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Revisão Bibliográfica: Processadores AMD

Trabalho Escolar: Revisão Bibliográfica: Processadores AMD. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/9/2014  •  3.829 Palavras (16 Páginas)  •  334 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 HISTÓRIA

A AMD ainda é uma das maiores fabricantes de processadores do mundo, mas certamente a empresa já viu tempos melhores- ela vem enfrentando quedas a quase uma década. Somente para ter um exemplo, 2012 foi o ano muito difícil para a companhia, que perdeu cerca de US$ 1 bilhão. Esse prejuízo foi suficiente para acabar com o lucro de US$ 471 milhões de 2010 e o de US$ 491 milhões de 2011, dois dos anos mais lucrativos da década.

No decorrer dos últimos 15 anos, a AMD sofreu uma perda liquida de US$ 7 bilhões, e a empresa foi rebaixada pelas agencias de classificação, fazendo com que os analistas deixassem de recomendar os seus papéis como um investimento interessante. A queda na venda de computadores pessoais também contribuiu para a diminuição da procura pelos equipamentos da AMD, o que não ajudou muito a situação a se reverter.

Jerry Sanders começou trabalhando para a Motorola e para a Fairchild Semicondutor, mas ele não passou muito tempo trabalhando para os outros. No dia 1 de maio de 1969, junto com alguns ex-executivos da Fairchild, Sanders, com apenas 33 anos na época, fundou a Advanced Micro Devices.

No início de sua vida, a AMD trabalhava como um fornecedor de segunda categoria para companhias que lidavam com máquinas baseadas em processadores Intel. A IBM era uma delas e acreditava que depender de um único fornecedor não seria muito saudável. Dessa forma, a AMD passou a produzir versões dos processadores 8088 e 80286. Apesar de os modelos serem fabricados pela AMD, o design e a arquitetura dos modelos eram de propriedade da Intel.

Enquanto isso, uma pequena companhia chamada NexGen, com apenas 60 engenheiros e um bom patrocínio da IBM, conseguia apresentar processadores com capacidade similar à dos modelos da Intel. O líder da companhia era Atiq Raza, um engenheiro paquistanês muito talentoso que também queria bater de frente com a Intel, mas sabia que não poderia fazer isso de onde estava.

O estilo de gestão de Jerry Sanders nunca foi muito tradicional, e isso acabou dividindo a empresa. Enquanto alguns funcionários eram leais ao executivo, outros não concordavam muito com a sua política. Patrick Moorhead — vice-presidente de marketing no período de 2000 a 2010 — disse que adorava o entusiasmo de Sanders quando ele dizia que iria “fazer a diferença e sacudir a indústria”.

Entretanto, teve uma pessoa que não se adaptou muito ao modo de Sanders: Atiq Raza. O engenheiro dizia que seu chefe não gostava de ser incomodado nos finais de semana, nem muito cedo ou muito tarde. “Eu sou um cara 24/7”, dizia Raza. Segundo ele, a falta de engajamento de Sanders foi um dos problemas que afetaram a AMD desde o início.

Sanders era um homem que gostava de ostentar, e essa política rapidamente contaminou toda a AMD. A cultura corporativa exigia que vendedores visitassem os clientes de Rolex, entre outros luxos. Tudo para manter uma “imagem” dentro da empresa. Isso acabou incentivando gastos altos e desnecessários que, com o tempo, foram se acumulando.

Raza conta que um dia visitou Sanders em sua mansão em Los Angeles e, é claro, ficou espantado com o tamanho da propriedade. Sanders, ao ver a reação do engenheiro, disparou: “Eu sei o que você está pensando. Eu gasto mais do que ganho. Eu sempre gastei mais do que eu ganhei”. Raza respondeu: “Eu espero que você não faça isso com a AMD”. Mas ele fez.

Mesmo com o sucesso da linha K6, os problemas financeiros começaram a atingir a empresa. A extensão da vida do modelo também ajudou a AMD a passar por apuros. Fran Barton, ex-executivo da AMD, lembra-se do seguinte: “Teríamos reuniões operacionais na segunda de manhã e alguém dizia: ‘Temos uma falha na produção. Os rendimentos caíram vertiginosamente e não temos nada para vender na próxima semana.”

Parece que os problemas da AMD vão além de políticas desonestas de competição por parte da Intel. Os deslizes na organização da empresa desde o início e a aparente falta de capacidade de planejamento culminaram em uma companhia que não conseguiu superar a concorrência nem mesmo quando teve produtos superiores.

A companhia também não conseguiu embarcar na onda dos tablets e smartphones a tempo, deixando que concorrentes menores — como a Qualcomm — dominassem grande parte dele. A AMD também não conseguiu despertar interesse das montadoras OEM para introduzir suas CPUs nos tablets com Windows 8.

Apesar disso, a empresa diz que a reestruturação já está surtindo efeito, ou, pelo menos, o “sangramento” já parou. A AMD busca, agora, apresentar bons resultados financeiros e diversificar a linha de produtos. Até o final de 2013, o CEO da companhia, Rory Read, espera que 20% dos lucros sejam decorrentes de outros produtos que não os processadores x86.

A AMD também está investindo em um novo segmento, que é o desenvolvimento de microservidores. A companhia aposta que empresas como Facebook e Twitter precisem lidar com uma enorme quantidade de tarefas com baixos requisitos de processamento. Para esse fim, a companhia adquiriu a SeaMicro no início de 2012, o que pode render dois negócios diferentes: o primeiro é a possibilidade de a AMD vender seus chips Opteron baseados na arquitetura ARM; e a segunda é a venda de hardware diretamente para os clientes finais, em vez de fornecedores como Dell ou HP.

Será que a empresa vai conseguir superar as dificuldades desta vez? Para que isso seja possível, é preciso resolver problemas que já estão enraizados na cultura da companhia, como a má gestão financeira e a falta de planejamento em longo prazo.

A companhia já teve problemas e sempre andou na beira do abismo, ou seja, AMD está acostumada com dificuldades. Para nós, consumidores, seria uma pena se uma empresa desse porte, e que já conseguiu proporcionar tanta inovação, simplesmente desaparecesse do mercado.

2.2 SURGIMENTO DA FAMÍLIA “K”

2.2.1 Microprocessador K5

Notório é o binômio AMD/Intel, desde o surgimento da primeira até meados da primeira década de 2000. O primeiro processador produzido pela AMD (Am 386) em meados de 1991 embasava-se no conceito de engenharia reversa dos microprocessadores Intel. Mesmo sendo, ao “pé da letra”, cópias do processador Intel 80386, foram de grande aceitação no mercado conjuntamente com seus sucessores (também embasados em engenharia reversa) Am 486 e Am 5x86. Com o tempo

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