Moeda Na Macroeconiomia
Artigo: Moeda Na Macroeconiomia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sabinoadm • 10/11/2013 • 1.345 Palavras (6 Páginas) • 370 Visualizações
Introdução
Estudar a moeda é uma atividade que tem fascinado os homens desde a Antiguidade. Nossa sociedade é inconcebível sem a moeda, pois seu papel informacional e eliminador de incertezas é um elemento-chave no mundo atual.
Além disso, a moeda é o principal insumo e produto de bancos e demais instituições financeiras, incluindo o Banco Central.
Assim, a tarefa deste capítulo é apresentar um quadro geral sobre a moeda, destacando sua evolução histórica, suas características, suas funções e definições no Brasil, sua oferta e demanda e seu uso na política monetária.
Evolução histórica da moeda
A moeda acompanha o homem desde os primórdios da civilização. Sua evolução pode ser vista através de estágios, sendo que cada estágio caracteriza-se por ser mais eficiente que o anterior.
1º estágio Pré-economia monetária ou escambo
- relações de troca esparsas e esporádicas
- a noção de propriedade individual é vaga
- à medida que as trocas aumentam, surge à necessidade de uma eficiência maior, que se traduz na criação de unidades de medidas, padronização de contratos e formas de moeda mais evoluídas.
2º estágio Moeda mercadoria
- com o surgimento das primeiras formas de moeda, as trocas passaram a ser indiretas.
- primeiras formas de moeda surgem como mercadorias de aceitação geral, como por exemplo, gado, ossos, sal, etc...
3º estágio Moeda simbólica
- moedas feitas com metais preciosos, que suprem muitas das propriedades que faltavam às anteriores.
- a moeda cunhada tem a vantagem de ser aceita sem contestação, e tem circulação forçada pela lei é a moeda de curso legal.
4º estágio Moeda escritural
- O surgimento da moeda escritural originou de certa forma, os sistemas financeiros modernos.
- Quando o ouro e a prata passaram a ser utilizados como moeda, era comum que fossem depositados em cofres de ourives. Estes, por sua vez, emitiam um certificado aos proprietários, atestando a guarda de determinada quantidade de metal precioso.
Estes certificados eram transacionados como meio de troca.
- Com o tempo, os ourives notaram que era impossível que todos os depositantes viessem de uma vez só para retirar todo o outro depositado. Assim, começaram a emprestar o ouro que ficava ocioso, por meio de novos certificados, a uma taxa de juros suficiente para compensar os riscos.
5º estágio Moeda sofisticada
- A concorrência, a tecnologia e a globalização impuseram um novo dinamismo à economia e à moeda.
- Hoje, a maioria das transações monetárias ocorre eletronicamente, sendo difícil definir, portanto, moeda.
Características da moeda
Quase todas as moedas nacionais são fiduciárias, ou seja, circulam por força da legislação de cada país. É aceito como moeda o instrumento que cumpra três funções:
Meio de troca;
Unidade de conta (os ativos das pessoas, firmas, ou governo são denominados em moeda, possibilitando comparações);
Reserva de valor ( possibilita que os consumidores optem pelo consumo presente ou futuro).
Definições de moeda no Brasil: os agregados monetários
Papel-moeda emitido
Corresponde à quantidade de papel moeda que o BACEN emite e coloca em circulação. Parte deste papel-moeda emitido vai para o caixa dos bancos, e a outra parte constitui o papel-moeda em circulação.
Parte do papel moeda em circulação está em poder dos bancos, constituindo seus encaixes para fazer frente às ordens de saque de seus correntistas. O restante está em poder do público.
Assim,
PMPP = PMC – PMPB
Onde:
PMPP = papel-moeda em poder do público
PMC = papel-moeda em circulação
PMPB = papel-moeda em poder dos bancos
O conceito mais estrito de moeda é a base monetária, que é igual ao papel-moeda emitido mais as reservas dos bancos no Banco Central. A base monetária o passivo monetário do Banco Central.
Assim,
BM = PME + reservas dos bancos no BC
Onde:
BM = base monetária
PME = papel-moeda emitido
Os conceitos menos estritos de moeda são os chamados meios de pagamento, expressos pela letra M e por um número. Assim, M1 é mais restrito que M2, e assim por diante.
Não há uma norma rígida para distingui-los, e em geral suas definições estão associadas à liquidez, que é a capacidade de os diversos ativos transformarem-se em moeda no seu sentido mais comum: papel-moeda e moeda escritural.
Assim:
M1 = papel-moeda em poder do público + depósito à
vista nos bancos (agregado de liquidez imediata)
M2 = M1 + depósitos de poupança + títulos privados
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais
M4 = M3 + títulos federais estaduais e municipais em poder do público
Portanto, M2 + M3 + M4 = quase moeda.
A oferta de moeda refere-se ao modo como a moeda é criada. O Banco Central do Brasil tem monopólio na emissão primária de moeda, mas os bancos também participam do processo.
Reservas bancárias Papel-moeda emitido pelo BACEN e depositado em contas dos bancos no Banco Central.
Oferta de moeda
A relação entre os empréstimos ofertados pelos bancos e a base monetária chama-se multiplicador monetário ou multiplicador
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