Processo de desenvolvimento do motor
Seminário: Processo de desenvolvimento do motor. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 26/3/2014 • Seminário • 4.998 Palavras (20 Páginas) • 683 Visualizações
(Gallahue, 1982)
O processo de desenvolvimento motor se revela principalmente através de mudanças no comportamento motor. As crianças em idade pré-escolar e de 1o. grau estão primeiramente envolvidas em aprender a como se mover eficientemente. É possível ver diferenças de desenvolvimento nos comportamentos motores causados por fatores biológicos e ambientais, através de mudanças no processo (forma) e no produto (desempenho). Portanto a melhor maneira de observar o processo de desenvolvimento motor é através do desenvolvimento progressivo das habilidades de movimento.
Em outras palavras, a “janela” para o processo desse desenvolvimento é proporcionada através do comportamento motor real das crianças. Esses comportamentos observáveis nos dão uma dica de como se desenvolvem os processos motores. Uma variedade de fatores cognitivos, afetivos e motores influenciam e são influenciados pelo desenvolvimento das habilidades de movimento e são importantes de serem estudados.
O movimento observável toma muitas formas. O movimento pode ser categorizado como não locomotor (ou estabilizante), locomotor, ou manipulativo, ou qualquer combinação dos três. Num sentido mais amplo o movimento estabilizante é qualquer movimento no qual algum grau de equilíbrio é requerido (isto é, praticamente toda atividade motora ampla). Num sentido mais restrito, um movimento estabilizante é um movimento não locomotor e não manipulativo. Em outra palavras esse tipo de movimento serve como uma categoria conveniente para movimentos tais como balanceados, com giro, de empurrar e puxar, que não podem ser classificados como locomotores ou de manipulação. Estabilidade é uma categoria de movimentos vista como mais do que um termo global aplicável a todos os movimentos. Estabilidade então se refere a qualquer movimento que se coloque em destaque, adquirir ou manter o equilíbrio de uma pessoa em relação a força da gravidade. Portanto movimentos axiais (termo usado algumas vezes para movimentos não locomotores) bem como posturas inversas e giros são considerados aqui como movimentos estabilizantes.
A categoria locomotora de movimentos se refere a movimentos que envol-vam mudança em localização do corpo relativa a um ponto fixo no espaço. Caminhar, correr, saltar, saltitar e saltar em uma perna é desempenhar uma tarefa locomotora. No nosso uso do termo locomotor, tais atividades como o rolo para a frente e para trás, podem ser ambos considerados como movimento locomotores e de estabilidade porque a importância está colocada em manter o equilíbrio em uma situação não usual de equilí-brio.
A categoria manipulativa de movimentos se refere á manipulação motora ampla. As tarefas de arremessar, receber, chutar e bater (ou rebater) um objeto são todas consideradas como movimentos amplos de manipulação. Um grande número de movimentos envolve a combinação de movimentos de estabilidade, locomotores e/ou manipulativos. Por exemplo, pular corda envolve locomoção (pular), manipulação (girar a corda) e estabilidade (manutenção do equilíbrio). Similarmente jogar futebol envolve habilidades locomotoras (correr e saltar), manipulativas (driblar, passar, chutar e cabecear), e estabilizantes (alcançar, escorregar, girar e balançar)
Em resumo, se o movimento serve como uma janela para o processo de desenvolvimento motor, pode-se estudar esse processo observando a progressão seqüencial das habilidades de movimento através de toda a vida do indivíduo.
FASE DO MOVIMENTO REFLEXIVO
Os primeiros movimentos que um feto executa são reflexivos. Esses movimentos involuntários, controlados subcorticalmente formam a base para as fases de desenvolvimento motor. Através da atividade reflexa a criança ganha informação sobre o meio ambiente imediato. As reações da criança ao toque , luz, sons e mudanças de pres-são causam movimentos involuntários. Esses movimento involuntários associados a uma crescente sofisticação do Sistema Nervoso Central nos primeiros meses de vida, tem importante papel em ajudar a criança a aprender mais sobre o seu mundo e sobre o mundo externo. Os reflexos podem ser classificados como meios para buscar informações, alimento e proteção. São meios para busca de informações no sentido de que ajudam a estimular e desenvolver a atividade cortical. São meios para buscar a alimentação e proteção porque existe alguma evidência que são filogenéticos (natos). Reflexos primitivos tais como o de sucção e o moro são considerados por alguns estudiosos mecanismos primitivos de sobrevivência. Sem os mesmos, o recém nascido seria incapaz de obter alimentação.
FASE DO MOVIMENTO RUDIMENTAR
As primeiras formas de movimento voluntários são movimentos rudimenta-res. São observados na criança desde o nascimento até uma idade de aproximadamente dois anos. Os movimentos rudimentares são maturacionalmente (biologicamente) deter-minados e são caracterizados por uma seqüência altamente predizível na sua aparição. A velocidade com a qual estas habilidades aparecem irão, todavia, variar de criança para criança, relacionada a fatores ambientais e biológicos.
As habilidades de movimento rudimentar da criança representam a forma básica do movimento voluntário requeridos para a sobrevivência. Envolvem movimentos de estabilidade tais como o crescente aumento do controle da cabeça, pescoço e múscu-los do tronco; as tarefas manipulativas de alçar, pegar, soltar; e os movimentos locomoto-res de rastejar, engatinhar e caminhar. A fase de desenvolvimento do movimento rudi-mentar pode ser subdividida em dois estágios que apresentam progressivamente altos níveis de controle do movimento:
ESTÁGIO DE INIBIÇÃO DO REFLEXO
O estágio de inibição do reflexo da fase rudimentar do movimento pode ser considerado a partir do nascimento. Ao nascer, os reflexos dominam o repertório de movimentos da criança. Daí por diante, todavia, os movimentos são progressivamente influenciados pelo cortex em desenvolvimento. O desenvolvimento do cortex causa a inibição de muitos reflexos que gradualmente desaparecem. Os reflexos primitivos e naturais são substituídos por movimentos voluntários. No estágio de inibição do reflexo, o movimento voluntário é pouco diferenciado e integrado, isto é, o aparelho neuromotor da criança continua num estágio rudimentar de desenvolvimento. Os movimentos mesmo com propósito, parecem controlados e não refinados. Se a criança deseja fazer contato com o objeto, haverá uma atividade global de toda a mão, punho, braço, ombro e tronco. Em outras palavras, o processo de movimento da mão para contatar o objeto, mesmo que voluntário carece de maior controle.
ESTÁGIO PRÉ-CONTROLE
Em torno de um ano de idade, a criança começa a demonstrar maior preci-são e controle em seus movimentos. O processo de diferenciação entre os sistemas sen-soriais e motores e a integração da informação perceptual e motora começa a ter mais sentido, a ser mais congruente. O desenvolvimento rápido dos processos cognitivos su-periores bem como os processos motores causam rápidos ganhos em habilidades de movimento rudimentar durante esse estágio. Durante o estágio pré-controle de movimen-to as crianças aprendem a ganhar e manter o equilíbrio, manipular objetos e se locomo-ver através do meio ambiente com um surpreendente grau de proficiência e controle, se considerarmos pequeno tempo que tiveram para desenvolver tais habilidades. O processo de maturação talvez possa explicar a rapidez e extensão do desenvolvimento de controle do movimento durante essa fase, mas o crescimento da proficiência motora talvez não seja menos surpreendente.
FASE DO MOVIMENTO FUNDAMENTAL
As habilidades do movimento fundamental da infância são um crescimento da fase rudimentar do movimento na criança. Essa fase representa a época da descober-ta do desempenho de uma variedade de movimentos locomotores, de estabilidade e manipulativos, primeiramente isolados, depois em combinação, um com o outro. Crianças que estão desenvolvendo padrões fundamentais do movimento estão apreendendo a responder com adaptabilidade e versatilidade a uma variedade de estímulos. Estão ganhando maior controle no desempenho de movimentos discretos, seriados e contínuos, evidentes na crescente fluidez e controle nos movimentos. Padrões fundamentais de movimento são padrões básicos observáveis do comportamento. Atividades locomotoras tais como correr e saltar, atividades de manipulação tais como arremessar e receber, e atividades de estabilidade tais como caminhar numa trave e equilibrar-se numa perna só - são exemplos da habilidades fundamentais do movimento que deveriam ser desenvolvidos durante a primeira parte da infância da criança.
Uma concepção errada sobre o conceito de desenvolvimento de habilidades de movimentos fundamentais é a noção de que essas habilidades são determinadas pela maturação e são muito pouco influenciados por fatores ambientais.
Alguns experts em desenvolvimento da criança (não na área de desenvolvimento motor) tem repetidamente escrito sobre o desenvolvimento “natural” do movimento da criança ou habilidade para jogar sobre a idéia que meramente ao passar dos anos (maturação) irá desenvolver tais habilidades fundamentais do movimento, mas não é o único fator influenciado. Os fatores de oportunidade, motivação e instrução tem um papel importante sobre o grau desenvolvido pelas habilidades fundamentais do movi-mento.
Vários investigadores e pessoas que desenvolveram instrumentos para avaliação tem tentado subdividir o movimento fundamental em uma série de estágios seqüenciais identificáveis. Para objeto de nosso modelo, veremos toda fase do movimento fundamental a partir de três estágios: inicial, elementar e maduro.
ESTÁGIO INICIAL
O estágio inicial de uma habilidade da fase do movimento fundamental representa as primeiras tentativas objetivamente orientadas de desempenhar uma habilidade fundamental. O movimento é caracterizado por três partes sequênciadas ou mesmo por ausência de partes, uso restrito ou exagerado do corpo, e pouca fluidez rítmica e coordenação. Em outras palavras, a integração espacial e temporal do movimento é pobre durante esse estágio. Tipicamente os movimentos locomotores, manipulativos e de estabilidade de uma criança de dois anos estão em nível inicial. Algumas crianças podem estar além desse nível no desempenho de alguns padrões de movimento, mas a maioria está em estágio inicial.
ESTÁGIO ELEMENTAR
O estágio elementar envolve um maior controle e melhor coordenação rítmi-ca dos movimentos fundamentais. Os elementos temporais e espaciais do movimento são melhores coordenados, mas os padrões de movimento nesse estágio ainda continuam restritos ou exagerados, porém melhor coordenados. Crianças de inteligência e funcionamento físico normal tendem a avançar para o estágio elementar primeiramente através dos processos de maturação. A observação da criança de 3 ou 4 anos de idade revela uma variedade de habilidades no estágio elementar. Muitos indivíduos falham se desenvolver além do estágio elementar em muitos padrões de movimento e permanecem nesse estágio através da vida por falta de oportunidades para participar, motivação e instrução qualificada.
ESTÁGIO MADURO
O estágio maduro dentro da fase do movimento fundamental é caracteriza-da por desempenhos mecanicamente eficientes, coordenados e controlados. A maioria dos dados existentes em aquisição de habilidades fundamentais de movimento sugerem que a criança pode e deveria estar no estágio maduro pelos 5 ou 6 anos de idade. Mesmo um observação casual dos movimentos da criança e adultos revela que a grande maioria não desenvolveu duas habilidades de movimento fundamental ao nível maduro. Mesmo que algumas crianças possam alcançar esse estágio primeiramente através da maturação e da mínima influência do meio ambiente, a maioria requer oportunidades para praticar, motivação para aprender e instrução qualificado. A ausência desses fatores na vida do indivíduo faz com que se torne praticamente impossível alcançar o estágio maduro dentro dessa fase o que irá inibir completamente o desenvolvimento da fase se-guinte.
FASE DO MOVIMENTO MOTOR RELACIONADO AO ESPORTE
A fase do movimento motor relacionada ao esporte é um crescimento da fase fundamental do movimento. Durante esta fase, o movimento ao invés de estar dire-tamente relacionado com o aprender a se mover, agora se torna instrumento que pode ser aplicado a uma variedade de jogos competitivos e esportes cooperativos, danças e atividades recreacionais. Esse é um período em que as habilidades locomotoras, manipu-lativas e de estabilidade são progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas em uma ordem tal que possam ser utilizadas em uma crescente demanda de atividades. Os movimentos fundamentais de saltar em uma perna, por exemplo, são usados agora para pular corda, desempenhar uma dança folclórica ou mesmo um salto triplo na pista de a-tletismo.
O aparecimento e a extensão do desenvolvimento de habilidades relaciona-das ao desporto depende de uma variedade de fatores cognitivos, afetivos e psicomotores. Tempo de reação e velocidade de movimentos, coordenação, constituição corporal, altura e peso, costumes, pressão de companheiros e constituição emocional são alguns dos fatores. Parece haver três estágios dentro da fase relacionados ao esporte:
ESTÁGIO GERAL OU DE TRANSIÇÃO
Em algum ponto por volta dos sete ou oito anos de vida, a criança comu-mente entra no estágio de transição ou de desenvolvimento generalizado.
Durante o estágio geral de movimento o indivíduo começa a combinar e a-plicar habilidades de movimentos fundamentais para desempenhar habilidades relacio-nadas ao desporto. Caminhar numa ponta de corda, pular corda e jogar kickboll são exemplos de habilidades transicionais. Habilidades gerais do movimento contem os mes-mos elementos dos movimentos fundamentais envolvidos e refinados para seu próprio propósito durante o prévio estágio, agora são aplicados a situações de jogos. Habilidades gerais de esporte são simplesmente uma aplicação de movimentos fundamentais numa forma um pouco mais complexa e específica.
O estágio geral é uma época excitante para os pais e professores bem como para as crianças. Durante esse estágio as crianças são ativamente envolvidas em descobrir e combinar numerosos padrões de movimento e habilidades, e são freqüentemente acrescidas pelas suas habilidades que estão rapidamente se expandindo. O objetivo do pai e do professor durante esse estágio deveria ser de ajudar a criança a desenvolver e expandir suas habilidades numa grande variedades de atividades relacionadas ao esporte.
Deve-se tomar cuidado de evitar situações tais que a criança se especializa ou restrinja seu desenvolvimento na atividade. Um foco reduzido nas habilidades durante esse estágio é capaz de produzir efeitos indesejáveis nos últimos dois estágios da fase relacionada ao esporte.
ESTÁGIO DO MOVIMENTO DA HABILIDADE ESPECÍFICA
A partir de 11 a 13 anos (anos de 6a. a 8a. séries) mudanças interessantes acontecem no desenvolvimento de habilidades do indivíduo. Durante o estágio anterior, as limitadas habilidades cognitivas, afetivas e experiências da criança, associadas com o entusiasmo natural do ser ativo, causa (sem interferência do adulto) com que o movimen-to seja amplo e generalizado para todas as atividades. Durante o estágio da habilidade específica do movimento, a crescente sofisticação cognitiva e uma ampla base de experiência capacita o indivíduo a tomar numerosas decisões de aprendizagem e capacitação baseadas numa variedade de fatores: por exemplo, o menino de 12 anos e com 1,75 metros de altura que gosta de atividades de equipe e aplicação de estratégias em jogos, com coordenação e agilidade razoavelmente boas, e que mora em Indiana, USA, pode, baseado em fatores físicos, cognitivos e culturais específicos, escolher se especializar no desenvolvimento de habilidades para jogar basquetebol.
Uma outra criança com características similares, que não gosta de esforços de equipe pode escolher em especializar-se em melhorar sua habilidades numa varieda-de de atividades do atletismo. Em outra palavras o indivíduo começa a tomar decisões conscientes baseadas numa variedade de gostos e desgostos, forças e fraquezas, oportunidades e restrições, para estreitar sua base de atividades específicas. Uma crescente ênfase deveria ser agora colocadas na forma das habilidades na sua previsão de desempenho. Esta é a época para habilidades complexas serem refinadas e usadas no desempenho de avançadas atividades de preparação e na escolha do esporte a ser praticado.
ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO DA HABILIDADE ESPECIALIZADA
O estágio especializado da fase de desenvolvimento motor relacionada ao esporte começa em torno do décimo quarto ano de vida e continua através da fase adulta. O estágio especializado representa o ponto mais alto do processo de desenvolvimento e é caracterizado pelo apreciar muitas outras áreas.
O espaço de idade para cada fase de desenvolvimento motor deveria ser visto somente como limites gerais. As crianças geralmente estarão se comportando em fases diferentes dependendo de suas experiências passadas e composição gênica. Por exemplo, é inteiramente possível que uma criança de 10 anos desempenhe na fase rela-cionada ao esporte no estágio de habilidades motoras especializadas em atividades de estabilidade envolvendo movimentos de ginástica mas somente no estágio elementar da fase de desenvolvimento fundamental em atividades manipulativas ou locomotoras tais como arremessar, receber ou correr.
Mesmo que continuássemos a encorajar este comportamento precoce em ginástica deveríamos também estar preocupados que a criança alcance seus colegas de idade em outras áreas e que desenvolva um nível aceitável de proficiência também nesse estágio. A adesão rígida á classificação por idade é restrito e conflita diretamente com o princípio de diferenças individuais. Desenvolvimento é um processo que dura toda vida e assim também deverá ser no desenvolvimento das habilidades motoras que tem utilidade através da vida.
COMPLEXO
FASE DO MOVIMENTO ESPECÍFICO ESTÁGIO DE DIVERSIFICAÇÃO
RELACIONADO AO ESTÁGIO DESEMPENHO DAS HABILDA-
ESPORTE ESPECIALIZADO REFINADO DES
(14 anos) Individualizado
ESTÁGIO SELEÇÃO ESTÁGIO DE
ESPECÍFICO(11 - 13 anos) Refinando FIXAÇÃO OU
PRÁTICA
ESTÁGIO
GERAL ( 8 - 10 anos) COMBINAÇÃO
ESTÁGIO Integrando e utilizando
MADURO ( 6 - 7 anos)
DESCOBERTA ESTÁGIO
FASE DO MOVIMENTO ESTÁGIO Coordenando e controlando GERAL -
FUNDAMENTAL ELEMENTAR ( 4 - 5 anos) AMPLO EXPLORAÇÃO
ESTÁGIO INICIAL(2 -3 anos) Pré-controle /adquirindo
á idéia
FASE RUDIMENTAR GERAL SIMPLES ( 1 - 2 anos) ESTÁGIOS DE APRENDIZAGEM
DE HABILIDADES MOTORAS
FASE REFLEXIVA (0 -1 ano)
FASES E ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
MOTOR
MOVIMENTO
Natureza Direção de sequência Taxionomia Manifestação da sequência de em relação ao desenvolvimento grau de escolaridade
Movimentos
Genéticamente Reflexos Pré-escolar
Determinados 1a. a 4a séries do
Habilidades 1o. Grau
Básicas
Aprendidos Habilidades
(Culturalmente Específicas 5a. a 8a. séries
Determinados) do 1o. Grau
Comunicação 2o. Grau
Não Verbal 30. Grau
Natureza, direção de desenvolvimento e taxionomia do movimento em relação ao grau de escolaridade
Movimentos Determina- a partir de 12 anos
dos Culturalmente
Combinação de
Movimentos Fundamentais 7 a 12 anos
Movimentos Fundamentais 2 a 7 anos
Movimentos Rudimentares 1 a 2 anos
Vida Intra-Uterina
Movimentos reflexos a 4 meses após o nas- cimento
Quadro sinótico sobre os requisitos básicos para a aprendizagem no esporte
Condições externas:
(Condições básicas para a aprendizagem em si)
Meio ambiente social
Formado em grande par-te pela sociedade;
Estímulos, impulsos, proteção;
Aprendizagem na coletividade Linguagem
Como meio social determinado da;
Transmissão de informação;
Armazenamento de informação;
Ganho de conhecimen-tos. Realimentação (Feed-back)
(sensorial – verbal)
Resultado da execução do movimento;
Particularidades da execução
Resultado da atividade da aprendizagem.
Condições internas:
(Posições de saída individualmente diferenciadas)
Nível motor de saída
Habilidades de condicionamento;
Habilidades de coordenação/prontidões existentes;
Habilidades intelectuais e conhecimentos;
Qualidades psíquicas especiais. Atividade de aprendizagem – motivação de aprendizagem
Atividade como condição necessária para tornar ativas as demais condições. Abrangência da colocação de tarefas motoras
Condicionada também:
Pelo nível motor inicial;
Pela atividade de aprendizagem e, respectivamente, pela motivação de aprendizagem.
EDUCAÇÃO DO MOVIMENTO
Consiste na aquisição e domínio de dois tipos fundamentais de técnicas:
As técnicas básicas de movimento
Os movimentos técnicos específicos
As técnicas básicas de movimento se inspiram no próprio processo natural de locomoção e movimentação geral e foram classificadas em nove grupos:
Tomada de peso: consiste no amortecimento do peso do corpo em sua entrada em contato com o solo suavizando o impacto. Ex.: correr sem fazer barulho, amortecimento de quedas.
Transferência de peso: consiste no deslocamento do peso do corpo de um segmento a outro, ou de um trem segmentar a outro. Ex.: o caminhar, o correr, o fintar.
Balanceio: é uma técnica que objetiva economia de esforço. Possui duas fases: uma conduzida contra a força de gravidade e outra, de abandono à própria ação da força de gravidade sobre o segmento. Consiste de movimentos pendulares. Ex.: os movimentos da ginástica neo-sueca.
Molejo: consiste em pequenas semi-flexões e extensões de articulações intermediárias objetivando a diminuição dos impactos das extremidades do corpo com o solo. Ex.: ao caminhar molejamos e os quadris, em uma tomada de apoio com o solo.
Insistência: consiste na realização de uma série de impulsos em uma mesma direção e sentido, objetivando aumentar o alcance da extremidade de determinado segmento. Ex.: exercício de flexibilidade.
Onda: consiste na transferência de um movimento originário em uma articulação, seqüencialmente, a uma vizinha e assim sucessivamente em forma de ondas. Ex.: nado peito.
Giro: consiste em realizar um movimento de todo o corpo em torno de determinado eixo (longitudinal, sagital ou transversal). Ex.: pirueta do bailarino, cambalhotas, roda.
Impulso pelviano (kipee): consiste em vigorosa extensão da pelve. É uma excelente técnica para quebrar a inércia e iniciar-se o movimento a partir da parte central do corpo. Ex.: ginástica acrobática
Saltitamento: consiste numa sucessão de pequenos saltos. No saltitamento não há obrigatoriedade de: a) alternância das pernas; b) deslocamento; c) impulsão horizontal. Ex.: saltitamento em um pé só, com os dois pés.
AQUISIÇÃO DOS PADRÕES FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO
Andar
Envolve uma organização complexa de movimentos, com contínua perda e ganho de equilíbrio dinâmico, onde há alternância entre as fases da ação da perna e as fases de apoio. Há também uma fase de duplo apoio, importante para a manutenção do equilíbrio.
A progressão na seqüência de desenvolvimento é determinada em grande parte pela maturação, visto que depende de força muscular, reflexos antigravitacionais e um mínimo funcionamento do mecanismo de equilíbrio.
Nível 1. Exagero na flexão do quadril e joelho
O pé é colocado para frente e para baixo de maneira abduzida, apoiando toda a planta do pé no chão.
Há pouca evidência de extensão do quadril, perna e tornozelo da perna de propulsão.
Os braços permanecem numa posição de guarda alta
A passada mais ampla é utilizada para proporcionar uma base estável de apoio.
Nível 2. A flexão do quadril e joelho é diminuída
Os braços, ao lado do corpo oscilam alternadamente em oposição às pernas, embora pareçam cruzar a linha média do corpo
Há uma diminuição da base de apoio e da abdução do pé
Nível 3. A flexão do quadril e joelho continua a diminuir
Os braços são mantidos lateralmente, oscilando num arco vertical em oposição as pernas. A oscilação dos braços é aumentada com o movimento para frente, sendo o dobro do movimento para trás.
A base estável de apoio passa a corresponder às dimensões laterais do corpo, com o calcanhar tocando a superfície em primeiro lugar.
O quadril, perna e tornozelo da perna de propulsão são amplamente estendidos
REBATER
Caracteriza-se pela propulsão de um objeto com uma parte do corpo ou com outro implemento (tênis campo e mesa, peteca, beisebol, voleibol, punhobol, goleiros futebol, biribol, golfe)
As três tarefas de rebater, ou seja o padrão de rebatida por cima, o padrão de rebatida lateral (plano horizontal) e o padrão de rebatida oblíquo (tacada do golfe), demonstram similaridade de desenvolvimento intertarefas, com o domínio do padrão por cima, precedendo o domínio do padrão lateral e este precedendo o oblíquo.
Estágio inicial:
Movimento dos braços é para trás e para a frente. Pés estacionados.
Tronco não gira e fica de frente para a bola arremessada.
Cotovelos ficam bem flexionados
Força da rebatida é aplicada pela extensão das articulações no plano descendente.
Estágio elementar:
Tronco gira para o lado em antecipação á bola arremessada
Peso transferido para o pé da frente antes do contato com a bola
Rotação combinada de tronco e quadril
Cotovelos flexionados.
Força para rebatida é aplicada pela extensão das articulações flexionadas
Rotação do tronco e movimento para frente num plano oblíquo
Estágio Maduro:
Tronco gira para o lado em antecipação á bola arremessada
Peso transferido para o pé de trás antes do contato com a bola
Quadril gira e a transferência do peso é feita num padrão contralateral
Mudança de peso para frente ocorre com um arco num padrão horizontal. Após contato com a bola tem-se a transferência do peso para o pé da frente
CHUTAR
É uma forma de rebatida, na qual o pé é usado para propulsionar a bola
Pré-requisito = assumir uma posição de equilíbrio num pé só
2 tipos básicos:
com a bola sendo jogada pelas mãos e sendo chutada antes que toque o solo
com a bola parada ou em movimento no solo
mais fácil de ser dominado em termos de desenvolvimento
muitos jogos de baixa organização requerem este tipo de chute
Estágio 1.
Perna de chute próxima a bola, sem a participação efetiva de outros segmentos do corpo
Estágio 2.
Maior oscilação da perna de chute para trás e para cima
Leve oposição dos braços e leve colocação do tronco para trás
Estágio 3.
Extensão do quadril na fase preliminar
Maior arco de oscilação da perna de chute
Estágio 4.
Efetiva flexão do quadril e joelho, com tronco mais atrasado e amplo ajustamento dos braços durante a reversão
QUICAR
Habilidade na qual para se ter sucesso a criança deve tocar a bola em seu centro de massa, com as mãos indo de encontro a ela, após a mesma voltar de seu contato com o solo.
A relação entre tamanho da bola e tamanho da mão é importante para o desenvolvimento desse padrão de movimento
Estágio Inicial:
A bola é controlada com ambas as mãos, com as palmas voltadas de frente uma para outra
Ação de bater na descendente com ambos os braços
A bola toca o solo bem próximo ao corpo, podendo tocar os pés
Variação na altura do salto da bola
Estágio Elementar:
Bola é controlada com ambas as mãos, uma em cima e a outra um pouco mais embaixo, para iniciar a ação
Leve inclinação a frente, com a bola elevada ao nível do peito
A batida descendente é feita com a mão mais em cima, mas com froça inconsistente
Mão bate na bola com se estivesse dando uma bofetada, onde o pulso é flexionado e estendido com a palma da mão tocando a bola em cada quicar.
Criança mantém os olhos na bola, com muitas limitações no controle
Estágio Maduro:
Pés posicionados numa passada estreita, com o pé da frente opondo-se á mão que toca a bola, e com leve inclinação do tronco a frente.
A bola eleva-se a altura da cintura e é empurrada ao solo com extensão do braço, pulso e dedos.
SALTAR
Objetivo: Impulsionar o corpo a frente e/ou acima, através da ação de uma perna ou ambas em conjunto, através da ação efetiva dos baços para a impulsão, fase de vôo e aterrissagem.
Ocorre no mesmo instante em que a criança tenha desenvolvido a habilidade de correr.
SALTO HORIONTAL
Nível 1.
A criança salta mais no plano vertical
Há pouco uso dos braços
Os pés normalmente não deixam a superfície simultaneamente
Pequena flexão preparatória nos tornozelos, joelhos e quadris; e muito pouca flexão dessas partes na aterrissagem.
Nível 2.
distância horizontal do salto
vertical
braços são usados, mas não estendem-se para trás do corpo durante a fase preparatória
na flexão dos tornozelos, joelhos e quadris nas fases preparatória e aterrissagem.
Nível 3.
na flexão dos tornozelos, joelhos e quadris
ângulo de impulso até +/- 45o
completa extensão dos tornozelos, joelhos, quadris e braços durante a fase de impulsão
na fase preparatória os braços são estendidos, ao nível do ombro, para trás e para cima, bem atrás do corpo.
SALTO VERTICAL
Nível 1.
• Pouco agachamento preparatório
• Dificuldade na impulsão com os dois pés
• Pouca extensão do corpo
• Pouca ou nenhuma elevação da cabeça
• Ação dos braços não é coordenada com ação do tronco e pernas
• Pouca altura é obtida
Nível 2.
• Flexão joelhos 90o na preparação
• Exagerada inclinação do tronco para frente
• Impulso nos dois pés, mas pouca extensão do corpo durante as fases preparatória e de vôo.
• Braços tentam ajudar no vôo e equilíbrio
• Marcante deslocamento horizontal na aterrissagem
Nível 3.
• Flexão joelhos entre 60o e 90o na preparação
• Vigorosa extensão dos quadris, joelhos e tornozelos coordenados com elevação dos braços
• Cabeça eleva-se com os olhos focalizando alvo
• Ampla extensão do corpo e elevação da cintura do lado do braço que busca o alvo, combinada com o abaixamento do outro braço no ponto + alto de vôo
• Aterrissagem sobre o ponto de impulsão
ARREMESSO
Consiste em propulsionar um objeto o mais longe possível ou em direção a algum alvo.
• Exige a participação efetiva de todos os seguimentos do corpo.
• Nível 1
o Bola é arremessada por uma extensão do antebraço e os movimentos do corpo e braço são inteiramente no plano antero-posterior
o Pés fixos
o Corpo de frente para onde a bola é arremessada
o Inclinação do tronco para a frente quando o braço finaliza o arremesso.
• Nível 2
o Introdução de movimentos do braço e tronco também no plano horizontal
o Giro de todo o corpo para a direita na preparação
o Pés fixos no lugar
o Braço move-se num plano superior oblíquo acima ou na linha do ombro
o Cotovelo está flexionado
o Corpo gira em direção do arremesso, cabendo ao braço a ação iniciadora do arremesso
• Nível 3
o Introdução de passo a frente com a perna do mesmo lado do braço de arremesso
o Na preparação o peso é transferido para trás sobre a perna esquerda, o tronco gira para a direita, o braço oscila obliquamente sobre os ombros, numa posição retraída, e o cotovelo fica semi-flexionado
o Arremesso consiste num passo a frente com o tronco girando para a esquerda e depois flexionando para frente
o O braço oscila para frente, finalizando com a extensão do cotovelo
• Nível 4
o Oposição entre a perna e o braço de arremesso com rotação do tronco e abdução horizontal de braços na oscilação para frente.
o O inicio do arremesso propriamente dito não é feito com o braço de arremesso, mas com giro do tronco.
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