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Problemas de bioética

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Por:   •  13/9/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.559 Palavras (7 Páginas)  •  188 Visualizações

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Bioética

É o estudo transdisciplinar entre Biologia, Medicina, Filosofia (Ética) e Direito (Biodireito) que investiga as condições necessárias para uma administração responsável da Vida Humana, animal e responsabilidade ambiental. Considera, portanto, questões onde não existe consenso moral como a fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgênicos e as pesquisas com células tronco, bem como a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e suas aplicações.

Dignidade

A dignidade se baseia no reconhecimento da pessoa como ser digno de respeito. É uma necessidade emocional que todos nós temos de reconhecimento público de se ter feito bem as coisas, em relação a autoridades, amigos, círculo familiar, social, entre outros. Independentemente de raça, etnia, religião, etc., cada ser humano é único, com características particulares, necessitando ser respeitado e reconhecido dessa forma, sem qualquer tipo de discriminação.

Todos tem opiniões diferentes sobre todos os assuntos e tem liberdade para expressá – los, ainda que envolva forças maiores como a própria ética e bioética . O que seria o mundo se todos fossem obrigados a pensarem e agirem iguais?

Privacidade

É a habilidade de uma pessoa em controlar a exposição e a disponibilidade de informações acerca de si. Relaciona-se com a capacidade de existir na sociedade de forma anônima (inclusive pelo disfarce de um pseudônimo ou por um identidade falsa).

Dignidade e Privacidade na Atuação da Enfermagem

“O Profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões, exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano e da sua saúde na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.” (Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem).

Os enfermeiros constantemente invadem a intimidade e a privacidade do doente ao realizar os cuidados de enfermagem, porém raramente discutem os aspectos que envolvem esse problema.

A condição de enfermidade gera sentimentos como incapacidade,dependência, insegurança e sensação de perda do controle de si mesmo. Os doentes encaram a hospitalização como fator de despersonalização por reconhecerem a dificuldade para manter sua identidade, intimidade e privacidade. O ambiente hospitalar é estressante por diversos fatores, especialmente ao doente, por perder o controle sobre os que o afetam, e dos quais dependem para sua sobrevivência . Alem disso, a internação é angustiante por evidenciar a fragilidade a que estão sujeitos, devido a exposição emocional e física. A enfermagem não pode ignorar que, ao cuidar do doente, toca-lhe o corpo e o

expõe, muitas vezes sem pedir autorização, adotando uma postura de "poder" sobre o corpo de outrem. O doente pouco questiona essa invasão porque, na sua percepção, ela é necessária para sua recuperação, porém demonstra constrangimento, vergonha e embaraço.

Para um individuo, mesmo doente, pode significar desconforto e embaraço.Afinal, culturalmente e no núcleo familiar, aprende – se que expor o corpo não é apropriado, relacionando-se implicitamente a sensualidade com a sexualidade, comuns aos indivíduos, mas de certa forma reprimidas,de acordo com os padrões vigentes na sociedade.

A invasão do território e do espaço pessoal fere a dignidade do indivíduo. A privacidade é uma necessidade e um direito do ser humano, sendo indispensável para a manutenção da sua individualidade. No entanto, é importante ressaltar que o Capítulo IV DOS DEVERES do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, preconiza que o enfermeiro deve: "Art. 27- Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento e seu bem estar. Art. 28- Respeitar o natural pudor, privacidade e a intimidade do cliente". Ao mesmo tempo, o enfermeiro tem que reconhecer que o paciente possui: "o direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde. Tem o direito a um local digno e adequado para seu atendimento, o direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive alimentação e higiênicas, quer quando atendido no leito, no ambiente onde está internado ou aguardando atendimento".

Sendo o enfermeiro o profissional em constante contato com o doente durante a hospitalização, é imprescindível circunstanciar sobre a conduta da enfermagem no sentido de resguardar esses direitos. A enfermagem procura preservar a intimidade e a privacidade dos doentes usando biombos, cobrindo partes do corpo que não precisam ficar expostas durante um procedimento e solicitando que familiares ou visitas retirem-se do quarto ao realizar um cuidado, caracterizando essa tentativa de proteção como um gesto humanitário e de respeito. Essa ação pode representar uma atitude de defesa à fragilidade pela doença, resgatando o instinto maternal, sentimento forte nesses profissionais, ou simplesmente uma atitude que facilitará a assistência de enfermagem, dificultando a intervenção ou questionamento dos familiares.

Em algumas situações, a enfermagem invariavelmente invadirá a privacidade e a intimidade do doente, como na passagem de cateter vesical, banho no leito, enemas e outros. Entretanto, o doente, sujeito do processo de trabalho da enfermagem, é um ser humano e, como tal, tem personalidade, dignidade, honra, pudor e preconceito, como já descrito anteriormente. Para que haja interação entre enfermeiro e paciente, é importante conhecer a sua natureza física, cultural, espiritual, social psicológica. Esses aspectos são significativos ao se tentar estabelecer uma relação de confiança junto

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