O processo de compactação

1- INTRODUÇÃO

A compactação de um solo é um processo manual ou mecânico com o objetivo de reduzir o índice de vazio e o volume, e assim, aumenta sua resistência, tornando-o mais estável. A compactação tem em vista esses dois aspectos: aumentar a intimidade de contato entre os grãos e tornar o aterro mais homogêneo. O aumento do peso específico do material produzido pela compactação tende a melhorar diversas propriedades do solo, nos aspectos de permeabilidade, compressibilidade e absorção de água.

O processo de compactação a ser empregado em uma obra, vai depender dos aspectos e característica do projeto a ser executado e principalmente do tipo solo disponível. A garantia de uma boa estabilidade de um solo é o grande desafio da compactação, por meio desse ensaio é possível obter a correlação entre o teor de umidade (h) e o peso específico seco de um solo ( s), quando compactado com determinada energia. O ensaio mais comum é o de Proctor, que é realizado com sucessivos impactos de um soquete padronizado na amostra, e com os resultados obtidos, desenha-se a curva de compactação, lembrando que o tipo desse ensaio é classificado no nível intermediário pelas características dos equipamentos utilizados.

2- OBJETIVO

Realizar o ensaio de compactação tipo Proctor, utilizando equipamentos adequados e solo devidamente preparado, para a obtenção da curva de compactação.

3- EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

 MOLDE CILÍNDRICA GRANDE OU PEQUENA COM BASE, CORPO, COLAR E DISCO ESPAÇADOR (PARA MOLDE GRANDE);

 SOQUETE GRANDE OU PEQUENO;

 RÉGUA DE AÇO CO UMA DAS FACES BISELADA;

 TABULEIRO DE CHAPA GALVANIZADA;

 PROJETEI DE VIDRO GRADUADO DE 500 E 100 ML;

 CÁPSULA DE ALUMÍNIO COM TAMPA;

 COLHER DE PEDREIRO;

 CONCHA DE LATÃO;

 ESPÁTULA COM LAMINA DE AÇO;

 PIQUINOMETRO.

4- METODOLOGIAS E PROCEDIMENTOS

 Pesar 5 amostras de material, com 6 Kg para cilindro grande e 3 Kg para cilindro pequeno;

 Colocar os sacos hermeticamente fechados para não perder a umidade higroscópica;

 Colocar a amostra a ser trabalhada em um tabuleiro grande, espalhar o material e acrescentar a água necessária com o auxílio da proveta, de forma a regar a amostra por igual;

 Adiciona-se água à amostra até se verificar uma certa consistência. Deve-se atentar para uma perfeita homogeneização da amostra;

 Compacta-se a amostra no molde cilíndrico em 3 camadas iguais (cada uma cobrindo aproximadamente um terço do molde), aplicando-se em cada uma delas 26 golpes distribuídos uniformemente sobre a superfície da camada, com o soquete caindo de 0,305m;

 Remove-se o colarinho e a base, aplaina-se a superfície do material à altura do molde e pesa-se o conjunto cilindro + solo úmido compactado;

 Retira-se a amostra do molde com auxílio do extrator, e partindo-a ao meio, coleta-se uma pequena quantidade para a determinação da umidade;

5- PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

Com uma determinada quantidade de material seco já destorroado, a amostra já havia sido separada em aulas anteriores para esse ensaio, o solo a ser ensaiado não deve conter torrões maiores que 4,8mm.

A amostra passa pelo peneiramento com peneira nº.4 (4,8mm) e em seguida determina-se sua umidade higroscópica.

6- MEMÓRIA DE CÁLCULO

 PESO H2O

H2O 1: (C+S+A)-(C+S)= 93,7-88,6= 5,1g

H2O 2: (C+S+A)-(C+S)= 103,3-96,3= 7,0g

H2O 3: (C+S+A)-(C+S)= 88,8-81,6= 7,2g

H2O 4: (C+S+A)-(C+S)= 112,8-101,3= 11,5g

H2O 5: (C+S+A)-(C+S)= 131,3-115,7= 15,6g

 PESO DO SOLO

Solo 1: (C+S)-C= 88,6-17,5= 71,1g

Solo 2: (C+S)-C= 96,3-17,0= 79,3g

Solo 3: (C+S)-C= 81,6-15= 66,6g

Solo 4: (C+S)-C= 101,3-16,1= 85,2g

Solo 5: (C+S)-C= 115,7-17,4= 98,3g