Instituto de Akat e Primeira Guerra Mundial
Tese: Instituto de Akat e Primeira Guerra Mundial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Osnoria • 18/9/2014 • Tese • 888 Palavras (4 Páginas) • 182 Visualizações
Não existirão fórmulas exatas. O desenvolvimento sustentável deverá ter um modelo próprio para cada sociedade do planeta. Os países mais desenvolvidos, onde a igualdade social já é uma realidade, têm um foco muito maior na soluções para os problemas ambientais. Mas em países como o nosso ou na Índia, por exemplo, a inclusão social e a erradicação da pobreza ainda precisam ser tratadas como prioridades na agenda da sustentabilidade.
A opinião é de Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu e conselheiro do Planeta Sustentável. Esta semana a entidade lançou no Brasil a versão para o português do relatório Estado do Mundo 2013 – A Sustentabilidade Ainda é Possível?, publicação elaborada pelo Worldwatch Institute (WWI).
Em entrevista ao Parceiros do Planeta, Mattar falou da importância das parcerias com organizações internacionais como o WWI e como a troca de conhecimento possibilita uma visão mais clara sobre o que devemos realmente enxergar como sustentabilidade no Brasil.
Como surgiu a parceria entre o Instituto Akatu e o WWI?
Nossa parceria começou por uma coincidência de pauta porque o primeiro Estado do Mundo que nós fizemos juntos era um documento em que a questão do consumo era tratada muito profundamente. Hoje ela é uma parceria que une interesses muitos profundos que fazem parte da missão das duas entidades. Enquanto o WWI é uma organização fundamentalmente de pesquisa, publicação e estudos da melhor qualidade, nós do Akatu nos alimentamos e interagimos com estes estudos na medida que também estudamos. E isso tem nos ajudado a mudar de patamar qualitativo.
Os estudos internacionais do WWI ajudam o Akatu a ter uma visão mais global da sustentabilidade?
Sim, ajudam a expandir e principalmente a questionar o quanto do que o Akatu está fazendo aqui no Brasil é algo específico para o país ou este continente, ou é algo que poderia ser mais amplo. A minha participação, seja em conselhos de desenvolvimento sustentável de empresas globais, no Conselho de Consumo Sustentável do Fórum Econômico Mundial ou do Social Accountability International, tem me permitido ver que o tema do consumo está penetrando cada vez mais firmemente. Antes era o consumo visto a partir da produção e agora é o consumo visto a partir do consumidor como cidadão, como pessoa. E isso tem me feito separar o que é Brasil e o que não é Brasil naquilo que é feito por entidades como WWI e outras empresas globais.
Que lição o senhor tem tirado desta nova percepção?
Uma das coisas fundamentais que tenho aprendido é que a preocupação global com a sustentabilidade é fortemente voltada para a questão ambiental e menos com a sustentabilidade social. Então algo como o que norteia algumas das crenças do Akatu – o real compartilhamento do valor gerado pelas empresas entre seus vários stakeholders, é algo que aparece aqui e ali, mas não está na cabeça e no coração das empresas internacionalmente.
Porque a questão social já não é mais uma preocupação para os países desenvolvidos?
Porque as empresas lá fora não precisam mais se preocupar com isso. Aqui precisamos brutalmente. Quando as companhias globais falam sobre o problema social, é quase uma questão teórica. Elas olham de longe a partir de suas subsidiárias. Para nós é uma questão de sobrevivência. Não é possível
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