Reflexões sobre o cotidiano e Ética Profissional no Serviço Social”
Por: vitoriarteixeira • 23/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.227 Palavras (5 Páginas) • 304 Visualizações
Universidade Federal de Goiás[pic 1][pic 2]
Pró-Reitoria de Graduação
Regional Goiás
Curso de Serviço Social
Disciplina de Ética e Serviço Social
Profa. Dra. Regina Sueli de Sousa
Discentes: Vitória Rodrigues e Maria Carolina
O presente trabalho ira abordar o tema do artigo da revista Temporalis de Alberta Emilia Dolores de Goes “Reflexões sobre o cotidiano e Ética Profissional no Serviço Social”, que vai ter como objetivo problematizar e Refletir o cotidiano a partir da atuação profissional em uma perspectiva ética no Serviço Social.
O artigo introduz no começo os principais desafios que o profissional enfrentará em seu cotidiano, ele traz uma análise da prática profissional do assistente social, bem como a relevância deste trabalho, conforme as diretrizes do código de ética profissional do Serviço Social e a lei de regulamentação. No artigo a autora cita alguns trechos de outros autores importantíssimos para melhor compreensão de sua análise e um utilizado é o de Guerra que diz:
Nosso campo de percepção do cotidiano, pela via da razão instrumental, é o da mera repetição, da rotina, limitado ao âmbito das experiências imediatas, da empiria, do factual, dos imediatismos, do caos, do acaso, do fortuito. Assim, quando a ela recorremos, a sensação é a de que fazemos tudo o que podemos. Em decorrência de captarmos o cotidiano desta maneira, não nos perguntamos qual é o limite do possível, até onde o sujeito pode ‘esticar’ este limite que, aparentemente, se fecha em si mesmo. Assim, no cotidiano vemos limites, mas não possibilidades. Ora, é o próprio cotidiano, como espaço onde se manifestam as contradições, como espaço onde operam sínteses de múltiplas determinações, que nos permite análises mais concretas e complexas sobre o exercício profissional. Enquanto lamentamos as limitações não temos a percepção das possibilidades (GUERRA, 2014, p. 33-34)
Na prática cotidiana nos diversos espaços-ocupacionais, é necessário que o profissional de Serviço Social faça uma leitura da realidade, de forma que não generalize as particularidades dos usuários, pois diante do processo de alienação capitalista, uma das principais dificuldades na atuação é o conformismo institucional. Neste caso é preciso que o assistente social se materialize como sujeito que executa a política e, não apenas como um ser representante destas políticas que apenas exercem o que lhe é instituído por determinada instituição.
Por isso é preciso fazer uma reflexão da atuação profissional perante as demandas que surgem. Novas reflexões, possibilidades e construções que venham a contribuir na intervenção da realidade estudada. Isto contribui para o profissional não se adequar a uma moral que venha a ter atitudes moralistas, julgamentos de valor, generalização preconceituosa e discriminatória que se tratam de ideais típicos do senso comum, moral de caráter conservador.
Entrando agora na segunda parte referente ao artigo, entende-se que a prática do assistente social, deve se considerar em uma reflexão continua e não generalizada, que esteja no sentido de investir em uma postura profissional que garante a ética e a construção de mediações, se tratando de uma reflexão ampliada e de um pensamento político, que não esteja vinculado ao conservadorismo, individualismo, pragmatismo. Neste caso é possível atribuir um trecho do artigo onde a autora usa uma referencia de Barroco:
A reflexão ética supõe a suspensão da cotidianidade; não tem por objetivo responder às suas necessidades imediatas, mas sistematizar a crítica da vida cotidiana, pressuposto para uma organização da mesma para além das necessidades voltadas exclusivamente ao “eu”, ampliando as possibilidades de os indivíduos se realizarem como individualidades livres e conscientes (BARROCO, 2010, p. 55)
No processo de alienação capitalista, o intuito da mídia é fabricar a mercadoria e vende - lá de forma a convencer o consumidor que faz parte da mesma, assim caracterizando de uma moral dominante que além da alienação, valores éticos e estéticos como coloca (BARROCO, 2010,p.35-36) “(...) tendem a se expressar como valores de posse(...), do eu/meu, acabando assim, no individualismo, fragilidade ou inexistência do pensamento coletivo, trazendo o desafio da reflexão cotidiana.
Por isso, é preciso que o assistente social tenha um posicionamento crítico histórico teórico-metodológico reafirmando a profissão e a importância do seu agir profissional. Para que não se haja um posicionamento profissional de julgamento perante um sistema judiciário, por exemplo.
No Código de Ética de 1993, que dispõe de um caráter de obrigatoriedade, ao estabelecer direitos e deveres do assistente social, segundo os princípios e valores humanistas, guias para o exercício cotidiano. Destacam-se:
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