Filosofia Da Ciência

1) Várias formas para se explicar o mundo natural: Inicialmente com explicações sobrenaturais, que envolviam espíritos e deuses. Depois vieram os gregos com o método da observação e reflexão, sendo precursores da filosofia da ciência atual. E a ciência surgiu durante a Revolução Científica.

2) “O objetivo final da ciência é fazer avançar nosso conhecimento do mundo”. Esse conceito é aprovado por cientistas e por filósofos. A partir daí, ocorrem algumas divergências: Os cientistas fazem perguntas e tentam respondê-las, enquanto que os filósofos questionam os métodos que os cientistas utilizam para fazer testes e chegar a conclusões. Porém, o autor fala que não há necessidade dos filósofos se preocuparem tanto com os métodos dos cientistas de testar as explicações, porque elas poderão ser refutadas. Caso estejam erradas serão corrigidas eventualmente.

3) Em seguida o autor coloca que “No entanto, devemos reconhecer que nossos órgãos dos sentidos são falíveis e nosso raciocínio, mais ainda.” Dessa forma, ele dá razão aos filósofos na ação de questionar os métodos científicos.

4) Junto com a Revolução Científica (século XVI) surgiram vários métodos científicos, sendo um deles o da indução, de Francis Bacon (1561-1626), que consiste no desenvolvimento de teorias por meio de registros, de medidas e de descrições de observações, sem ter nenhuma hipótese prévia ou expectativa preconcebida. Esse método foi criticado posteriormente e deixado de lado. Na verdade, o que deveria ser criticado era a maneira como esses fatos seriam usados para a formação de teorias e não a coleta de fatos em si.

5) No século XIX a lógica tornou-se uma influência dominante na filosofia da matemática e da física. Esse método é funcional para essas áreas, porém, não é ideal para a biologia. A biologia evolutiva é muito mais complexa e apresenta maior número de variáveis que as ciências físicas, de modo que se deve ter cautela ao criar uma regra geral, pois ela pode se fazer verdadeira em algumas partes apenas. Por esse motivo que não se pode generalizar quando se trata de sistemas biológicos.

6) Existem dois métodos para confirmar o quão plausível é uma teoria: a verificação e o falseamento. A verificação consiste na realização de testes, de modo que se eles confirmarem a teoria, ela teria maior credibilidade. Uma teoria só pode ser considerada verdadeira após uma verificação. Porém, a verificação leva a confirmação de teorias que podem apresentar dados incertos, podendo ser questionados posteriormente. Quanto mais passar por testes, melhor, mais satisfatória e confiável será a teoria (Popper). O falseamento é realizado a partir de testes rígidos para verificar uma teoria. A partir do momento que um teste dá errado, a teoria toda é falseada, sem considerar exceções, que são corriqueiras na biologia. Assim como a lógica, o falseamento não pode ser aplicado de forma efetiva nos sistemas biológicos, pois neles trabalha-se muito com exceções.

7) O autor cita um método que vários cientistas aplicaram aos seus estudos, que é a teoria semântica, a qual consiste na formulação de teorias que não são gerais nem permanentes, sendo compatíveis com as ciências biológicas. Porém, ele não acredita que seja um método efetivo, pois não se consegue definir quando uma teoria está errada.

8) O autor coloca que devemos pensar sobre as teorias, de forma que não sejam apresentadas apenas definições e conceitos. Deve-se valorizar o raciocínio, para que possa ser construída uma visão mais ampla.

9) A ciência é um processo formado por dois passos: A descoberta e a justificativa. A descoberta de novos fatos, exceções, aparentes contradições da natureza, a partir dos quais vão se formar novas hipóteses e teorias para explicá-los. E a justificativa envolve os métodos a partir dos quais as hipóteses são testadas e validadas.

10) Para a maioria dos filósofos, uma nova teoria é iniciada a partir de uma hipótese para se resolver um enigma,