Revolução industrial
Seminário: Revolução industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renansouk • 12/11/2013 • Seminário • 1.416 Palavras (6 Páginas) • 234 Visualizações
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Desde a Pré-História o homem tem transformado matérias-primas (pedras, barro, peles, lã, trigo, etc.) em produtos úteis à sua sobrevivência. Trata-se de um antigo método de transformação a que denominou artesanato. Nesse sistema o artesão trabalhava por contra própria, possuía os instrumentos (meios de produção) necessários à confecção do produto, dominando todas as etapas da transformação, da matéria-prima até chegar ao produto final. Tomando o sapateiro da Idade Média como exemplo, verificamos que era ele quem preparava o couro, que lhe pertencia, cortava-o com sua tesoura ou faca e costurava-o com linhas e agulhas próprias, até ter ponto o sapato (produto final), que ele venderia a algum interessado. Já na Idade Moderna, buscando-se produzir crescentemente para o mercado, os trabalhadores urbanos foram muitas vezes reunidos num mesmo local de trabalho, cada um desempenhando uma atividade específica, utilizando principalmente as mãos para transformar a matéria-prima, fazendo surgir o que se denominou manufatura. Esse sistema de produção caracterizou-se basicamente pela divisão do trabalho e aumento da produtividade. Dessa forma, numa fábrica manufatureira de tecidos do século XVII, por exemplo, um trabalhador fiava, outro cortava até que a peça de pano ficasse pronta. Finalmente, como o desenvolvimento da economia capitalista, a produção de artigos para o mercado passou a ser feita em série com máquinas, dando origem às maquinofaturas industriais. Os trabalhadores passaram a participar do processo produtivo apenas com a força de trabalho que aplicavam na produção, já que os meios de produção (instalações, máquinas, capitais, etc.) pertenciam à elite industrial, à classe burguesa. O uso de máquinas em grande escala foi implantado na Inglaterra a partir de 1760, aproximadamente. Teve profunda influência sobre a economia mundial, ocasionando significativas mudanças sociais, políticas e culturais para o homem contemporâneo. A esse processo de alteração estrutural da economia, que marcou o início da Idade Contemporânea, chamamos de Revolução Industrial. Para a sua eclosão, porém, foi decisiva a acumulação de capitais verificada entre os séculos XV e XVIII. Graças à Revolução Industrial, o capitalismo da Época Moderno pôde amadurecer e constituir-se num sistema econômico, suplantando definitivamente os vestígios do feudalismo. Assim, plenamente constituído, o capitalismo caracteriza-se basicamente pela separação entre o produtor e os meios de produção, visto que é a burguesia que detém as máquinas necessárias à transformação das matérias-primas, e o produtor, detentor apenas de sua força de trabalho, vê-se obrigado a vendê-la no mercado em troca de salário. A economia capitalista é, então, uma economia de mercado, na qual a própria mão-de-obra converteu-se em mercadoria.
O PIONEIRISMO INGLÊS As principais razões do início da Revolução Industrial na Inglaterra foram:* possuía uma burguesia muito capitalizada em função dos lucros auferidos com as atividades comerciais da época mercantilista;* desde o século XVII, controlava a oferta de manufaturados nos mercados coloniais;* contava com um regime de governo (parlamentarismo) que favorecia o desenvolvimento capitalista. Desde a Revolução Gloriosa de 1688 os entraves mercantilistas haviam sido abolidos da economia britânica e o Estado, dominado pela burguesia, atuava no sentido de corresponder aos interesses dessa camada social;* possuía grandes jazidas de carvão e ferro, matérias-primas indispensáveis à confecção de máquinas e geração de energia;* concentrava abundância de mão-de-obra nas cidades, resultado do forte êxodo rural verificado na Idade Moderna. Nesse período, a lã inglesa conquistou um espaço considerável no mercado europeu e muitas das antigas propriedades agrícolas comunais transformaram-se em cercamentos, isto é, áreas cercadas de criação de ovelhas. Tal atividade, porém, demandava reduzido número de trabalhadores, expulsando a mão-de-obra excedente, que se dirigia às cidades. A grande oferta de mão-de-obra provocava seu barateamento e, conseqüentemente, reduzia os custos da produção industrial, ampliando os lucros.
AS FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A primeira fase da Revolução Industrial correspondeu ao período que se estende de 1760 a 1850; nesse período a Inglaterra liderou o processo de industrialização. O desenvolvimento técnico-científico, implementando a modernização econômica, foi significativo; surgiram então as primeiras máquinas feitas de ferro que utilizam o vapor como força motriz. Por outro lado, a existência de um amplo mercado consumidor para artigos industrializados - América, Ásia e Europa - estimulava a mecanização da produção. A expansão industrial logo ativaria a disputa por novos mercados fornecedores de matérias-primas e consumidores de gêneros industrializados resultando no que se denominou neo-colonialismo. A segunda fase da Revolução Industrial iniciou-se em 1850.
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