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Macrofauna

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Por:   •  1/5/2013  •  Projeto de pesquisa  •  1.505 Palavras (7 Páginas)  •  662 Visualizações

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RESUMO

Macrofauna ou macrobentos é o conjunto de animais que vivem no substrato dos ecossistemas aquáticos e que são visíveis a olho nu. Incluem-se neste grupo, tanto as espécies que se movimentam livremente, como os peixes demersais e muitos crustáceos. A macrofauna bentônica é composta pelos animais com tamanho superior a 0,5mm, que apresentam relações diretas com o fundo, possuindo certa uniformidade no modo de vida. Populações bênticas coexistindo entre si e com o ambiente, compõem associações de organismos que ao longo do tempo podem refletir as condições locais integradas, devido principalmente a sua natureza séssil e de pouca mobilidade, permitindo que esses organismos sejam bons indicadores biológicos das condições e características do ambiente. A distribuição de espécies bentônicas é largamente influenciada pela topografia do leito do mar, tipo de substrato, disponibilidade de nutrientes e a velocidade da corrente de água. As mudanças de velocidade de velocidade da corrente de água podem ter efeito sobre o sedimento ou sobre a macrofauna bentônica alterando a sua composição específica. Este trabalho irá abordar aspectos relevantes sobre a comunidade da macrofauna e esclarecer pontos importantes sobre seu papel no ecossistema.

Palavras-chaves: Macrofauna; Bentos; Marinho.

1 INTRODUÇÃO

As comunidades faunísticas variam em diferentes escalas espaciais e temporais. A identificação de relevantes escalas de variabilidade no espaço e no tempo é um pré-requisito para a compreensão de fatores e processos que geram os padrões biológicos nos ecossistemas.

Os bentos representam a biota dos organismos ligados aos fundos e da interface da água com materiais sólidos como algas, corais, esponjas, etc. constituídos de uma ampla variedade de filos envolvidos no ciclo dos elementos no mar (FERES, 2011). Portanto, de reconhecida importância no fluxo de energia nas cadeias tróficas dos ambientes marinhos e estuarinos. Muitas espécies bentônicas constituem-se no principal item alimentar de muitos peixes demersais e outras desempenham importante papel na ciclagem de nutrientes através do processo de biorrevolvimento do sedimento, que acelera os processos de remineralização de nutrientes.

Dentre os ecossistemas presentes na região entre-marés e habitats da zona costeira, os substratos duros no geral são considerados alguns dos mais importantes por abrigarem um grande número de espécies de grande importância ecológica e ate econômica, tais como mexilhões, ostras, crustáceos e algumas espécies de peixes. Por receberem grandes quantidades de nutrientes de sistemas terrestres, estes ecossistemas apresentam uma grande biomassa, assim como uma elevada produção primaria de microfitobentos e de macroalgas. Como consequência, estes habitats são locais de alimentação, crescimento e reprodução de um grande número de espécies.

2 MACROFAUNA MARINHA

A importância dos organismos bentônicos vem sendo cada vez mais enfatizada, uma vez que apresentam características importantes, tais quais a abundancia e a diversidade, que os capacitam como potenciais ferramentas para os estudos de monitoramento ambiental. Muitas espécies bentônicas ou associadas de alguma forma aos fundos marinhos possuem importância econômica direta, como é o caso dos crustáceos e moluscos. Outras constituem o principal item alimentar de peixes demersais, que vivem sobre a superfície dos sedimentos. Por outro lado, não se deve subestimar o papel desempenhado por organismos bentônicos na aeração e remobilização dos fundos marinhos, acelerando os processos de remineralizaçao de nutrientes e consequentemente os próprios processos de produção primária e secundária.

A distribuição, abundância e diversidade da macrofauna marinha tem sido relacionada a fatores físicos, dos quais a ação das ondas, o tamanho dos grãos de areia e a inclinação da praia são considerados os mais importantes.

Além dos fatores físicos, também existem fatores biológicos que estruturam as comunidades bentônicas. Esta estruturação é o resultado de propriedades como disponibilidade e busca pelo alimento, efeitos da reprodução na dispersão e assentamento, modos de locomoção e padrões de agregação, competição intra e interespecífica e efeitos da predação. Estes ambientes tem sido caracterizados como fisicamente severos, exibindo heterogeneidade espacial e temporal.

As exigências ou tolerâncias peculiares de cada espécie aos diferentes fatores ecológicos, resultam em uma distribuição vertical dos organismos em faixas ou zonas características, sendo isto conhecido como zonação. A zonação da macrofauna em praias não é tao obvia como nos costões rochosos, onde a distribuição da macrofauna paralela a linha da costa é facilmente observada. Nas praias, ao contrário, a maioria dos organismos não está visível na superfície, estanho a quase totalidade da fauna abrigada no interior do sedimento (GIANUCA, 1987).

Segundo Bemvenuti & Rosa Filho (2000) as praias são ambientes dinâmicos onde elementos como ventos, água e areia interagem, tendo como resultado processos hidrodinâmicos e deposicionais complexos. Estes ambientes compreendem uma porção subaérea e outra subaquática.

A densidade da macrofauna diminui com a profundidade e com a distância da costa, assim como de alta para baixas latitudes. A biomassa diminui com a profundidade, mas varia também entre distintas margens continentais, com a produção na coluna d'água, largura da plataforma e latitude.

Um dos fatos que impressionou os pesquisadores nas primeiras décadas de estudo dos bentos profundo foi o gigantismo de algumas espécies: Anfípode Halicella gigantea (19 cm), o isópode Bathinomus giganteus (42 cm), exemplares de Misidáceos e Copépodos. O gigantismo foi atribuído a influência da pressão sobre o metabolismo e ao crescimento lento devido as baixas temperaturas. A respeito do gigantismo nas profundezas, deve-se observar que espécies costeiras também apresentam organismos de grande tamanho (ex. bivalvo gen. Tridacna – pia de água benta).

Segundo Pereira, R.C. & Soares-Gomes (2009) a partir da década de setenta, com um maior número de amostras quantitativas, verificou-se que em realidade o que predomina no bentos profundo são organismos de pequeno tamanho, talvez devido a menor quantidade de alimento disponível na região. Thiel constatou uma redução do tamanho da macrofauna e um decréscimo menos pronunciado numérico da meiofauna com o aumento da profundidade.

O número de espécies

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