MICROBIOLOGIA DO SOLO

AULA PRÁTICA 7: MICROBIOLOGIA DO SOLO

1 MICROGANISMOS DO SOLO

INTRODUCÃO

O solo é constituído por um grande número de seres vivos microscópicos. Uma colher de chá do solo fértil de um jardim pode conter bilhões de microorganismos. Duas palavras caracterizam a flora microbiana do solo_ abundância e diversidade.

A manutenção da vida nos solos é importantíssima para sua conservação. O trabalho de seus organismos é muito variado: os canais ou poros feitos pelas minhocas, formigas, cupins, larvas etc. propiciam que o ar circule e a água e as raízes das plantas penetrem. Além disso, esses pequenos animais, ajudados por bactérias e fungos, trituram e decompõem a matéria orgânica, tornando seus nutrientes disponíveis para as raízes das plantas. Assim, fabricam húmus, que torna o solo fofo e armazena água e nutrientes.

Os microorganismos produzem ainda substâncias que ajudam as plantas a crescer e a se defender de pragas e doenças. Em outras palavras, a fauna do solo funciona como uma usina transformadora que permite a vida de seres maiores, como as plantas e os humanos.

As bactérias representam a maior parte da população microbiana do solo tanto em quantidade como em variedade. A maioria das bactérias do solo é heterotrófica, e os bacilos esporulados são comuns. Espécie de Bacillus, Clostridium, Arthrobacter, Pseudomonas, Rhizobium, Azotobacter e Nitrobacter geralmente estão presentes. Bactérias actinomicetes, incluindo espécies de Nocardia, Streptomyces e Micromonospora- em milhões por grama- estão presentes nos solos quentes e secos. Esses organismos são responsáveis pelo odor característico de mofo e de terra de um campo recentemente arado. Os actinomicetes podem degradar muitas substâncias complexas e, desta forma, são importantes no melhoramento da fertilidade do solo.

Centenas de diferente espécies de fungos habitam o solo. Há uma maior quantidade próxima da superfície do solo, onde prevalecem as condições de aerobiose. Alguma das espécies de fungos mais comuns no solo são a Penicilliim, Mucor, Rhizopus, Fusarium e etc. As condições físicas e químicas no solo determinam as espécies predominantes.

OBJETIVO

Esta prática realizada em aula teve o objetivo de isolar , diferenciar e contar microrganismos do solo utilizando a técnica das diluições seriadas.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi utilizado amostra de solo superficial coletada nas proximidades do bloco 57 da universidade, solução salina 0,9 % de NaCl, Placas de Petri com meio ágar Sabouraud (para cultivo de fungos) e ágar nutriente (para cultivo de bactérias).

De inicio foi pesado 0,5 g da amostra de solo que após, junto à chama do bico de Bunsen, foi transferida para um frasco contendo 4,5 mL de solução salina esterilizada. Esta nova amostra foi agitada de modo a obter uma suspensão homogênea e também para facilitar a suspensão na água da maior parte das células dos microrganismos adsorvidas nas partículas de solo. Foi deixada em repouso então, por aproximadamente 10 minutos.

O próximo passo foi realizar as diluições sucessivas ate 10-4 da amostra preparada anteriormente, os tubos utilizados nesta etapa também continham 4,5 mL de solução salina. Para o primeiro tubo foi realizado uma diluição 1:10, para o segundo 1:100, para o terceiro 1:1000. Teve-se o cuidado de agitar bastante as suspensões obtidas após cada diluição, antes de proceder para a próxima.

Terminada as diluições iniciou-se o espalhamento das suspensões nas placas sobre o meio sólido. Foi transferido 0,1 mL da solução original de solo superficial bem como 0,1 mL das soluções diluídas nos quatro tubos, para cada diluição foi espalhado tanto no meio Sabouraud como no meio ágar nutriente. Foi usado alça de Drigalsky para auxilio do procedimento.

Por último as placas com meio ágar nutriente foram incubadas a 37oC e as placas com meio Sabouraud foram incubadas a 25oC, ambas por 72 horas.

RESULTADOS

As placas apresentaram desenvolvimento de microrganismos com características morfológicas diversificadas. Conforme a figura 1, foi possível observar que na solução diluída 1:10 em meio ágar Sabouraud houve uma predominância no desenvolvimento de leveduras e poucos fungos . É possível inferir que ocorreu também desenvolvimento de bactérias de formato arredondado e de coloração bege. Já o meio ágar nutriente basicamente apresentou o desenvolvimento de bactérias filamentosas de cor bege por toda a superfície da placa e algumas leveduras.

Figura 1. Diluição 1: 10

A diluição 1:100 em meio Sb apresentou bolores de fungos maiores nas cores verde, rosa, cinza escuro e branco. A presença de leveduras também foi constatada .Para o meio ágar nutriente desenvolveu-se bactérias caracterizadas por cinco bolas maiores e nove bolinhas menores. Conforme figura dois.

Figura 2. Diluição 1:100

A diluição 1:1000 apresentou 13 bolores na cor verde e 2 na cor branca. Houve tambemo desenvolvimento de algumas leveduras. No meio ágar nutriente o desenvolvimento foi bem menor comparado às outras diluições, apenas três bolinhas bege e uma menor amarela, interpretadas como sendo bactérias. Conforme figura 3.

Figura 3. Diluição 1:1000

CONCLUSÃO

Os microrganismos fazem parte do solo e são de fundamental importância à outros seres vivos do meio e também ao homem. A prática mostrou que conforme maior for a diluição da amostra menor será o desenvolvimento de alguns microrganismos, favorecendo o desenvolvimento de uma determinada espécie.

REFERÊNCIAS