Reabilitação/UFMG
3 Fisioterapeutas graduadas no Centro Universitário Newton Paiva
1) INTRODUÇÃO
A IRC é considerada atualmente um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo por ser uma doença responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade (martins & cesarino, 2005).
A IRC consiste em uma lesão renal e perda progressiva e irreversível das funções glomerular, tubular e endócrina dos rins. Em sua fase mais avançada, denominada estágio final da doença renal, os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno, sendo necessário tratamento dialítico ou transplante renal (DIRETRIZES BRASILEIRAS DE DOENÇA RENAL CRÔNICA, 2004).
Entre as causas da IRC pode-se destacar a diabetes mellitus, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), a glomerulonefrite, as doenças císticas dos rins, as doenças vasculares, as doenças intersticiais, o lúpus eritematoso sistêmico e rins policísticos (ROSNER, 2005; MAGALHÃES et al, 2004).
As pessoas atingem a fase terminal da doença têm, hoje, três métodos de tratamento que substituem as funções dos rins: a diálise peritoneal, a Hemodiálise (HD) e o transplante renal. Este último é a forma de tratamento ideal para pacientes com IRC, porém, devido à dificuldade de se conseguir um rim para o transplante e ao fato de existirem poucos centros de transplante equipados e capacitados, a forma de tratamento mais utilizada é a HD (Martins & Cesarino, 2005).
O tratamento hemodialítico é responsável por um cotidiano monótono e restrito, sendo as atividades desses pacientes limitadas após o início do tratamento, favorecendo o sedentarismo e limitações funcionais, fatores estes que refletem diretamente na Qualidade de Vida (QV) (martins & cesarino, 2005).
Os distúrbios cardiovasculares e musculares levam a uma diminuição da capacidade física, perda de força muscular e conseqüentemente a uma limitação funcional. Estas alterações estão relacionadas muitas vezes a uma piora importante da QV de pacientes com diagnóstico de IRC (ABENSUR, 20041; CASTRO et al, 20032).
A prática regular de exercícios físicos por pacientes submetidos ao tratamento de HD pode melhorar acentuadamente a deteriorização psicológica, funcional e física destes pacientes (CHEEMA & SINGH, 2005). Estudos mostram que um programa de exercícios físicos, envolvendo a modalidade aeróbica e treino de força muscular, associado às mudanças no estilo de vida, promove benefícios para pacientes em tratamento de HD tais como: redução dos níveis pressóricos e de fatores de risco cardiovasculares, diminuição da incidência de câimbras, melhor controle de peso, aumento do hematócrito e melhora da capacidade funcional (CHEEMA & SINGH, 20053; MAGALHÃES et al, 2004). Além disso, a prática de exercícios de forma regular pode também promover melhora do humor, da ansiedade, da depressão e diminuir o estresse (KNAP, 2005). Estudos têm evidenciado que todos esses benefícios possuem influência direta sobre a QV de pacientes com IRC (KNAP, 2005; MAGALHÃES
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