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EPIDEMIOLOGIA EBOLA

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Por:   •  27/11/2014  •  1.221 Palavras (5 Páginas)  •  296 Visualizações

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Ebola é um vírus da família Filoviridae que apresenta seis cepas diferentes, todos com risco máximo de patogenicidade. Isso significa que são de fácil propagação e não existem medidas de prevenção e cura disponíveis até o momento.

O virião é revestido por uma lipoproteína derivada da célula hospedeira, esta membrana lipoproteica tem alongamentos em forma de espinhos. O vírus penetra nas células por ligação de uma glicoproteína, que existe na superfície deste, a receptores membranares da célula. Uma vez efetuada a ligação, o vírus penetra, com facilidade na célula passando a controlar o processo de tradução, obtendo desse modo, as estruturas necessárias à sua proliferação.

O genoma é constituído por uma pequena cadeia de RNA negativa, linear e não segmentada, rica em resíduos de adenosina e de uridina. Para que o vírus se multiplique, precisa que a informação contida em seu material genético (RNA ou DNA) seja lida pelo maquinário da célula (já que ele por si não é capaz de fazê-lo). Por possuir uma fita de RNA no sentido negativo, faz-se necessário corrigir para sentido positivo e assim ser possível a tradução. O vírus do ebola lança dentro da célula além do RNA sentido negativo, moléculas que servirão para corrigir o sentido da fita (para positivo). Feito isso, a fita de RNA positiva será traduzida no ribossomo. Assim, a célula acaba servindo seu maquinário celular para a replicação viral. Os novos vírus saem da célula capazes de infectar novas células, reiniciando o ciclo.

O termo originou-se de um rio na África, onde foram descobertos os primeiros casos da doença, em 1976. Existem quatro tipos do vírus: Ebola Ivory Coast, Ebola Sudan, Ebola Zaire e Ebola Reston. A principal diferença entre os subtipos reside no gene que codifica para a glicoproteína, responsável pela entrada do vírus nas células.

Segundo cientistas, o vírus sempre existiu, mas se manifestava apenas nos primatas, os quais eram consumidos pela população africana devido à intensa pobreza existente no país. Com o passar dos anos e as diversas mutações sofridas pelo vírus, tornou-se então capaz de interferir na vida humana, causando inúmeras mortes.

Atualmente o contágio dá-se por três fatores: o contato com animais infetados por o vírus se fazer presente em animais selvagens como os macacos, gorilas, morcegos ou antílopes através do contato direto com os órgãos, sangue, dejetos e carne crua destes selvagens; contato com um doente por o vírus ser altamente contagioso, adquirindo-o pelo contato direto com fluidos como a saliva, o sangue, as secreções ou os órgãos dos afetados, frisando também a manipulação de cadáveres de pessoas que tenham falecido por causa do vírus, pois continuam sendo um foco de contágio; e contato com materiais infectados como seringas de um doente para outro nas unidades de saúde africana, assim como a falta de proteção por parte dos empregados hospitalares e as fracas medidas sanitárias que aumentam os casos desta doença.

Com relação à sintomatologia do Ebola em seres humanos, há a ocorrência de febre alta, dores no corpo, brotoejas, vômito e dor no peito. A infecção provoca a perda da visão, hemorragias e conduz o paciente a um tipo de coma. O indivíduo infectado pode morrer em uma semana após o contágio.

Desde dezembro de 2013, a África Ocidental vem enfrentando importante surto de Doença pelo Vírus Ebola (DVE), sendo os países mais afetados Guiné, Libéria e Serra Leoa. Nesses países está estabelecida transmissão de pessoa a pessoa. A Nigéria registra pequeno número de casos, a maioria importados. Até 15 de agosto de 2014, foram notificados 2127 casos com 1145 óbitos (OMS, 08/08/2014).

EPIDEMIOLOGIA

As doenças causadas por filovírus são zoonoses, na medida em que são transmitidas para os humanos a partir de ciclos que se desenvolvem em animais. Os primatas em cativeiro sofrem uma infecção tão grave como a dos humanos e sabe-se que os macacos selvagens também não possuem anticorpos para o vírus.O reservatório natural do vírus Ebola reside nas florestas da África e da Ásia, no entanto, as suas origens permanecem indeterminadas, ocasionando diferentes hipóteses para explicar a origem dos surtos epidêmicos do Ebola.

O fato de primatas não humanos terem sido a fonte de infecção de humanos, não os permitiu considerar como reservatório, uma vez que eles são infectados, tal como os humanos, diretamente do reservatório natural ou através de uma cadeia de transmissão a partir do reservatório natural.

Inicialmente suspeitou-se de roedores, depois sugeriu-se a hipótese que um vírus de uma

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