Liquido Liquido
Artigo: Liquido Liquido. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunxinha • 21/11/2013 • 2.453 Palavras (10 Páginas) • 381 Visualizações
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS
Laboratório de Físico Química
Prática 5 – Equilíbrio líquido-líquido
Prof. Dr. Arthur Motheo
Alunos: Aline Roque Nº USP 7236805
Bruna de Lima Nº USP 7652974
São Carlos, 26 de Setembro de 2013.
1. Introdução
Alguns pares de líquidos puros, quando misturados em proporções apropriadas a certas temperaturas e pressões, não formam apenas uma fase líquida homogênea, mas duas fases líquidas com diferentes composições. Este fato acontece devido ao estado bifásico ser mais estável que o estado monofásico. Se estas fases estão em equilíbrio, então o fenômeno é chamado equilíbrio líquido-líquido.
O estado de equilíbrio termodinâmico é buscado por todos os sistemas. A termodinâmica fornece um critério de estabilidade que deve ser satisfeito, estabelecendo que, a uma temperatura e pressão constantes, um estado estável é aquele que apresenta um mínimo na energia livre de Gibbs:
dGT,P ≤ 0 (1)
Ao misturar duas ou mais substâncias, define-se dG como a diferença entre a energia livre de Gibbs da solução e a dos compostos puros. Se dG ≤ 0, forma-se uma solução monofásica estável; porém se dG ≥ 0 , a solução homogênea é instável e o sistema é obrigado a se dividir em duas ou mais fases, a fim de minimizar a energia livre de Gibbs. Desta maneira se formam sistemas bifásicos ou até multifásicos.
A regra de fases para um sistema a pressão constante é:
F = C – P + 1 (2)
Para os sistemas de dois componentes C = 2 e F = 3 – P, se estão presentes duas fases P = 2 e F = 1, ou seja, apenas uma variável descreverá o sistema, a temperatura ou a composição. Na região de duas fases uma vez dando a temperatura, as interações da linha de correlação com a curva fornecem as composições de ambas as soluções conjugadas.
Em condições de pressão constante, ou quando os efeitos de pressão são desprezíveis, o ELL binário é representado de forma conveniente em forma de diagramas de solubilidade como ilustrado na Figura 1:
(a) (b) (c)
Figura 1. Diagramas de solubilidade para o equilíbrio líquido-líquido
Onde tem-se que em:
(a): Mostra que com o aumento da temperatura, a solubilidade de água em fenol e a de fenol em água podem crescer, formando duas curvas de solubilidade que se encontra em um ponto que as duas fases terão composições iguais, o chamado ponto crítico (Tc=65,85oC).
(b): Neste caso, mostra que a solubilidade decresce com o aumento da temperatura. Os líquidos que demonstram esse tipo de comportamento tendem a formas compostos entre si, mediante ligações fracas, aumentando a solubilidade em temperaturas mais baixas.
(c): O diagrama mostra que em qualquer ponto interno a curva encontram-se duas fases presentes, enquanto que o lado externo da curva representam estados homogêneos do sistema.
Na Figura 1a), 1b) e 1c), L1+L2 indica a presença de um sistema homogêneo (monofásico), ou seja, ambos os componentes estão na mesma fase e totalmente miscíveis de composição l1 + l2 . Em L1 a composição é dada por l1 e em L2 a composição é dada por l2, ou seja, o sistema é constituído por duas fases (sistema heterogêneo). Nas linhas l1 e l2 são apresentados os valores de solubilidades limites em uma temperatura específica para o sistema constituído pelos componentes 1 e 2.
No atual experimento o diagrama que será obtido terá a forma do ilustrado na Figura 1.a)1.
2. Objetivos
Estudar a variação da miscibilidade do sistema água-fenol em função da temperatura.
3. Experimental
-Reagentes e equipamentos
• Termômetro
• Agitador
• 10 tubos de ensaio com capacidade para 50 mL
• Camisa de ar
• 2 béqueres de 600 mL
• 1 béquer de 100 mL
• 2 pipetas volumétricas de 10 mL
• Fenol P.A.
• Água destilada
• Gelo
• Cloreto de sódio comercial
4. Procedimento Experimental
Preparou-se 10 g das soluções de fenol em água: 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70 e 75% de fenol em massa. Agitou-se todas as soluções e colocou-se em tubos de ensaio tampados e rotulados. Observou-se se havia uma ou duas fases.
Para os sistemas homogênios preparou-se banho de gelo e sal, resfriou-os agitando-os até o aparecimento da segunda fase. Anotou-se essa temperatura. Retirou-se o sistema do banho de gelo e anotou-se a temperatura na qual o sistema tornou-se novamente homogêneo.
Para os sistemas com duas fases colocou-se o tubo de ensaio em banho de água. Elevou-se a temperatura do banho com agitação, até desaparecer a última opalescência. Anotou-se essa temperatura. Retirou-se o sistema do banho e deixou-o esfriar, anotando-se a temperatura na qual aparece a primeira opalescência.
5. Resultados
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