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Efeito Treinamento Aeróbico

Por:   •  6/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  8.778 Palavras (36 Páginas)  •  354 Visualizações

Página 1 de 36

JEFFERSON MARTINS FELÍCIO
EFEITO DO TREINAMENTO AERÓBIO ASSOCIADO AO TREINAMENTO
RESISTIDO NAS VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS, FLEXIBILIDADE E FORÇA EM
INDIVÍDUOS HIPERTENSOS
Bauru
2008
2
JEFFERSON MARTINS FELÍCIO
EFEITO DO TREINAMENTO AERÓBIO ASSOCIADO AO TREINAMENTO
RESISTIDO NAS VARIÁVEIS HEMODINÂMICAS, FLEXIBILIDADE E FORÇA EM
INDIVÍDUOS HIPERTENSOS
Monografia apresentada ao Departamento de Educação
Física da Faculdade de Ciências da Universidade
Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Campus de
Bauru, como requisito parcial para a conclusão do curso
de Licenciatura em Educação Física.
Orientadora: Prof. Dra. Sandra Lia do Amaral.
Bauru
2008
3
Dedico este estudo
à todos que participaram
ativamente do meu processo
de formação
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela saúde e coragem por eu ter ultrapassado
mais um desafio em minha vida. Agradeço a toda minha família pelo apoio: a minha
mãe (Nair) e meu pai (Laércio), por terem depositado confiança e acreditarem em
minha capacidade e persistência durante os 5 anos de formação. Agradeço-os ainda
pelo apoio financeiro nos momentos mais difíceis, pela ajuda na compra de um carro
para facilitar meu dia-dia e principalmente por aquela “marmitinha de todo dia”.
Agradeço as amizades que fiz durante os 5 anos de faculdade, principalmente à duas
pessoas, Daniel e Vinicius, parceiros para toda a vida . Ao Ricardo (coordenador da
academia Marathon), que acreditou em mim e “apostou todas suas fichas”, para que eu
fosse um excelente professor no futuro.
Agradeço a minha namorada (Manu), por ter me dado apoio nos momentos mais
difíceis (principalmente nos dias antecedentes a entrega da monografia). Por fim,
agradeço em especial a minha orientadora (Sandra), por ter me recebido como seu
orientando e acreditado que eu poderia desenvolver um bom trabalho, além de ter
despertado em mim o interesse cientifico, a busca pela verdade e a criticidade, e por ter
me dado todo o suporte para que eu pudesse concluir este trabalho (obrigado teacher).
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Classificação da pressão arterial para indivíduos maiores que 18 anos.......12
Tabela 2: correspondência entre carga adicional e o numero máximo de repetições em
exercício de força............................................................................................................21
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 : Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na
porcentagem de gordura. A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: *
vs
início, p < 0,05.............................................................................................................................26
Figura 2: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na pressão
arterial sistólica (PAS). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: **
vs
início, p < 0,01; *
vs inicio, p< 0,05...............................................................................................27
Figura 3: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na pressão
arterial média (PAM). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: **
vs início,
p < 0,01........................................................................................................................................28
Figura 4: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na pressão
arterial diastólica (PAD). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: *
vs
início, p < 0,05.............................................................................................................................29
Figura 5: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na freqüência
cardíaca (Fc) . A) valores individuais; B) média de 8 avaliados...................................................30
Figura 6: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido no duplo
produto (DP). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: *
vs início, p <
0,05.............................................................................................................................................31
7
Figura 7: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido no consumo
máximo de oxigênio (VO
2 Max). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados.....................32
Figura 8: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na flexibilidade
. A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: ***
vs início, p < 0,001.............33
Figura 9: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) individual dos músculos pertencentes aos membros inferiores. A
(quadríceps), B (adutores da coxa ), C (músculos abdutores da coxa ), D (ísquio-tibiais ), E
(gastrocnêmio )............................................................................................................................35
Figura 10: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) dos músculos pertencentes aos membros inferiores. Os valores
representam a média de 8 avaliados. A (quadríceps ), B (adutores da coxa ), C (músculos
abdutores da coxa ), D (ísquios-tibiais ), E (gastrocnêmio ). Significância: *
vs início, p < 0,05 e
p< 0,01.........................................................................................................................................36
Figura 11 : Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) individual dos músculos pertencentes aos membros superiores. A
(peitoral ), B (grande dorsal ), C (bíceps ), D (tríceps ), E (deltóide ) F ( reto abdominal)..........38
Figura 12: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) dos músculos pertencentes aos membros superiores. Os valores
representam a média de 8 avaliados. A (peitoral ), B (grande dorsal ), C (bíceps ), D (tríceps ),
E (deltóide ) F ( reto abdominal). Significância: *
vs início, p < 0,05 e p < 0,01...........................39
8
RESUMO
Introdução: A hipertensão tem sido considerada um importante problema de saúde
pública e é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. A prescrição de
exercícios físicos aeróbios para hipertensos já está bem estabelecida. Exercícios
resistidos de baixa intensidade, por sua vez, vêm apresentando respostas positivas no
controle pressórico. Entretanto, pouco se sabe sobre a prescrição de exercícios
aeróbios conciliados com exercícios resistidos nas variáveis hemodinâmicas de
pacientes hipertensos.
Objetivo: Com isso o intuito dessa pesquisa foi avaliar o efeito
do treinamento aeróbio associado ao treinamento resistido na pressão arterial,
freqüência cardíaca, força muscular e flexibilidade.
Métodos: Foram avaliados 8
indivíduos (51 ± 4 anos) hipertensos, controlados farmacologicamente e freqüentadores
de uma academia de Bauru. Todos os participantes foram submetidos a um teste
ergométrico submáximo em esteira, seguindo o protocolo de Ellestad para a
determinação de sua condição cardiorrespiratória basal. No dia seguinte, eles
realizaram um teste de repetições máximas em onze aparelhos de musculação. Além
disso, foram submetidos à avaliações de composição corporal, para determinação de %
de gordura corporal e teste de flexibilidade por meio da técnica do “Banco de Wells. O
programa de condicionamento físico (CF) consistiu de exercícios aeróbios (40-60% VO
2
máx, 30 min) e resistidos (40–50% RM, 30 min), acompanhados de exercícios de
alongamento”, por 10 semanas (3 a 5 vezes/semana). A Pressão Arterial (PA) e a
Freqüência Cardíaca (FC) foram aferidas no início e final de cada sessão, por
esfigmomanometria e monitor cardíaco, respectivamente. Os resultados são
apresentados sob a forma de média ± erro padrão da média. Diferenças significativas
foram verificadas pelo teste
“t student” pareado, com nível de significância p<0,05.
Resultados: A eficiência do treinamento foi confirmada pela redução significativa da PA
sistólica (PAS, 116 ± 5
vs 130 ± 4 mmHg, no início), o que representa uma queda de
10,3% e da PA diastólica (PAD, 7,2%, de 84 ± 7 para 78 ± 8 mmHg). A PA média
também reduziu significativamente após o CF (PAM, -8,5%, de 99 ± 7,5 para 91 ± 10
mmHg ). Em concordância, pôde-se notar uma queda significativa no Duplo Produto
(DP, -10,6%, p<0,05). Os valores de FC e consumo máximo de oxigênio (VO
2 max) não
se alteraram significativamente. Em relação aos exercícios de força, todos os grupos
musculares apresentaram aumento significativo, exceto os músculos ísquio-tibias e
gastrocnêmios, (bíceps +26,4%, tríceps +20%, quadríceps +27%, aductor +17%,
abductor +16%, chest +22%, grande dorsal +23%, deltóide + 32% e abdômen +17%).
Por fim a flexibilidade aumentou em 12%.
Conclusão: Os resultados sugerem que a
associação de exercícios aeróbios e exercícios resistidos além de promover um melhor
controle da PA, ainda possibilita um aumento de resistência muscular e flexibilidade, o
que contribui para uma melhor qualidade de vida.
9
ABSTRACT
Introduction: The hypertension has been considered a major public health problem,
and is the main risk factor for cardiovascular disease. The prescription of aerobic
exercise for hypertensive patients is already well established. Resistance exercises at
low-intensity, in turn, are becoming a good strategy to control blood pressure. However,
little is known about the prescription of aerobic exercises associated with resistance
exercises in hemodynamic variables of hypertensive patients.
Objective: The purpose
of this study was to evaluate the effect of aerobic training associated with resistance
training on blood pressure, heart rate, muscle strength and flexibility.
Methods: eight
hypertensive subjects were evaluated (51 ± 4 years). They were pharmacologically
controlled drugs and attend to a gym in Bauru. All participants underwent to a treadmill
submaximal exercise test, following the Ellestad protocol of for the determination of his
al cardiorespiratory condition. On the next day, they performed a test of maxim
repetitions in eleven gym equipments. Moreover, they were subjected to body
composition a evaluations to determine % body fat and to a of flexibility test. The training
program (T) consisted of aerobic exercise (40-60% VO2 max, 30 min) and resistive (MR
40-50%RM, 30 min), followed stretching exercises, for 10 weeks (3 to 5 times/week).
The Blood Pressure (BP) and heart rate (HR) were measured at the beginning and at
the end of each exercise session, by sphygmomanometer and heart rate monitor. The
results are presented as mean ± SEM. Significant differences were verified by paired
"t
student" test with significance p<0,05. Results: The efficiency of the training was
confirmed by the significant reduction in systolic BP, (SBP, 116 ± 5
vs 130 ± 4 mmHg, at
the beginning), which represents a decrease of 10.3% and in diastolic BP (DBP, -7,2%,
from 84 ± 7 to 78 ± 8 mmHg). The mean BP also reduced after the (T) (MBP, -8.5%,
from 99 ± 7.5 to 91 ± 10 mmHg ). In agreement, we could see a significant decrease in
double product (DP, -10.6%, p <0,05). The values of HR and maximum oxygen
consumption (VO2 max) did not change. All muscle groups showed significant increase
in strengh, except the muscles isquius-tibialis and gastrocnemius bíceps = + 26%,
tríceps = +20%, quadriceps = +27%, adductor +17%, abductor +16%, chest +22%, lat
pull +23%, deltoid + 32% and abdomen +17%). Finally, the flexibility increased 12%.
Conclusion: The results suggest that the combination of aerobic exercises and resistive
exercises in addition to promoting a better control of the BP, also allows an increase of
muscular strength and flexibility, which contributes to a better quality of life.
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................11
2 OBJETIVO...........................................................................................................17
3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................18
4 ANÁLISE ESTATÍSTICA.....................................................................................24
5 RESULTADOS...................................................................................................25
6 DISCUSSÃO......................................................................................................40
7 CONCLUSÃO.....................................................................................................45
REFERÊNCIAS .....................................................................................................46
ANEXO A ..............................................................................................................51
ANEXO B ...............................................................................................................52
11
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a hipertensão se tornou um dos principais problemas de saúde
pública, constituindo um fator de risco para doenças cardiovasculares. Segundo os
dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS, 2007), no Brasil, em 2003, 28% dos
óbitos ocorreram devido às doenças do aparelho circulatório e a incidência de
hipertensão arterial encontra-se na faixa de 15-20% das pessoas adultas e 50% da
população idosa.
Ainda no Brasil as taxas de mortalidade vêm sofrendo um decréscimo de forma
lenta e persistente, porém é alta quando comparada a outros países. Tal decréscimo
gira em torno de 1,2% para homens e 1,3% para as mulheres por ano, isso devido aos
programas de parcerias da união com estados, municípios e Sociedade Brasileiras de
Cardiologia, com intuito de melhorar a rede de saúde e aumentar a atenção aos
portadores dessa patologia.
A criação do “Sistema Hiperdia", ou seja, um sistema informatizado que permite
o cadastramento de portadores de Hipertensão e Diabetes e o seu acompanhamento,
poderá definir o perfil epidemiológico desta população e, conseqüentemente,
desencadear estratégias de saúde pública que levarão à modificação do quadro atual, à
melhoria da qualidade de vida dessas pessoas e à redução do custo social (DATASUS,
2007).
No Brasil, observa-se uma concentração maior de pessoas hipertensas na região
nordeste, contribuindo com 31,8 % dos valores totais, em segundo plano, temos a
presença da região sudeste com 29,1 %. Em relação à raça e sexo, tem sido registrada
uma alta incidência de hipertensão arterial na população negra, com 34,8% de casos
registrado, e uma predominância maior em homens (ATLAS CORAÇÕES, 2003).
Como se não bastasse, a hipertensão ainda é responsável por 40% dos casos
de aposentadoria precoce e ausência no trabalho, gerando um forte impacto social e
econômico, com um custo de 475 milhões de reais por ano (DATASUS, 2007).
Em 2004, a hipertensão matou 54.186 americanos (AHA, 2007). Segundo a
“American Heart Association” (2007) cerca de um em cada três americanos sofrem de
hipertensão, e em relação aos americanos negros, cerca de 40% são hipertensos.
12
Tem sido demonstrado também que, de todas as pessoas com pressão arterial
elevada; 71,8% são conscientes da sua condição, 61,4% estão sob tratamento, 35,1%
está sob controle e 64,9% não têm sob controle (AHA, 2007).
Mas o que vem a ser uma hipertensão? Hipertensão ou pressão alta, é
caracterizada por um valor de pressão arterial (PA) em repouso acima do nível ótimo ou
desejado. Tal elevação de pressão pode ocorrer na pressão arterial sistólica (PAS),
pressão arterial diastólica (PAD) ou em ambas. A tabela 1 mostra os níveis ideais para
PA segundo as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2006).
Tabela 1: Classificação da pressão arterial para indivíduos maiores que 18 anos.
Adaptado das V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2006)
Um dos fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão é a obesidade.
Com um desequilíbrio entre ingestão/gasto calóricos e falta de atividade física, o índice
de pessoas obesas vem aumentando gradativamente. Segundo o Atlas Corações
(2003) o índice de pessoas obesas nas regiões brasileiras de menor renda é
relativamente maior que nas regiões mais ricas.
Pressão Arterial Sistólica
(mmHg)
Pressão Arterial Diastólica
(mmHg)
ÓTIMA
<120 <80
NORMAL <130 <85
LIMITROFE 130-139 85-89
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 140-159 90-99
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 160-179 100-109
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 3 >180 >110
HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA >140 >90
13
Além dos hábitos alimentares com alto teor de sal, herdados da cultura
portuguesa, hoje em dia nota-se que a maioria dos alimentos são industrializados e
conservados em sal, o que acaba por aumentar a ingestão de sódio na alimentação e
conseqüentemente a hipertensão arterial (PIERIN, 2004). Para a “American Heart
Association” (2007) a ingestão diária de sódio não deve ultrapassar 2.400 mg/dia.
Outro fator agravante é o tabagismo, presente em 28,1% dos brasileiros com
idade entre 35 a 44 anos, além disso, 22,6% das pessoas já fumaram, o que também é
um risco. O alcoolismo, por sua, vez tem uma adesão de 77,7% da população
brasileira, com uma ingestão entre 1 a 3 vezes por semana (ATLAS CORAÇÕES,
2003).
O fumo gera um possível mecanismo de estimulação do sistema nervoso
induzido pela nicotina, acarretando no aumento da pressão arterial. Já ingestão de
álcool gera um efeito pressórico sobre a parede dos vasos sanguíneos, além de
aumentar a ativação dos hormônios adrenocorticóides (ACSM, 2003). Contudo, podese dizer que todos os fatores de risco são dependentes de uma reeducação dos hábitos
da sociedade, entretanto, em cada região, devem ser tratados de acordo com suas
peculiaridades.
Pelo fato de ser uma doença de evolução insidiosa, que progride de forma
assintomática na grande maioria das pessoas, é muitas vezes chamada de “assassina
silenciosa”, sendo este o ponto mais relevante no que diz respeito às suas
complicações. Ao longo de sua evolução, as artérias sofrem modificações estruturais,
diminuindo o aporte de sangue de importantes órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins
e olhos.
A última lesão que a hipertensão pode gerar ocorre no sistema vascular.
Conseqüentemente, com a redução do aporte de sangue nesses órgãos, ocorre o
surgimento dos quadros mais graves. Tais complicações são mais freqüentes em
pacientes que não apresentam um controle pressórico adequado. Dentre elas podemos
citar a hipertensão maligna, encefalopatia hipertensiva, hemorragia cerebral, hipertrofia
ventricular esquerda, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal e dissecção
da aorta (ACSM, 2003).
O controle da hipertensão pode ser feito através de fármacos, os quais podem
14
reduzir significativamente os valores da pressão arterial. Entretanto, controlar a
hipertensão através de medicamentos freqüentemente gera complicações devido à
displicência do paciente, que muitas vezes não respeita a orientação médica para
utilização do medicamento (BUSNELLO et al, 2001; LESSA et al, 1997).
Os fatores que dificultam a adesão ao tratamento são: falta de conhecimento do
paciente sobre a doença; baixo nível socioeconômico, aspectos culturais e crenças
erradas adquiridas em experiências com a doença no contexto familiar e baixo altoestima; relacionamento inadequado com a equipe de saúde; tempo de atendimento
prolongado, dificuldade na marcação de consultas, falta de contato com os faltosos e
com aqueles que deixam o serviço; custo elevado dos medicamentos, além de efeitos
colaterais indesejáveis, o que interfere na qualidade de vida após o início do tratamento
(V DBHA, 2006).
Existem inúmeros antipertensivos no mercado. O ideal é que os medicamentos
sejam eficazes por via oral e que o paciente se sinta bem. Dentre eles podemos citar os
diuréticos, os quais atuam estimulando os receptores alfa-2-adrenérgicos pré-
simpáticos no sistema nervoso central, reduzindo o tônus simpático, como fazem a
alfametildopa, a clonidina e o guanabenzo, ou os receptores imidazolidínicos, como a
moxonidina e a rilmenidina. Entretanto eles podem ser usados associados a outros
medicamentos, principalmente se for evidenciado uma possível hiperatividade
simpática. Outro antipertensivo administrado são os betabloqueadores. Seu mecanismo
antipertensivo envolve o bloqueio dos receptores cardíacos com conseqüente redução
da freqüência cardíaca e débito cardíaco, redução da secreção de renina, readaptação
dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas (V DBHA,
2006).
Além da diminuição de todos os fatores de risco, a prática de exercício físico tem
sido considerada como importante no controle da Hipertensão Arterial (HA). Existem
diversos estudos realizados com hipertensos, buscando promover melhor controle de
sua PA por meio de prática regular de exercícios aeróbios. A grande maioria dos
estudos demonstra resultados positivos, indicando uma redução nos valores
pressóricos (CUNHA et al, 2006; MONTEIRO e SOBRAL FILHO, 2004; HALLIWILL et
al, 2003; MACDONALD et al, 2002; RONDON et al, 2002; NEGRÃO et al, 2001;
15
AMARAL et al 2000 e 2001; FORJAZ et al, 1998; VÉRAS-SILVA et al, 1997).
São vários os mecanismos induzidos pelo exercício físico envolvidos no efeito
hipotensor do treinamento aeróbio. Uma das explicações para essa queda de PA é
devido à diminuição da atividade simpática do indivíduo pós-exercício (MONTEIRO e
SOBRAL FILHO, 2004; MACDONALD et al, 2002; NEGRÃO et al, 2001; FLORAS et al,
1989). A melhora da sensibilidade do reflexo pressorreceptor também está associada à
diminuição da atividade nervosa simpática (MONTEIRO & SOBRAL FILHO, 2004;
MACDONALD et al, 2002; NEGRÃO et al, 2001; FLORAS et al, 1989). Outro
mecanismo importante na redução da PA é a diminuição da resistência vascular
periférica, além do aumento de capilarização da musculatura esquelética (AMARAL et
al, 2000 e 2001) e uma diminuição do débito cardíaco após o exercício (VERAS-SILVA
et al, 1997).
Com apenas uma sessão de exercício físico aeróbio já se observa um efeito
hipotensivo agudo na PA. Cunha et al (2006) realizou uma sessão de exercício aeróbio
com intensidade constante e observou queda de PA em todo o período de recuperação
durante uma hora de observação. Já outro estudo realizado por Rondon et al (2002),
notou-se uma hipotensão mais longa, que perdurou por 22 horas após uma sessão de
exercício físico.
Apesar dos efeitos do exercício aeróbio serem muito aceitos na literatura, nos
últimos anos tem-se observado um interesse grande pelos os exercícios resistidos no
controle da PA. Exercícios resistidos, segundo Fleck (2006), são um tipo de exercício
que exige que a musculatura do corpo promova movimentos (ou tente mover) contra a
oposição de uma força, geralmente exercidos por algum tipo de equipamento. No
entanto a influência da intensidade, duração e freqüência dos exercícios resistidos para
hipertensos ainda não é completamente entendida (CORNELISSEN e FAGARD, 2005;
PESCATELLO et al, 2004).
Um estudo realizado por Mediano et al (2005) investigou o efeito do treinamento
resistido por meio de diferentes volumes de treinamento. No primeiro treino os
indivíduos realizaram um exercício de uma série com 10 repetições máximas (RM). O
resultado foi de uma queda significativa de pressão arterial sistólica (PAS) apenas após
40 minutos do exercício, não alterando a pressão arterial diastólica (PAD). No segundo
16
dia de treinamento, foi realizado um exercício com 3 séries de 10RM. O resultado
observado foi de uma queda de PAS durante 1 hora de observação, enquanto a PAD
reduziu significativamente nos 30º e 50º minutos após o exercício. Com isso foi possível
concluir que o volume de treinamento pode interferir diretamente na resposta
hipotensora do exercício. Sendo assim, um exercício com maior volume, exerce efeitos
sempre mais significativos que aquele de menor volume.
Outro estudo realizado com pessoas normotensas demonstrou que diferentes
intensidades de exercício resistido como mesmo volume podem influenciar a duração
do efeito hipotensivo após o término da atividade, mas não a magnitude da queda
(POLITO et al, 2003).
O Colégio Americano de Medicina do Esporte (2004) recomenda um exercício
resistido com resistência de leve à moderada (40% 1 RM) para aprimorar a força e a
endurance musculares, na prevenção e controle da PA. No entanto, os estudos ainda
são escassos e inconclusivos sobre os reais benefícios do exercício resistido para
pacientes hipertensos. Os poucos trabalhos existentes são realizados separadamente,
somente aeróbio ou resistido e trazem resultados apenas das respostas agudas do
treinamento, deixando de lado as respostas crônicas dos exercícios.

17
2 OBJETIVO
O objetivo deste projeto foi de investigar o efeito do treinamento aeróbio associado ao
treinamento resistido na pressão arterial, freqüência cardíaca, flexibilidade e força em
indivíduos hipertensos.
18
3 MATERIAIS E MÉTODOS
A casuística desse estudo foi composta de 8 indivíduos hipertensos, de ambos
os sexos, maiores de 18 anos, participantes do programa de exercício físico de uma
academia de Bauru.
Os participantes leram e assinaram um termo de consentimento. Houve também
uma prévia explicação do projeto pelo qual fizeram parte.
Após o preenchimento do termo de consentimento, os voluntários responderam a
um questionário (anamnese), com o intuito de identificar e classificar os participantes
dentro dos critérios de inclusão desta pesquisa.
Critérios de inclusão: indivíduos hipertensos controlados farmacologicamente,
sedentários (não praticantes de exercícios físicos) e que não possuíam contraindicação médica para realização de exercícios e média de idade de 52 ±12 anos.
A terceira etapa foi avaliação física, a qual abrangia avaliação antropométrica de
dobras cutâneas e circunferência de tórax, braço, cintura, abdômen, quadril, coxa e
panturrilha. Peso e altura foram avaliados em balança para o cálculo do índice de
massa corpórea (IMC). Realizou-se ainda uma avaliação cardiorespiratório, de
flexibilidade e teste de repetições máximas.
O cálculo de IMC foi realizado após determinação do peso em uma balança
digital (QUEEN®) e altura, para delimitar uma margem de pessoas aptas ou não para
participar da pesquisa de acordo com o critério de inclusão, do qual incluiu pessoas
com IMC <30.
Para a avaliação da porcentagem de gordura utilizou-se o protocolo de Pollock, o
qual utiliza os valores das dobras cutâneas em homens com idade entre 18 - 61 anos e
em mulheres entre 18- 55 anos (POLLOCK & WILMORE, 1 993). Para mulheres foram
utilizadas as dobras cutâneas tricipital, supra-ilíaca e da coxa e para os homens, dobras
cutâneas torácica, abdominal e coxa.
O protocolo de McArdle (2003),foi utilizado com os alunos com idade acima da
requerida para executar o protocolo de Pollock. Isso porque este protocolo possibilita
usar uma estimativa relativamente precisa do percentual de gordura corporal
desenvolvida a partir das medidas de circunferências de abdômen, coxa direita e
19
antebraço direito para mulheres jovens obesas, para mulheres idosas abdômen, coxa
direita e panturrilha direita, para homens jovens e obesos braço direito, abdômen e
antebraço direito e para homens idosos, nádegas, abdômen e antebraço direito
(KATCH & MCARDLE, 2003).
Todos os valores coletados foram inseridos em um programa de computador
especializado para o cálculo de porcentagem de gordura (
PHYSICAL TEST).
Os participantes foram submetidos a uma avaliação funcional composta por um
teste ergométrico em esteira seguindo o protocolo de Ellestad.
O protocolo de Ellestad foi escolhido por ser um protocolo indicado para pessoas
jovens, idosos, ativos ou sedentários. Isso porque é um protocolo com alternância de
incremento de intensidade, sendo que os aumentos de velocidade nunca ocorrem junto
aos aumentos de inclinação. Assim, o teste inicia-se com inclinação de 10% e
velocidade de 2,7 Km/h, durante 3 minutos. O segundo estágio é caracterizado por um
aumento de velocidade para 4,8 Km/h e 10% de inclinação por 2 minutos. No terceiro
estágio ocorre o aumento da velocidade para 6,4 Km/h por 2 minutos. Ao quarto estágio
é incrementado uma velocidade de 8,0 Km/h.e um período de 2 minutos. No quinto
estágio manteve-se a velocidade e variou-se a inclinação, passando para 15 %,
entretanto nenhum aluno atingiu este estágio.
Pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC) foram aferidas antes do teste
(pré-teste), após cada estágio (durante), no final (final) e durante a recuperação ( 3
minutos ou até a PA voltar aos valores pré-teste).
Os critérios para encerramento do teste submaximo em esteira rolante foram:
quando a freqüência cardíaca do avaliado atingir 75% da FC máxima prevista para a
idade; queda significativa (20 mmHg) na PAS, ou nenhuma elevação da PAS com o
aumento na intensidade do exercício; elevações excessivas na PA: PAS > 180 mmHg
ou PAD > 110 mmHg; sinal de perfusão precária: tonteira, confusão, ataxia, palidez,
cianose, náuseas ou pele fria e úmida, inexistência de elevação da FC com o aumento
da intensidade do exercício, alteração perceptível no ritmo cardíaco ou cansaço físico
intenso, além de qualquer falha nos equipamentos.
Para o cálculo do VO
2 máximo foi utilizada a seguinte fórmula:
20
VO
2 máx (ml.kg-1.min) = 4,46 + (3,933 X tempo total em minutos).
Para avaliar a flexibilidade foi utilizado o teste de flexão de tronco em banco de
Wells. O avaliado deveria sentar-se sobre o assoalho com as pernas plenamente
estendidas e plantas dos pés contra a caixa usada para a realização do teste. O aluno
deveria inclinar-se lentamente e projetar-se para frente até onde for possível,
deslizando os dedos ao longo da régua; manter a posição final por 3 segundos. A
distância total alcançada representou o escore final, sendo que foram realizadas 3
tentativas de alcance.
No dia seguinte, cada participante foi submetido a um teste de repetições máximas
em onze aparelhos de musculação. Optou-se por um teste de repetições máximas por
este possibilitar a identificação da força máxima sem a necessidade do teste específico
de carga máxima, fazendo uso apenas de uma técnica matemática de regra de três
simples e evitando assim uma possível manobra de Valsalva dos avaliados durante a
avaliação de força muscular.
Segundo McArdle (2001), quando realiza-se um exercício contra resistência, a
pressão intratorácica é aumentada e transmitida através de finas paredes das veias que
atravessam a região torácica. Como o sangue venoso permanece sob uma pressão
baixa, as veias torácicas sofrem uma depressão, diminuindo assim o fluxo sanguíneo
para o coração. Com a redução do retorno venoso, ocorre a diminuição do volume
sistólico de ejeção, acarretando em uma queda significativa de pressão arterial, até
mesmo abaixo dos níveis normais de repouso. Em contrapartida quando a glote é
reaberta a pressão intra-torácica é restabelecida e conseqüentemente a pressão arterial
é aumentada para normalizar o fluxo sanguíneo, colocando em risco a saúde dos
participantes da pesquisa.
É importante ressaltar que a não utilização de testes de carga máxima possibilita a
redução ou exclusão do risco de lesões por esforço máximo, assim como, torna
possível a realização de testes em exercícios variados em uma única sessão de
treinamento sem estimular a fadiga central.
21
Os estudos de Matvéiev (1986), mostram-nos as possíveis repetições máximas com
os respectivos percentuais de carga máxima e ainda classifica as faixas por
intensidade, dando a luz para a criação do teste de carga por repetições máximas.
O teste de carga por repetições máximas propriamente dito, consiste na inversão do
teste de carga máxima, ou seja, realiza-se um número máximo de movimentos com a
carga não variável.
Após a realização do teste de carga por repetições máximas, fez-se a
identificação e associação do número de repetições máximas obtido, com o percentual
apresentado no quadro de Matvéiev (1986), em seguida aplicou-se a regra de três
simples sobre o resultado, para que fosse identificada a carga máxima ou os 100% de
carga em cada aparelho testado.
A tabela 2 mostra os valores aproximados entre carga adicional e o número de
repetições máximas em cada exercício.
Tabela 2: correspondência entre carga adicional e o número máximo de
repetições em exercício de força.
Correspondência aproximada entre a carga adicional e o número máximo de
repetições em exercício de força
1. Apreciação das
condições de intensidade
2. Carga adicional
(% do máximo)
3. Numero de repetições
possíveis em cada sésrie
Máxima 100% 1
Submaximas 90% a 99% 2 a 3
Grande 1a subzona 80% a 89% 4 a 6
Grande 2a subzona 70% a 79% 7 a 10
Moderada 1a subzona 60% a 69% 11 a 15
Moderada 2a subzona 50% a 59% 16 a 20
Pequena 1a subzona 40% a 49% 21 a 30
Moderada 2a subzona 30% a 39% 31 e mais
Adaptado de Sholik in Matvéiev (1986).
22
A opção por um teste de repetições máximas se justifica pelo fato da amostra ser
composta por indivíduos sedentários, hipertensos e inexperientes na prática de
exercícios resistidos.
Os exercícios avaliados foram: chest press computadorizado (músculo peitoral); lat
pulldown computadorizado (músculo grande dorsal); rosca simultânea no halter
(músculo bíceps); tríceps roldana barra (músculo tríceps); elevação lateral no halter
(músculo deltóide); abdominal computadorizado (músculo reto abdominal); leg press
mecânico (músculo quadríceps); leg curl mecânico (músculo bíceps femoral) ;
panturrilha no leg press mecânico (músculo gastrocnêmio) ; adutor máquina (músculos
adutores); abdutor máquina (músculos abdutores). Os testes ocorreram em todos os
aparelhos mencionados em apenas um dia, havendo uma alternância entre exercícios
de membros superiores e inferiores, obedecendo um intervalo de descanso entre os
exercícios de 5 min.
Para cada aparelho foi pré-determinado uma carga pelo avaliador, utilizando-se de
sua experiência e feeling. O aluno executou o máximo de repetições com o máximo de
qualidade de execução do movimento. O avaliador teve a função de interromper o teste
quando o aluno atingisse a fadiga muscular. A percepção para determinar o fim do teste
foi fundamental.
Após a realização dos testes, foi feita uma prescrição de treinamento por um
período de dez semanas, com freqüência de 3 a 5 vezes por semana, intensidade de
50 a 60% do VO
2 máximo para exercícios aeróbios e 40 - 50% RM para exercícios
resistidos (PESCATELLO et al, 2004).
Todos os dias antes de iniciar a sessão de exercício físico os alunos dirigiram-se
até a sala de avaliação física para realizar a aferição PA e FC. Caso a PA estivesse
menor que 160x100 mmHg, o aluno poderia iniciar o treinamento.
Cada sessão de exercício constou de alongamento de membro superior e
membros inferiores. Logo após o aluno realizou 30 minutos de exercício aeróbio, dos
quais 15 minutos foram executados na esteira e os outros 15 minutos na bicicleta,
ambos a 50 – 60 % do VO
2 máx. A próxima atividade foi de exercícios resistidos, sendo
23
que um dia o aluno realizou exercícios para membros superiores e em outro dia
exercícios para membros inferiores. No terceiro dia, o aluno repetia a sessão de
treinamento realizada no primeiro dia. Após o treinamento resistido, o aluno realizava a
serie de alongamentos novamente. Após 5 minutos em repouso foram aferidas a PA e
FC.
Durante o período de 10 semanas de treinamento, a freqüência média dos
alunos foi superior á 83%, valor relevante para os resultados obtidos.
Passado o período de 10 semanas o aluno realizou uma re-avaliação, para que
assim pudéssemos comparar os valores obtidos com a avaliação inicial.

24
4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados do presente estudo foram apresentados como media +/- erro
padrão médio (EPM). Foi utilizado o teste “t student” pareado para a comparação dos
resultados antes e após um período de treinamento físico. O valor de significância foi P
< 0,05.
25
5 RESULTADOS
Os resultados do presente estudo demonstraram que o peso corporal dos
participantes não foi alterado significativamente pelas dez semanas de treinamento
aeróbio associado ao resistido (71,3 ± 5 Kg
vs 72,2 ± 5 Kg no início). Da mesma forma
o IMC também não foi diferente comparado com o início do treinamento (25,7 ± 0,8
vs
26 ± 0,8 Kg/h² início).
Por outro lado, o treinamento aeróbio associado ao resistido foi eficiente em
reduzir 9 % (de 26,52% para 24,13%) a porcentagem de gordura dos participantes
conforme observado na figura 1 (A e B).
26
Figura 1: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na porcentagem
de gordura. A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: *
vs início, p < 0,05.
As figuras 2, 3 e 4 (A e B respectivamente) representam os valores individuais e
a media do grupo para os valores de pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial
média (PAM) e pressão arterial diastólica (PAD). Pode-se observar na figura 2 (A e B)
que o treinamento aeróbio associado com resistido determinou redução de 13 mmHg
(de 139,88 para 126,38 mmHg) na PAS (figura 2 B p< 0,01), 9 mmHg (de 99,29 para
27
90,79 mmHg) na PAM (figura 3 B p< 0,01) e 4 mmHg ( de 84 para 78 mmHg) na PAD
(figura 4 B p< 0,05).
Figura 2: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na pressão
arterial sistólica (PAS). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: **
vs
início, p < 0,01; *
vs inicio, p< 0,05.
28
Figura 3: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na pressão
arterial média (PAM). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: **
vs início,
p < 0,01.
29
Figura 4: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na pressão
arterial diastólica (PAD). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: *
vs
início, p < 0,05.
A frequência cardíaca (FC) não foi alterada pelo treinamento físico após o
período de dez semanas, conforme observado na figura 5 (A e B).
30
Figura 5: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na freqüência
cardíaca (Fc) . A) valores individuais; B) média de 8 avaliados.
A redução na PAS mesmo na ausência de alteração de FC determinou queda
significativa de 10 % (de 10437 para 9328) no Duplo Produto (DP), conforme
apresentado na figura 6 B.
31
Figura 6: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido no duplo
produto (DP). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: *
vs início, p < 0,05.
Os resultados da figura 7 (A e B) demonstraram que mesmo após dez semanas
de exercício aeróbio associado ao resistido não se observou aumento significativo no
consumo máximo de oxigênio (VO Max.) (43,2 ± 3
vs 41,2 ± 2,8 início).
32
Figura 7: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido no consumo
máximo de oxigênio (VO
2 Max). A) valores individuais; B) média de 8 avaliados.
As figuras 8 A e B representam o efeito do treinamento físico na flexibilidade. Na
figura 8 B, pode-se observar um aumento significativo de 12% (de 20,88 para 23,75 cm)
da flexibilidade após dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido em
indivíduos hipertensos.
33
Figura 8: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na flexibilidade .
A) valores individuais; B) média de 8 avaliados. Significância: ***
vs início, p < 0,001.
A figura 9 demonstra o efeito do treinamento físico (TF) na força muscular de
membros inferiores de cada avaliado. A média dos 8 avaliados está representada na
figura 10.
34
Em relação ao aumento da força muscular no músculo quadríceps (figura 9 A e
10 A) podemos observar um aumento significativo de 27 % (de 144 para 197 Kg) após
dez semanas de treino aeróbio associado ao resistido (p< 0,01).
A figura 9 B e 10 B representam os valores individuais e a média para o
comportamento de força dos músculos adutores da coxa. Pode-se observar que houve
aumento de 17% (de 113 para 136 Kg) na força dos músculos adutores após dez
semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido (p< 0,05).
Em relação ao aumento de força nos músculos abdutores da coxa pode-se
observar-se nas figuras 9 C e 10 C que o treinamento físico foi capaz de produzir um
aumento significativo de 16% (de 119 para 142 Kg) na força muscular ( p < 0,05 ).
Por outro lado, conforme apresentado nas figuras 9 D e 10 D dez semanas de
treinamento aeróbio associado ao resistido não foi eficaz em aumentar a força muscular
nos músculos isquio-tibiais (57,5 ± 7,4 Kg
vs 53,1 ± 6,1 início). Da mesma forma, a força
do músculo gastrocnêmio também não foi alterada significativamente pelo TF (201,1 ±
22,7 Kg
vs 153,8 ± 20,8 Kg no início) como visto na figura 9 E e 10 E.
35
Figura 9: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) individual dos músculos pertencentes aos membros inferiores. A
(quadríceps), B (adutores da coxa ), C (músculos abdutores da coxa ), D (ísquio-tibiais ), E
(gastrocnêmio ).
36
Figura 10: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) dos músculos pertencentes aos membros inferiores. Os valores
representam a média de 8 avaliados. A (quadríceps ), B (adutores da coxa ), C (músculos
abdutores da coxa ), D (ísquios-tibiais ), E (gastrocnêmio ). Significância: *
vs início, p < 0,05 e
p< 0,01.
37
Nas figuras 11 e 12 estão representados os valores individuais e média de 8
avaliados no aumento de força dos músculos peitoral, grande dorsal, bíceps, tríceps,
deltóide e reto abdominal.
Em relação ao aumento da força muscular no músculo peitoral (figura 11 A e 12
A) podemos observar um aumento significativo de 22 % (de 49 para 62) após dez
semanas de treino aeróbio associado ao resistido (p< 0,05).
As figuras 11 B e 12 B representam os valores individuais e a média para o
comportamento de força do músculo grande dorsal. Pode-se observar que houve
aumento de 23% (de 100 para 129 Kg) na força máxima após dez semanas de
treinamento aeróbio associado ao resistido (p< 0,05).
Em relação ao aumento de força no músculo bíceps pode-se observar nas
figuras 11 C e 12 C que o treinamento físico foi capaz de produzir um aumento
significativo de 26% (de 16 para 22 Kg) na força muscular ( p < 0,05 ).
Quando se comparou o aumento de força máxima em músculo tríceps, notou-se
um aumento de 20 %, sendo estatisticamente significativo (p < 0,05). Tais valores são
apresentado pelas figuras 11 D e 12 D.
As figuras 11 E e 12 E representam os valores individuais e a média para o
comportamento da força do músculo deltóide. Pode-se observar que houve um
aumento significativo de 32 % (de 13 para 19 Kg) na força máxima após dez semanas
de TF (p< 0,05)
38
Em relação ao aumento de força no músculo reto abdominal pode-se observar
nas figuras 11 F e 12 F que o TF foi capaz de produzir um aumento significativo de 17
% (de 120 para 145 Kg) na força muscular (p < 0,01).
Figura 11: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) individual dos músculos pertencentes aos membros superiores. A
(peitoral ), B (grande dorsal ), C (bíceps ), D (tríceps ), E (deltóide ) F ( reto abdominal).
39
Figura 12: Efeito de dez semanas de treinamento aeróbio associado ao resistido na força
muscular máxima (RM) dos músculos pertencentes aos membros superiores. Os valores
representam a média de 8 avaliados. A (peitoral ), B (grande dorsal ), C (bíceps ), D (tríceps ),
E (deltóide ) F ( reto abdominal). Significância: *
vs início, p < 0,05 e p < 0,01.
40
6 DISCUSSÃO
O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do treinamento aeróbio associado
ao resistido sobre as variáveis hemodinâmicas, flexibilidade e força em indivíduos
hipertensos.
Os resultados do presente trabalho demonstraram que esta associação de
diferentes tipos de treinamento físico foi efetiva em reduzir significativamente a pressão
arterial e melhorar tanto a flexibilidade como a força dos pacientes hipertensos, apesar
de não ter alterado a freqüência cardíaca.
A associação de programas de exercício físico na rotina de indivíduos
hipertensos desempenha um papel importante no controle da HA (KRINSKI et al, 2006).
Entretanto, além das variáveis existentes no programa de treinamento como: volume,
intensidade, massa muscular envolvida, duração do programa e freqüência semanal; há
também uma interação direta com as variáveis nutricionais, tais como: quantidade e
qualidade dos alimentos ingeridos diariamente. Esses fatores podem ajudar no
entendimento das alterações na composição corporal (CAMPBEL et al, 2002).
Tem sido demonstrado que o exercício aeróbio causa um efeito hipotensor
significativo em hipertensos (LAILA et al 2008; MONTEIRO et al, 2007; PINHEIRO et al
2007; CUNHA et al, 2006; HORTA et al, 2005; MACDONALD, 2002; RONDON
BRANDÃO et al, 2001; VÉRAS-SILVA et al, 2002; WHELTON et al, 2002; AMARAL et
al, 2000; FORJAZ et al, 1998). Em concordância, nossos dados mostraram que dez
semanas de exercício aeróbio associado ao resistido promoveram uma queda de 8,5 %
na pressão arterial média de indivíduos hipertensos concordando com a literatura.
Vários mecanismos podem contribuir para a redução da pressão arterial após um
programa de treinamento físico aeróbio. Uma das causas para essa diminuição de
pressão arterial poderia ser dada pela diminuição da resistência da microcirculação no
músculo esquelético e remodulamento dos vasos de pequeno calibre em ratos
hipertensos (AMARAL et al, 2000). A redução da pressão arterial, induzida pelo
exercício aeróbio, pode ocorrer pela diminuição da freqüência cardíaca de repouso,
ocasionando assim uma diminuição no débito cardíaco (FORJAZ et al, 1998; VÉRASSILVA et al, 1997). Nossos resultados não demonstraram redução de FC de repouso, o
41
que concorda com os estudos realizados por Cunha et al (2002) e Amaral et al (2000).
Cunha et al (2002) observaram diminuição de pressão arterial, que foi associada a uma
queda no débito cardíaco devido à diminuição do volume sistólico enquanto que Amaral
et al (2000) correlacionaram a redução da pressão arterial com a redução da resistência
vascular local.
A atividade nervosa simpática também pode ser outro fator relevante na queda
de pressão arterial em hipertensos (HALLIWILL et al, 2003; MIYAI et al, 2002; NEGRÃO
et al, 2001; FLORAS et al, 1989).
A melhora na sensibilidade dos baroreceptores é um parâmetro que tem sido
observado em diversos estudos como causa do efeito hipotensor após um programa de
treinamento físico aeróbio (NEGRÃO et al, 2001; BRUM et al, 2000; LANTELME et al,
1998). Devido a estes achados de melhoras tanto no controle central como periférico, o
exercício aeróbio vem sendo preconizado como coadjuvante no tratamento da
hipertensão arterial.
Apesar dos efeitos dos exercícios aeróbios sobre a pressão arterial estarem bem
definidos, ultimamente tem-se dado maior importância aos efeitos do exercício resistido
sobre a pressão arterial.
Em uma meta análise realizada por Cornellissen e Fargard (2005), pôde-se
concluir que o exercício resistido pode gerar um efeito hipotensor tanto em indivíduos
normotensos como hipertensos, além de causar uma possível redução do risco de
doenças cardiovasculares. Se tanto os exercícios aeróbios, como os resistidos
promovem redução significativa da pressão arterial, acreditam-se que a associação de
ambos os tipos de exercício possa ser utilizada no controle da hipertensão.
Um dos mecanismos de hipotensão pós-exercício pode ser explicado pela
diminuição da resistência periférica, a qual dependerá da massa muscular envolvida no
exercício. Em estudo realizado por Lizardo e Simões (2005), observou-se que a
magnitude do efeito hipotensor pós-exercício é mais significativa em exercícios para
membros inferiores, os quais possui maior massa muscular e, conseqüentemente,
maior número de capilares envolvidos.
As variáveis hemodinâmicas representam o principal foco de análise nos estudos
com exercícios resistidos. O exercício resistido tem se mostrado eficiente em diminuir
42
os valores basais de pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica após uma
única sessão (LOPES et al, 2006, LIZARDO & SIMÕES, 2005) ou após um programa
de treinamento com pesos (PINTER et al, 2008 e CARTER et al, 2003). Esta redução
pode ser explicada por uma redução na freqüência cardíaca basal, conforme
demonstrada por Pinter et al (2008). Por outro lado, alguns estudos demonstram uma
ineficiência do programa de exercícios resistidos na diminuição de freqüência cardíaca
(LISBOA et al, 2007; BERMUDES et al, 2004; CARTER et al, 2003). Em concordância
com estes autores, o presente estudo demonstrou que um programa de exercícios
resistidos, mesmo quando associado ao aeróbio, reduz somente a pressão arterial
sistólica, diastólica e média, sem alterar a freqüência cardíaca.
A intensidade do exercício resistido é outro fator determinante na hipotensão
após um programa de exercícios físicos. No entanto, os resultados encontrados na
literatura ainda são conflitantes. Vários autores demonstraram que havia um maior
efeito hipotensor quando se realizava exercícios resistidos com intensidade entre 40 e
60% de 1 RM, cargas consideradas de leve à moderada (LOPES et al, 2006; LIZARDO
& SIMÕES, 2005; PESCATELO et al, 2004). Entretanto, em estudo realizado por Pinter
et al (2008), demonstrou que sessões de exercícios resistidos durante oito semanas
com ratos a 60 e 75% do RM determinaram hipotensão tanto para as cargas a 60% do
RM, quanto a 75% do RM, entretanto esse efeito foi mais significativo no exercício de
maior intensidade. Dados semelhantes foram observados em estudo realizado por
Carter et al (2003), o qual analisou o efeito hipotensor do exercício resistido de alta
intensidade em ratos durante oito semanas, e também obteve um efeito hipotensor
significativo. Esse mesmo autor sugere ainda que a causa do efeito hipotensor após
treinamento resistido se daria por uma possível modificação na atividade nervosa
simpática, porém o mesmo concluiu em seu estudo que essa alteração não foi
significativamente. Por outro lado, Bertovic et al (1999), concluíram que os exercícios de
alta intensidade (força) promovem redução significativa da complacência arterial, o que
pode contribuir significativamente para aumentar a pressão arterial.
Apesar de ser crescente a indicação dos exercícios resistidos no tratamento da
hipertensão, os resultados não são ainda conclusivos. Além disso, pouco se sabe sobre
a associação do exercício aeróbio ao resistido em indivíduos hipertensos, o que
43
motivou a realização do presente estudo, demonstrando uma eficiência na associação
destes tipos de exercícios no controle pressórico.
Nos últimos anos tem-se discutido a eficiência do exercício resistido na melhora
da flexibilidade (VALE et al, 2006; BARROS, 2000; BEEDLE et al, 1991; TRASH et al,
1987).
A flexibilidade é um importante fator para a melhora do movimento, podendo
reduzir o risco de lesões músculo articulares. Segundo Trash et al (1987), um programa
de treinamento resistido além de não prejudicar a flexibilidade, pode ainda aumentar a
amplitude de determinados movimentos. Um dos possíveis mecanismos para a
melhora da flexibilidade se dá pela proliferação do tecido conjuntivo devido à hipertrofia
muscular, a qual aumenta a elasticidade do músculo (DANTAS, 1999). Outra explicação
é dada pelo aumento de esforço sobre a amplitude das articulações, que em
conseqüência também aumenta o tecido conjuntivo, causando a melhora na
flexibilidade (BEEDLE et al, 1991).
Apesar do programa de treinamento do presente estudo não ter enfatizado
exercícios para melhora de flexibilidade, a mesma obteve um aumento significativo
após dez semanas de treinamento físico aeróbio associado ao resistido em indivíduos
sedentários.
Os resultados do nosso estudo concordam com os resultados achados de Vale
et al (2006). Estes autores compararam o efeito do treinamento resistido na força,
flexibilidade e autonomia funcional de mulheres idosas por um período de dezoito
semanas. Mesmo realizando curtas sessões de alongamentos (cinco minutos), pôde-se
observar uma melhora significativa na flexibilidade.
O aumento de força é normalmente observado após a prática de treinamento
resistido acima de 85% do RM de intensidade (FLECK, 2006). Nossos dados
demonstraram aumentos de força significativa, mesmo utilizando um programa de
treinamento físico com intensidade de leve a moderada (40-60% RM), conforme
indicado pelo Colégio Americano de Ciências do Esporte (PESCATELO et al, 2004). O
que concorda com os achados de outros autores que também utilizaram exercícios de
baixa intensidade (LISBOA et al, 2007; VALE et al, 2006; SILVA et al, 2006; DIAS et al,
2005). Uma explicação para os aumentos de força, mesmo com exercícios de baixa
44
intensidade, é dado pelo fato do programa de treinamento ter sido desenvolvido com
indivíduos sedentários, os quais nunca tiveram contato com a prática de exercícios
resistidos, facilitando assim o aumento de força após dez semanas (BERTOVIC et al,
1999).
45
7 CONCLUSÃO
Em conclusão, os resultados sugerem que a associação de exercícios aeróbios e
exercícios resistidos além de promover um melhor controle da PA, ainda possibilitam
um aumento de resistência muscular e flexibilidade, o que contribui para uma melhor
qualidade de vida.

46
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ANEXO A
Termo de Consentimento
Eu, ____________________________________________________ portador do RG nº
______________________ e aluno da academia Marathon Wellness, de Bauru, aceito participar do
projeto oferecido pelo estagiário Jefferson Martins Felício e graduando do curso de Licenciatura Plena em
Educação Física da Faculdade de Ciências da UNESP – Bauru, sob a coordenação da Prof. Dra. Sandra
Lia do Amaral.
O projeto visa investigar os efeitos do treinamento aeróbio, conciliado com o treinamento
resistido, na população hipertensa.
Os alunos deverão passar primeiro por uma anamnese da saúde, em seguida serão submetidos a um teste
de esforço em esteira rolante, e por último realizarão um teste de repetições máximas nos aparelhos de
musculação.
Estou ciente de que o monitor do projeto fará aferição da Pressão Arterial e Freqüência Cardíaca todos os
dias antes e depois da sessão de atividade física.
Será de suma importância a permanência dos alunos durante todo o projeto, entretanto nada os impedem
de deixarem o mesmo no momento em que necessitarem ou assim que desejarem.
Concordo que os resultados obtidos durante o projeto sejam utilizados para fins científicos, garantindo o
sigilo dos participantes.
NOME_____________________________________________________________
RG ________________________________
ASS: ________________________________
52
ANEXO B
ANAMNESE
Nome:______________________________________Tel:_________
Idade___ Data de Nascimento __ /__ /__ Ocupação_________________
Objetivos com relação a Atividades Físicas
( )Estética ( )Lazer ( )Terapêutico
( )Condicionamento Físico ( )Convívio Social
Antecedentes pessoais: __________________________________________
Ex: Hipertensão; diabetes; epilepsia; fraturas; tonturas ou desmaios; cardíacos.
Habito de fumar: _________qtos por dia______
Medicações em uso: ______Quais_____________________________________
Antecedentes familiares: ____________________________________________
Atividade Física: _______________Freqüência: _________________________
Questionário LAF-Q (Liberação para atividades físicas) (KATCH &
MCARDLE, 2003)
1 – Alguma vez foi mencionado que você tem algum problema cardíaco ou que só poderá
fazer atividade física com recomendação médica?
2 – Você sente dor ou desconforto no peito quando faz atividade física?
3 – Nos últimos meses você tem sentido dor ou desconforto no peito mesmo sem fazer
atividade física?
4 – você perde o equilíbrio em virtude de tonturas ou alguma vez já ficou inconsciente?
5 –você tem problemas ósseos, articulares ou de coluna que pioram quando pratica
atividade física?
6 – Seu medico já prescreveu medicamento para pressão arterial ou problemas cardíacos?
7 – Você tem qualquer outra razão conhecida para não praticar atividades físicas?
53
_____________________________________
ALUNO: Jefferson Martins Felício
_____________________________________
Prof. Dra. Sandra Lia do Amaral

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