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O ASSISTENTE SOCIAL DENTRO DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS

Por:   •  7/10/2016  •  Artigo  •  3.446 Palavras (14 Páginas)  •  1.265 Visualizações

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O ASSISTENTE SOCIAL DENTRO DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS

Nilsânia Sales Souza

Lorena Barbosa Leite

Maria Oliveira Lima

Ricardo Sales Silva

Cristiane De Souza

RESUMO

O presente trabalho busca explicitar a importância da atuação do Assistente Social no Centro de Atenção Psicosocial – CAPS, pois, no período em que colocamos em pratica aquilo que aprendemos na teoria, chamado estágio supervisionado, tivemos a oportunidade de atuarmos na referida instituição e executarmos um projeto de intervenção voltado para reabilitação dos usuários deste serviço. O presente artigo tem por objetivo demonstrar a importância do trabalho desenvolvido pelo assistente social dentro do CAPS, iremos também identificar as demandas institucionais relacionadas á prática desenvolvida pelo Assistente Social, avaliar também sua importância no processo de ressocialização dos usuários, bem como apresentar um breve histórico do tratamento dado aos portadores de transtornos mentais. Nosso estudo nós permitiu uma compreensão do assistente social junto ao CAPS. O presente artigo fornece uma leitura dessas questões, focalizando uma pesquisa realizada no Centro de Atenção Psicossocial do município de Tucuruí.

PALAVRAS- CHAVES: Assistente Social, CAPS, Reabilitação.

  • 1 INTRODUÇÃO

Este trabalho é fruto da nossa vivencia acadêmica pelo curso de Serviço social, neste período, tivemos a nossa prática supervisionada no CAPS do município de Tucuruí, no estado do Pará, foi onde começamos a entender melhor a importância do profissional do serviço social no processo de reabilitação dos usuários desse serviço, identificando as causas mais comuns que acabam gerando a exclusão desses usuários.

O assistente social no CAPS acompanha e encaminha os usuários ao INSS para receber sua aposentadoria e benefícios.

Faz também o acompanhamento aos usuários a tratamento de saúde. Acompanha os usuários no fórum para que seja resolvido pendências financeiras, também a delegacia em casos de mal comportamentos e denuncias contra os usuários, por comerciantes ou por terceiros.

O assistente social entrou no CAPS a parti de 1999 apenas como visitador social e exerce esse papel até hoje, a atual assistente social que esta na instituição é formada em Serviço Social e é também a diretora.

Atualmente é feita uma triagem com 5 pacientes por dia, é também feito a entrega de medicamentos de 20 a 25 pessoas por dia, os médicos atendem de 10-15 pessoas, é feito o atendimento psicológico por dia 15 e cada paciente tem direito a 5 sessões com a psicóloga.nos dias de 4ª feira acontecem a terapia comunitária que é aberto a toda população, nas 3ª feira renascimento 10-15 pessoas.

Já foram atendidos no CAPS desde 1996 até o dia 24 de fevereiro 2011. Isso em todo atendimento, incluindo atendimento de refeição diária, atendimento medico.existe ainda o arquivo morto que está 30% desse numero total de 5.827O CAPS trabalha em uma perspectiva de desenvolvimento de autonomia e cidadania dos usuários sendo assim CAPS e Serviço Social configuram-se como um novo paradigma no campo da saúde mental.

A prática do Assistente Social foi o foco da pesquisa, porém como é sabida a profissão não é exercida de forma autônoma, mas esta intrinsecamente ligada a instituição em que está inserida, sendo assim quando a instituição tem visão emancipadora fica mais fácil para o Assistente social poder assim fazer um trabalho que colabore com a restauração da saúde mental dos respectivos usuários.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Inicialmente, o Serviço Social se apresenta envolvido com os interesses da classe dominante, mas, antagonicamente, também estão sujeito à classe subalterno sendo o mediador entre ambas as classes. A contradição é uma característica presente em países industrializados assim como os altos índices de pauperismo na zona urbana.

Por volta da década de 30, começa haver no Brasil uma urbanização crescente, e as contradições da industrialização fazem surgir as lutas reivindicativas, a classe trabalhadora passa a se organizar resultando na hostilidade do outro grupo. Nasce neste momento através do papel pacificador por parte do Estado, a institucionalização do Serviço Social que, movido pelas profundas alterações sociais através do processo de transição do modelo agrário-comercial para o modelo industrial, atua frente à "questão social" que é apresentada diante de todos, e, segundo Iamamoto (2004, p. 18) "o debate sobre a 'questão social' atravessa toda a sociedade e obriga o Estado, as frações dominantes e a Igreja a se posicionarem diante dela".

Silva (1995) afirma que desde o ano da criação das primeiras escolas de Serviço Social até 1945, são definidos três eixos para a formação profissional do assistente social são eles: formação científica, formação técnica e a formação moral e doutrinária.

A expansão da economia norte-americana na América Latina resultou na adoção do Brasil pelo desenvolvimentismo que monopolizava a economia e a política, havendo influência norte-americana também no Serviço Social.

No decorrer das décadas de 50 e 60, o assistente social é preparado como mão-de-obra capaz de colocar em prática os programas sociais, com grande importância na realização do modelo desenvolvimentista assumido pelo país. Em meados da década de 60, na América Latina nota-se a ineficácia da proposta desenvolvimentista nasce a proposta de transformação da sociedade, onde são questionados a metodologia, os objetivos e os conteúdos necessários para a formação profissional, como resultado, muitas escolas em crise ideológica. Surge assim, o movimento de reconceituação, cujo objetivo da ação profissional do Serviço Social seriam os problemas estruturais da sociedade, não apenas relacionados aos problemas individuais, grupais e comunitário. (Silva 1995)

Diante do clima repressivo e autoritário, fruto das mudanças políticas da década de 60, os Assistentes Sociais refugiam-se, cada vez mais, em uma discussão dos elementos que supostamente conferem um perfil peculiar à profissão: objeto, objetivos, métodos e procedimentos de intervenção, enfatizando a metodologia profissional. A tecnificação eufemiza o paternalismo autoritário presente na profissional e desenvolve métodos de imposição mais sutis que preconizam a ação 'participação' do 'cliente' nas decisões que lhe dizem respeito. (IAMAMOTO, 2004, p. 33)

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