História da Educação em Brasília

Roteiro - apresentação História da Educação de Brasília

1956

• JK toma posse

• Foto: (JK no local da futura capital)

• Lei n. 2.874, de 19 de setembro de 1956. Dispõe sobre a mudança da Capital Federal

• Criada a Cidade Livre (Núcleo Bandeirante - foto):

Foi planejada pra durar apenas de 1956 a 1960. As primeiras avenidas foram abertas ainda em 1956, pela própria Novacap, Companhia Urbanizadora da Nova Capital. A ideia era que a região fosse direcionada ao comércio e, por isso, no início, ficou livre dos impostos. Daí o apelido pelo qual ainda é conhecida, Cidade Livre.

• Anísio Teixeira:

Ao final da década de 50, o então diretor do Inep (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, atual Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) fica responsável pela elaboração do Plano de Construções Escolares de Brasília, documento base da origem do sistema educacional do Distrito Federal.

1957

O Plano Educacional de Brasília

• Princípios da Escola Nova;

• elaboração finalizada em junho de 1957, fundamentado nas orientações de Anísio Teixeira. Objetivos:

 juntar crianças de todas as classes sociais na mesma escola (democratização);

 possibilitar o ensino a todas as crianças e adolescentes (universalização);

 romper com as limitações do sistema educacional brasileiro, pela elaboração de um plano novo, que proporcionasse à criança e ao adolescente uma educação integral;

 reunir, em um só centro, todos os cursos de grau médio, permitindo-se maior sociabilidade aos jovens da mesma idade que, embora frequentando classes diferentes, tivessem em comum atividades na biblioteca, na piscina, nos campos de esporte, nos grêmios, no refeitório etc.;

 facilitar o ensino particular, com fixação de áreas para externatos e internatos, vendidas a preço muito baixo, com pagamento facilitado, inclusive por meio de bolsas de estudo.

Oferta:

I – Educação elementar, a ser oferecida em:

1) Jardins de infância, destinados à educação de crianças de 4 a 6 anos;

2) Escolas-classe, destinadas à educação intelectual sistemática de menores de 7 a 12 anos, em cursos completos de seis anos ou séries escolares;

3) Escolas-parque, destinadas a completarem a tarefa das escolas-classe mediante o desenvolvimento artístico, físico e recreativo da criança e sua iniciação ao trabalho, por uma rede de instituições ligadas entre si, dentro da mesma área, assim constituída: biblioteca infantil e museu; pavilhão para atividades de artes industriais; conjunto para atividades de recreação; conjunto para atividades sociais (música, dança, teatro, clubes, exposições); dependências para refeitório e administração; conjuntos residenciais para alunos sem família.

II – Educação média ou secundária, a ser ministrada nos Centros de Educação Média, oferecendo diversas oportunidades aos jovens de 11 a 18 anos. Tais centros deveriam ser construídos na proporção de um para cada grupo populacional de 45.000 habitantes, com capacidade para abrigar 2.700 a 3.500 alunos.

O Centro de Educação Média compreenderia um conjunto de edifícios destinados a: 1) Escola Média Compreensiva, incluindo: (a) cursos humanísticos, (b) cursos técnicos, (c) cursos científicos; 2) Centro de Educação Física (quadras cobertas, piscina coberta, campos de futebol, pista de atletismo, quadras de vôlei e basquete, quadras de tênis etc.); 3) Centro Cultural, com auditório (teatro, cinema, exposições, clube dos alunos etc.); 4) Biblioteca e Museu; 5) Administração; 6) Restaurante.

Finalidade dupla do Centro de EM: preparar-se diretamente para o trabalho ou prosseguir a educação no nível superior.

O Plano Educacional deveria ser aplicado da mesma forma em toda a área do Distrito Federal. Nas penínsulas e regiões norte e sul do lago Paranoá, e nas cidades-satélites.

Mas a realidade...

Em 1957 não havia um prédio escolar. A professora Anahir ministrava as aulas sob a sombra das árvores. A escola "ao ar livre" funcionou por quase 3 meses. Atendia alunos de todas as séries do curso primário.

Em 15 de outubro de 1957 é inaugurada a primeira escola pública do DF, na Candangolândia, Grupo Escolar 1 depois denominada Escola Júlia Kubtschek como homenagem à mãe de JK que era professora.

• Projeto de Niemeyer, foi executado em 20 dias;

• Estrutura em madeira: 5 salas no piso superior, biblioteca, cozinha refeitório, gabinete dentário, consultório médico. No piso inferior: pátio coberto. Na área externa: canteiros, parque, espaço para prática desportiva e piscina;

• Escola intergral de tempo integral;

• Quadro docente inicial: professoras selecionadas principalmente entre esposas e filhas de funcionários que possuíssem o diploma de normalista. Depois a seleção passou a ser feita pelos próprios docentes. Nos primeiros meses, direção em sistema de rodízio. depois docentes elegeram uma das colegas. Haviam momentos específicos para planejar as aulas.

• inicialmente atendia 150 alunos. Ao final de 1959 atendia 560 alunos

• Funcionou até 1969 quando o prédio foi interditado.

No final de 1959, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP) contava com mais de 100 professores primários e ofertava ensino