Historia Do Pensamento Contabil - Escola Norte Americana

Introdução:

Foi na Europa que surgiram os grandes marcos na contabilidade no período científico. São eles: a criação das escolas do pensamento contábil chefiadas por grandes autores da época e a chegada da contabilidade nas universidades, em 1809, na Itália. Por esse motivo, pode-se dizer que os italianos fizeram o cultivo dos frutos que os sumérios-babilônios plantaram nos séculos passados.

Embora, fossem de grande importância histórica as Escolas européias elas tiveram grande preocupação com a teoria e deixaram de lado as pesquisas e demonstrações práticas.

Grandes mudanças ocorridas ao longo dos tempos fizeram com que fosse necessária uma nova visão sobre o ensino contábil, isso fez com que declinassem as escolas européias. Assim, a partir de 1920, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da contabilidade.

O cenário histórico dos Estados Unidos da América era favorável e prospero para o avanço das técnicas e práticas contábeis, devido ao seu ritmo acelerado de desenvolvimento econômico. Isso atraiu grandes empresas e multinacionais com grandes capitais junto delas muitos acionistas, que investiam nas pesquisas, pois essas trariam bons retornos para as empresas de contabilidade.

Em suma, o sucesso das escolas norte-americanas se deu por colocar em práticas as teorias vistas em sala de aula juntamente com a realização de novas pesquisas. Tudo isso só obteve grande reconhecimento porque era feito em parcerias com as grandes empresas, que valorizavam o trabalho acadêmico junto aos profissionais já formados.

Importância das Associações Profissionais:

O termo Contabilidade está relacionado á necessidade de registro no comércio. Enquanto outras escolas declinavam, as norte-americanas floresciam, trazendo a tona seus aspectos práticos no tratamento de problemas econômicos e também suas teorias contábeis, publicadas em artigos. Tais teorias desenvolveram e marcaram a história da Contabilidade.

As Escolas Norte-Americanas ditavam regras de assuntos relacionados à Contabilidade de Custos, Controladoria, Análise de Demonstrações Contábeis, Gestão Financeira e outros ramos do conhecimento contábil. O interesse dos norte-americanos pela qualificação da informação contábil acabou se desenvolvendo em dois grandes ramos de atuação. De um lado a Contabilidade Gerencial e de outro a Financeira.

Estas escolas foram muito importantes e não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas, que refletem direto nos países de economia.

Objetivos:

A contabilidade preocupava-se basicamente com as informações financeiras, visando o atendimento das obrigações fiscais e legais.

Com a evolução tecnológica e a ampliação das necessidades sociais, houve também a ampliação do leque de usuários potenciais da contabilidade, criando-se a necessidade da empresa evidenciar suas realizações para a sociedade, ao contrario do que acontecia antigamente, quando a contabilidade tinha por objetivo informar apenas ao dono qual o lucro obtido pela empresa em determinado período.

Isso e as exigências de auditoria nas empresas abertas, levaram a necessidade de uniformização nos relatórios e procedimentos contábeis, que mais tarde em 1970 iria buscar especificar qualitativamente itens como: relevância, igualdade, neutralidade, oportunidade, compatibilidade e exatidão. Tudo com o intuito de melhor subsidiar gestores na tomada de decisões, assim como acionistas nas escolhas de suas aplicações financeiras e a outros diversos usuários.

Características:

A escola norte americana se caracterizou, principalmente, pelo desenvolvimento de informações para a tomada de decisão e pelo estudo na área prática da contabilidade, o contrário do que as escolas europeias faziam, e por isso teve grande ascensão no período científico após o declínio dessas.

Além de estudarem a teoria contábil, realizavam, juntamente com as associações, trabalhos de pesquisa em empresas da época, com o intuito de aproximar os estudantes aos seus futuros locais de trabalho. As demonstrações contábeis aperfeiçoaram cada vez mais devido a uma padronização das normas dos registros, que foi conquista também das Associações, uma vez que andavam lado a lado com a universidade. Outra característica marcante nessa escola, foi a importância que se deu ao comportamento humano e valores pessoais, que levou ao surgimento da contabilidade social e painel de indicadores estratégicos, o "Balanced scorecard" de Kaplan e Norton.

Por outro lado, a escola Norte americana também se caracterizou por apresentar falsas informações sobre o patrimônio das empresas, descobrido pouco tempo depois, o que dava muita insegurança aos investidos. Mesmo assim, foi um período de grande crescimento econômico, impulsionado por essa escola.

Principais Personagens:

- Charles Ezra Sprague

Sprague nasceu em 1882, ao longo da sua vida atuou como contador, bancário e professor. Spraga se interessava por todo tipo de cultura, especialmente linguagem, foi fluente em 16 idiomas.

Trabalho no Union dime savings bank, durante 7 anos, e adquiriu muito conhecimento na área contábil, o que foi fundamental para seu posterior desenvolvimento dentro da contabilidade. Ele se dedicou como professor de contabilidade na Universadade de Nova York. Como forma de reconhecimento profissonal da contabilidade, Sprague foi eleito para compor o The Hall of Fame.

Sprague escreveu vários livros a respeito da contabilidade, que explicavam o porquê da contabilidade, e nao somento o como utilizá-la. Abra mais importante foi The Philosophy of accounts, que causou grande impacto sobra a pratica contábil e rendeu 5 edições em menos de 15 anos.

O trabalho de Sprague foi reconhecido fundamentalmente para a profissão contábil nos Estados Unidos e no mundo. O atual estagio da contabilidade norte-americana foi alcançado graças