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Problema Cosmológico

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Por:   •  8/6/2014  •  1.448 Palavras (6 Páginas)  •  5.058 Visualizações

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A pertinência das perguntas sobre o ser humano e o universo

Pietra dos Santos Colletto*

Resumo: O tema remete a duas grandes questões que ao longo dos anos continuam em constante debate: “Quem é você?”; “De onde vem o mundo?”. As quais irão ter possíveis respostas no decorrer deste artigo, por meio de uma revisão bibliográfica, contendo conclusões de alguns autores com ciência sobre o tema exposto. Filosofias variadas serão analisadas, gerando pontos de vista consideráveis, sendo alguns pouco prováveis.

Palavras chaves: problema cosmológico, cosmologia, filosofia do ser, origem universal.

1. Introdução

Ao desenvolver deste artigo, serão apresentadas teorias e filosofias de filósofos renomados, que obtiveram maior êxito com suas opiniões, procurando inserir explicações relacionadas às origens tanto do ser quando do universo, partindo do princípio desta questão cosmológica.

2. Cosmologia

Primeiramente, devemos ter uma breve noção sobre a cosmologia, sendo este artigo envolvente da mesma. A cosmologia é tratada como uma parte da filosofia que estuda a estrutura, a evolução e a composição do universo, com a observação de que a primeira expressão filosófica foi apresentada no Período Pré-socrático ou cosmológico. De forma sucinta, as características principais tratam da substituição da explicação da origem e transformação da natureza por meio de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas de tais alterações, além de defender a criação do mundo a partir de um princípio natural e que a natureza cria seres mortais tendo como ponto de partida sua imortalidade. Quando a cosmologia obtinha seu auge, as pessoas da época em questão acreditavam que a natureza só poderia ser compreendida através do pensamento.

3. Problema Cosmológico

O problema cosmológico diz respeito ao mundo, da origem, sendo um dos primeiros problemas que a mente humana se questionou. Considera-se que os principais aspectos deste problema cosmológico são como mencionado anteriormente, a sua origem, os seus elementos constitutivos fundamentais, a sua duração e seu fim último. Do ponto de vista mítico, os poemas dos gregos Hesíodo e Homero são documentos preciosos para algumas explicações cosmológicas.

Já pelo ponto de vista filosófico, Tales de Mileto se destaca por ser um dos primeiros a se manifestar sobre este problema cosmológico, questionando com a seguinte frase: “Qual a causa última, o princípio supremo de todas as coisas?”. Platão se diferencia formulando uma distinção entre o problema cosmológico e o problema metafísico, ele separa dois planos de realidade, um de ordem física (o do mundo material) e outro de ordem metafísica: o plano das Ideias. Por outro lado, Aristóteles procede a um exame ainda mais profundo do problema cosmológico, pelo menos no que diz respeito ao aspecto da natureza essencial das coisas materiais e de seu devir, ou seja, de suas transformações. Para ele o mundo não tem origem nem fim, é eterno, porém não é por nada imóvel, estático, pois o devir faz parte de suas características. Na época moderna (XIV-XV) este debatido problema cosmológico se torna muito mais aprofundado, tem um êxito maior, justificando com a vinda do Humanismo e o Renascimento que demonstram um grande interesse sobre o mundo, a natureza.

3.1 Homero e Hesíodo

Em suas obras, “o universo é considerado como uma grande cidade, da qual fazem parte, além dos homens, também os deuses. Como a cidade, assim o universo está sob o governo de um grão-monarca. Tudo que acontece no mundo é ação dele e dos outros deuses” (MONDIN, 2010, pp. 53-61).

Segundo a explicação de Hesíodo sobre a gênese do universo, primeiramente foi gerado o Caos, depois Géia (Terra), abrangendo todas as coisas. Então, na profundeza da Terra foi gerado o tenebroso Tártaro, ao final, teria sido criado Eros (o amor) que, por fim, fez gerar todas as outras coisas.

3.2 Tales

Tales questiona se “não obstante a experiência, que nos apresenta o quadro impressionante de uma multiplicidade infinita de fenômenos, aparentemente irredutíveis, não seria possível derivar a realidade de um único princípio supremo” (MONDIN, 2010, pp. 53-61). Esse problema toma dimensões maiores, referindo-se ao problema do uno e do múltiplo, porém Tales oferece uma resposta de pouco impacto, em meio aos quatro elementos da natureza, a água teria maior importância, sendo assim, através da condensação obtinha-se a terra, que por rarefação derivam o ar e o fogo.

O filósofo considera o mundo como uma casa, funcionando do seguinte modo, o fogo está no centro, e há uma panela com água sob ele, e a casa estaria exposta a ventos e correntezas, mas mesmo assim, tem-se estabilidade e segurança, além de movimentação. Durante três séculos esta tese foi aceita.

3.3 Platão

Em relação ao mundo material, expõe uma explicação popular, o Timeu:

O mundo foi produzido pelo Demiurgo. Este ao contemplar as Ideias (isto é, tomando as Ideias como modelos), assistido e auxiliado por outras Potências, plasma a matéria informe, fazendo-a assumir aquelas qualidades e características próprias dos seres que povoam este mundo. Terminada a formação do mundo, o Demiurgo lhe infunde uma alma universal, a qual tem por função conservar vivo o mundo, sem necessidade de uma intervenção contínua por parte do Demiurgo (MONDIN, 2010, pp. 53-61).

3.4 Aristóteles

Este filósofo nos faz compreender que “a forma é o fundamento que diferencia uma espécie das outras” (MONDIN, 2010). Aristóteles separa o devir em quatro tipos: quantitativo, relacionado ao crescimento e a diminuição; qualitativo, sobre a modificação de qualidade; substancial,

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