Poluentes Radioativos
Artigo: Poluentes Radioativos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ILordWords00 • 17/3/2015 • 947 Palavras (4 Páginas) • 161 Visualizações
INTRODUÇÃO
A poluição radioativa ocorre quando há o aumento dos níveis naturais de radiação através da utilização de elementos radioativos naturais ou artificiais.
O uso de radiação para os mais diversos fins tem se intensificado nas últimas décadas, uma vez que esta é uma poderosa fonte de energia. A radiação tem sido utilizada especialmente na medicina, engenharia civil, indústria armamentista e espacial. Reatores nucleares são utilizados nas usinas nucleares para produção de energia elétrica e térmica.
Experiências com ogivas atômicas realizadas a vários anos geram grande quantidade de resíduos radioativos, os quais são transportados para a atmosfera e espalham-se pela superfície do planeta, no ar, água e solo, aumentando a radioatividade natural. Explosões nucleares experimentais como as realizadas pela França nos atóis do Indo-Pacífico (Bikini, Muroroa, etc), disponibilizam elevados índices de radiação residual no ambiente marinho, onde são feitos os testes. Mais de quinhentas explosões já foram detonadas nos oceanos, subsolos e na atmosfera nas últimas 3 décadas por países da Europa e dos EUA.
OS MAIS PERIGOSOS
Entre os vários poluentes radiativos, um dos mais perigosos é o estrôncio 90, que, além de apresentar uma meia-vida relativamente alta, é um elemento metabolizado pelo organismo de forma semelhante ao cálcio.
(Meia-vida é o intervalo de tempo no qual a metade de um conjunto de átomos radiativos perde a capacidade de emitir radiatividade.)
A meia-vida é bastante variável entre os elementos radiativos, como se pode observar nos exemplos abaixo:
• iodo 131 - 8 dias;
• iodo 129 - 10 milhões de anos;
• estrôncio 90 - 28 anos.
Como "imitador" do cálcio, o estrôncio 90 - que pode ser adquirido pela ingestão de leite e ovos contaminados - aloja-se nos ossos, próximo à medida. A radiatividade emitida pode alterar a atividade da medula óssea na produção de células sanguíneas, com o perigo de levar o indivíduo a uma forte anemia ou mesmo a adquirir leucemia.
Tipos de Radiação: Alfa, Beta e Gama
Existem três tipos de radiação: alfa, beta e gama. Becquerel, Ernest Rutherford, da Nova Zelândia, e Marie e Pierre Curie, da França, foram os responsáveis pela sua identificação.
Quando submetemos as emissões radioativas naturais, por exemplo do polônio ou do rádio, um campo elétrico ou magnético, notamos a sua subdivisão em três tipos bem distintos.
• A emissão que sofre pequeno desvio para o lado da placa negativa foi denominada emissão alfa;
• A que sofre desvio maior para o lado da placa positiva foi denominada emissão beta;
• A que não sofre desvio foi chamada de emissão gama.
Radiação Beta
Alguns núcleos radioativos emitem elétrons comuns, que tem a carga elétrica negativa. Há os que emitem pósitrons, que são elétrons positivamente carregados. As partículas beta se propagam com velocidade quase igual à da luz. Alguns podem penetrar mais de 1 cm de madeira.
Quando um núcleo emite uma partícula beta, também emite um neutrino. Um neutrino não tem carga elétrica e quase não tem massa. Na radiação de partículas beta negativas, um nêutron no núcleo transforma-se em um próton, um elétron negativo e um neutrino.
O elétron e o neutrino são emitidos no instante em que se formam, e o próton permanece no núcleo. Isto significa que o núcleo passa a conter mais um próton e menos um nêutron. Por exemplo, um isótopo de carbono, o 6C14, emite elétrons negativos. O C14, tem oito nêutrons e seis prótons. Quando se desintegra, um nêutron se transforma em um próton, um elétron e um neutrino. Após a emissão do elétron e do neutrino, o núcleo contém sete prótons e sete nêutrons. Seu número de massa permanece o mesmo, mas seu número atômico
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