Erva De Passarinho

O crescimento desenfreado das cidades vem causando mudanças e transformações nos aspectos físicos, bióticos e visuais dos habitantes das cidades, onde áreas que antes eram ocupadas por espécies arbóreas, hoje são substituídas por edificações que causam grande impacto visual e na qualidade de vida da população. E esse crescimento tem causado grande problema em praças e jardins dessas cidades. (CUBIS, 2011)

As árvores que antes tinham espaço na natureza para se desenvolver, hoje ficam limitadas entre edifícios, logo absorvem mais a poluição atmosférica. Tais espécies são plantadas em solo de má qualidade o que faz com que as espécies nativas, não nativas e exóticas tenham seu nível de estresse aumentado, o que as deixa suscetíveis a infestação de parasitas, como exemplo a erva-de-passarinho; que penetra no caule e nos ramos da planta hospedeira sugando-lhe a seiva e provocando lentamente a sua degradação. Desse modo se não forem retiradas, as ervas parasitas podem até causar a morte de seu hospedeiro ao longo dos anos.

O termo erva-de-passarinho é utilizado devido à maioria das espécies dependerem das aves para a dispersão de suas sementes. (CAZETTA & GALETTI, 2003). Esta dispersão ocorre quando os pássaros se alimentam de frutos e após digeri-los, dispersam as sementes através da massa fecal ou de seu bico na superfície das árvores a qual se adere passando a outras árvores após a germinação. Embora possam causar imensos danos às árvores e áreas verdes, pouca atenção é destinada a esse parasita no Brasil. (CUBIS, 2011)

As árvores urbanas ainda estão sujeitas a imensos problemas; não só de pragas, mais como nas condições desfavoráveis do seu ciclo de vida quando são plantadas sem o devido planejamento. Podemos citar alguns problemas como a obstrução de calçadas, o mau crescimento das raízes devido a falta de impermeabilização do solo devido a pavimentação, danos as redes de fiação elétricas, etc. (ARAUJO; ARAUJO, 2006)

A arborização urbana contribui de uma maneira significativa para a melhoria de uma qualidade de vida das cidades, através da qualidade do ar, diminuição da poluição visual e sonora, melhora o paisagismo dos centros, interferência direta na direção e velocidade dos ventos, sombreamento das áreas plantadas e geram benefícios físicos e psicológicos para as pessoas, realçando a beleza do local servindo de indicador da qualidade de vida nas cidades. (CUBIS, 2011).