Pitágoras
Seminário: Pitágoras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thaisbmeneguelli • 18/6/2014 • Seminário • 557 Palavras (3 Páginas) • 260 Visualizações
características essenciais da classe dos cães. Mas ter cor preta ou branca ou marrom é um acidente e não constitui objeto de conhecimento, mas da percepção aplicada aos particulares. (6)
Assim, partiu Aristóteles para a formulação dos princípios da classificação e, depois, de sua lógica formal. Neste campo sua contribuição foi verdadeiramente notável.
Outra grande contribuição do pensamento grego foi no campo da geometria, desde Pitágoras - com suas magníficas descobertas como o teorema das áreas do triângulo retângulo e da irracionalidade da raiz de 2 (√2) (7) - até a obra de Euclides, paradigma de cientificidade e rigor até nossos dias. As grandes contribuições de Euclides foram o desenvolvimento do método axiomático e a difusão da crença de que era possível fundamentar absolutamente o conhecimento. Esta crença se desfez somente no século XX com o programa epistemológico do Círculo de Viena, e especialmente de Rudolf Carnap, que mostrou a impossibilidade de fundamentar absolutamente o conhecimento.
Temos, enfim, a contribuição dos gregos para o pensamento social. Platão com a sua A república e Aristóteles com a Política foram os primeiros a sistematizar reflexões sobre a vida social.
II - A PROBLEMÁTICA DO CONHECIMENTO
Heitor Matallo Jr.*
(Do livro: “Metodologia científica, fundamentos e técnicas, construindo o saber. Maria Cecília M. de Carvalho (org.), Campinas: Editora Papirus, 1994, pág. 13 a 28)
A preocupação com o conhecimento não é nova. Praticamente todos os povos da Antigüidade desenvolveram formas diversas de saber. Entre os egípcios a trigonometria, entre os romanos a hidráulica, entre os gregos a geometria, a mecânica, a lógica, a astronomia e a acústica, entre os indianos e muçulmanos a matemática e a astronomia, e entre todos se consolidou um conhecimento ligado à fabricação de artefatos de guerra. As imposições derivadas das necessidades práticas da existência foram sempre a força propulsora da busca destas formas de saber.
Somente um povo da Antigüidade teve a preocupação mais sistemática e filosófica com as condições de formação do conhecimento: foram os gregos. Paralelamente ao conhecimento empírico legado pelos povos do Oriente, Mesopotâmia e Egito, os gregos desenvolveram um tipo de reflexão - a intuição que se destacou pela possibilidade de gerar teorias unitárias sobre a natureza e desvincular o saber racional do saber mítico. Isto não quer dizer que os gregos tivessem abandonado sua mitologia e cosmologia em favor de uma saber racional, mas tão-somente que eles começaram a ter consciência das diferenças entre estas duas formas de logos.
A epistemé característica do pensamento grego era do tipo theoretiké, isto é, um tipo de saber adquirido pelos "olhos do espírito" (1) e que ia além dos meros fenômenos empíricos. Esta diferença entre conhecimento prático - que estava ligado ao trabalho, à execução de atividades de produção de bens e coisas necessárias à vida - e conhecimento teórico - ligado ao prazer de saber - chegou a cristalizar-se como formas de conhecimento de diferentes naturezas. Esta diferença que surgiu entre os gregos foi resultado - segundo Farrington (2) - de uma separação de atividades
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