Hg Glicada

1. INTRODUÇÃO

Hoje em dia cerca de 45% da população apresentam distúrbios endócrinos e um dos sistemas mais importantes em distribuir hormônios e nutrientes para todos os tecidos é o sistema circulatório.

Com todas essas características do sistema circulatório é possível saber, através de exames de sangue, se os hormônios estão sendo liberados com eficiência, monitorar o desempenho de certos órgãos e verificar as características das próprias células do sangue. A principal moeda energética encontrada no sistema circulatório é a glicose responsável por boa parte da nutrição dos nossos tecidos. Um bom exemplo de tecido é cérebro, que somente consegue gerar energia a partir da glicose, tornando uma molécula vital (MOTTA, 20000).

A glicose entra nas células através de canais, que se abrem na presença de hormônios, como a insulina, que ira se ligar em receptores específicos conhecidos como GLUT, encontrados na membrana das células. Em um individuo saudável esse processo é comum, e o equilíbrio entre a concentração de glicose circulante no sangue, e no interior das células se mantém estável, algumas doenças podem fazer com que os níveis de glicemia fiquem alterados. A diabetes mellitus é um grande exemplo de doenças que podem tornar instável este equilíbrio.Os níveis de glicose no sangue aumentam consideravelmente devido a ausência ou deficiência na produção de insulina, dificultando a entrada nas células. Essa diabetes pode ser classificada como do tipo 1 (insulinodependente) e diabetes do tipo 2 (independente insulina) (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005; LEHNINGER; NELSON; COX, 2007).

Devemos ressaltar que, tanto níveis altos como níveis baixos de glicose no sangue podem ser indicativas de varias doenças metabólicas. O exame de hemoglobina glicada é um dos parâmetros mais utilizados pelos médicos para se diagnosticar ou acompanhar o tratamento de pacientes com diabetes mellitus, a hemoglobina glicada difere de outros exames, como a glicemia de jejum, por ser mais especifica. Permite detectar valores normais de glicose num período muito longo, ao contrario da glicemia de jejum que somente fornece esse parâmetro nas 12 horas subsequentes (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005; LEHNINGER; NELSON; COX, 2007).

Este exame permite quantificar hemoglobinas totais no sangue, e as hemoglobinas glicadas é possível identificar uma faixa de percentual normal em um organismo humano, e verificar se os níveis estão alterados. Isso se da através de um reagente que retém as hemoglobinas não glicadas, sendo possível separá-las das glicadas para então ser lida sua absorbância e calcular a concentração (MOTTA,2000).

2. OBJETIVO

Determinar a quantidade de hemoglobina glicada em amostra de sangue durante a aula prática.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais utilizados na coleta de sangue:

• Agulha estéril e descartável;

• Adaptador de coleta a vácuo;

• Álcool 70%;

• Algodão;

• Garrote;

• Tubo com EDTA.

Materiais utilizados para a determinação da hemoglobina glicada:

• Kit Labteste;

o Tampão Hb-rápida;

o Hemolisante;

o Colunas para cromatografia;

• Pipeta automática;

• Água destilada;

• 05 Tubos de ensaio;

• Fotômetro;

• Amostra de sangue.

Agora listados os materiais, será descrito os métodos para a preparação, tanto do kit como a obtenção do resultado. Após a coleta de sangue, este será armazenado no tubo com EDTA (anticoagulante).

Primeiramente, é preparada a coluna de cromatografia, evitando a formação de bolhas. Em movimentos circulares, suspender a resina, e logo em seguida colocar em um tubo de ensaio para que o líquido saia e não encoste na ponta da coluna. O líquido não dever ficar rente demais com a resina sedimentada e nem com uma grande quantidade, a medida de 1 mm é o suficiente.

Para o preparo do hemolisado é pipetado 0,4ml de hemolisante, 0,1ml de sangue e agita por 20 segundos e esperar por 5 minutos.

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