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Resenha de Filme Temple Grandim

Por:   •  19/9/2019  •  Resenha  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  427 Visualizações

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Centro Universitário Internacional - Uninter

Curso: Bacharelado em Serviço Social

Disciplinas:

Professor (a) /tutor (a) local:

Nome do Aluno(a), RU:

Identificação do Filme:

Temple Grandin. Direção: Mick Jackson. Fotografia: Ivan Strasburg. 109 min. HBO Films, 2010. Disponível em: <https://br.hbomax.tv/movie/HBO186949/Temple-Grandin>;. Acesso em: 03 jun. 2019.

Identificação Bibliográfica:

BENDASSOLLI, Pedro F; PAIVA, Juliana C M. Políticas sociais de inclusão social para pessoas com deficiência. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 23, n. 1, p. 418-429, jan. 2017.

BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm>. Acesso em: 01 de Junho de 2019.

NIETSCHE, Alessandra D. Estudos Sobre Autismo Na Perspectiva Dos Direitos. Trabalho de Conclusão de Curso em Serviço Social. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2011. Disponível em: . Acesso em: 02 de Junho de 2019.

SCHMIDT, Carlos. Temple Grandin e o autismo: uma análise do filme. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v.18, n.2, p. 179-194, Abr.-Jun., 2012.

SINGER, Judy. 1999. "Why can't you be normal for once in your life?' From a 'problem with no name' to the emergence of a new category of difference". In: M. Corker & S. French (orgs.). Disability discourse. Buckingham, Philadelphia: Open University Press. pp. 59-67.

TRINDADE. Rosa L P. Ações Profissionais, procedimentos e instrumentos no trabalho dos assistentes sociais nas políticas sociais. Juiz de Fora: UFJF, 2012.

RESENHA

Temple Grandin é uma filmografia que apresenta parte da infância e juventude da personagem, passando pelas dificuldades de tratamento depois do diagnóstico de autismo, desafios na escolarização, carreira profissional e inclusão social.

Quando criança, Grandin passava horas contemplando coisas simples como uma flor, uma cortina ou um lustre. Não aceitava contato físico e até os quatro anos não articulava palavras. Sua mãe foi orientada por um psiquiatra a interná-la em um sanatório, porém ela recusou-se e fez um tremendo esforço para ensinar-lhe a leitura, escrita e comportamento social.

Quando desenvolve a fala é matriculada em uma escola para superdotados onde faz amizade com o professor Carlock que percebe seu talento em “pensar através de imagens”, então a incentiva para a formação acadêmica. Antes de ir para a faculdade, ao passar férias na fazenda de sua tia Ann no Arizona em 1966, Grandin descobre o gratificante contato com animais, o que influenciariam sua vida e carreira.

Observando um brete de contenção em um curral e como os animais ficavam tranquilos dentro dele, trabalha na construção de um aparelho para si própria refugiar-se de seus ataques de pânico. A “máquina do abraço” como ela chama, é um importante refúgio na faculdade, onde apesar de demonstrar grande capacidade em áreas de seu interesse, sofre preconceito e indiferença de alguns educadores e colegas.

Depois de graduar-se em agronomia como uma acadêmica brilhante, faz mestrado em veterinária, onde pesquisa o comportamento de animais em currais e desenvolve um novo design e técnicas de manejo que melhoram a sanidade, evitam o estresse animal, reduz o tempo e acidentes, portanto, aumentando os lucros. Também projeta novo layout para recepção e abate em frigoríficos.

Inconformada com sua dificuldade em interagir socialmente com as pessoas, na década de oitenta começa a participar de congressos sobre autismo, onde desafia profissionais da saúde sobre a necessidade de compreender melhor o comportamento da pessoa com autismo. Temple Grandin torna-se PHD e vai lecionar na Colorado State University, torna-se escritora e palestrante sobre Autismo e manejo de animais, sendo mundialmente reconhecida pelo desenvolvimento de técnicas de abate sem dor, ou abate humanitário.

O filme Temple Grandin teve por base as obras anteriores da própria protagonista, Emergence: Labeled Autistic e Thinking in Pictures, que foram utilizados a fim de apresentar as dificuldades do cotidiano de pessoas com autismo, descritos a partir de um autorrelato. O filme ilustra o caminho percorrido no enfrentamento de barreiras do dia a dia num tempo em que o autismo era pouco conhecido. As situações tem por base a história real da autora apresentada desde confirmação do diagnóstico, desenvolvimento, dificuldades durante o período escolar, fontes de apoio no seio familiar e social, no local de trabalho e a sua adaptação para construir um estilo de vida autônomo dentro do seu limite e a despeito suas dificuldades, desenvolvendo seu potencial e talentos (Schmidt, 2012).

A partir da década de 80 alguns profissionais de diferentes áreas de atuação diagnosticados com autismo tem contribuído com o debate sobre as formas de tratamento e inserção social, como por exemplo a socióloga australiana Judy Singer, que em 1999, publica um artigo cujo título é: Por que você não pode ser normal uma vez na sua vida? De um “problema sem nome” para a emergência de uma nova categoria de diferença (Singer 1999).

Surge assim um movimento de autistas de auto grau de funcionalidade ou portadores de síndrome de Asperger, que defenderão que trata-se de uma diversidade humana que tem de ser respeitada como outras diferenças (sexuais, raciais, entre outras). Daí optaram pela preferência de denominar-se “neurologicamente diferentes”, ou “neuroatípicos”. Nessa concepção, Singer

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