Resumo Critico - O Artesanato Da Palavra

Resumo Crítico - O Artesanato da Palavra

O autor, em seu texto, lida com o desafio de fazer com que ideias se transformem em palavras, que para uma grande maioria é uma grande dificuldade.

Fazendo uma breve explicação da história da evolução humana, desde nossos primeiros ancestrais, o aumento da capacidade intelectual, o aumento do cérebro em três vezes, ele explica, detalhadamente, a evolução da comunicação humana através de sua maior ferramenta que são as palavras. Explica o autor que, atualmente, só na nossa língua portuguesa há aproximadamente meio milhão de palavras, no cotidiano não usamos tantas palavras, mas desde os gregos clássicos o homem tenta explicar o mundo, exigindo-se assim o uso correto da linguagem.

Na ciência, o menor descuido com a linguagem destrói todo o trabalho acumulado em anos de dedicação. “O que um cientista faz, outro não precisa repetir”.

Utilizando de um exemplo para demostrar tal poder das palavras, ele utiliza de uma pesquisa que diz “Os resultados escolares dos negros são muito mais baixos do que os dos brancos?”, se fizermos uma pesquisa no Brasil certamente veremos que é verdadeira a afirmativa, contudo não porque os negros são menos inteligentes que os brancos, mas porque há uma grande diferença socioeconômica entre os dois, logo, comparando os resultados entre negros e brancos ricos, e negros e brancos pobres, a diferença entre os resultados escolares vão ínfimas, daí o poder das palavras. Traduzido também, segundo o autor, pelo escritor português Nobel de letras, José Saramago, como escrever bem significa o artesanato da palavra: “Um artesão precisa cuidar das suas ferramentas com desvelo. Ora, se a ferramenta do escritor é a palavra, igual cuidado merecerá.”

Em quanto ao conteúdo do que está sendo escrito, de nada vale se não houver uma boa forma em sua escrita, ou seja, quanto melhor a apresentação maior será sua contribuição para o engrandecimento do conteúdo apurado no texto, pesquisa, obra literária, trabalho, etc. Não podendo haver na ciência uma separação entre forma e conteúdo.

Explica o autor que a redação não é uma transcrição mecânica de ideias prontas, mas uma fase da construção do trabalho, totalmente envolvida com o próprio desenvolvimento do raciocínio.

Devendo o autor lapidar o quanto possível os primeiros parágrafos de sua obra, pois nestes está o convite para o leitor entrar em seu mundo e compartilhar de suas ideias, pois a embalagem de um produto quanto mais bem apresentável e original faz com que o produto brilhe aos olhos do cliente, diferente de uma embalagem mal feita.

Aspirantes à vida da ciência e literária, segundo o autor, tragicamente são massacrados em suas obras por seu estilo de escrita pelas más leituras que praticou durante sua formação, não devendo os iniciantes cair em armadilhas como clichês e lugares-comuns como palavras da moda, jargões fora de contexto ou palavras vagas e rigorosas demais.

Outro ponto importante abordado no texto é o cuidado que se deve ter de separar fato de juízo de valor, ou seja, o que é certo ou errado em sua opinião pode não ser na opinião de seu leitor que está em um contexto temporal e regional diferente do seu. Devendo o cientista, autor ser imparcial sempre, “ a imparcialidade é um sonho e a honestidade,