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Artigo: Tra. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/6/2013  •  375 Palavras (2 Páginas)  •  617 Visualizações

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Os dados apresentados permitem-nos confirmar que se verifica empiricamente o caráter social do processo saúde-doença, enquanto fenômeno material objetivo e tal como se expressa no perfil patológico dos grupos humanos. É assim porque, como mostramos, o perfil muda para uma mesma população de acordo com o momento históricomais fácil de comprovar. Segundo Conti, a análise histórica mostra como as necessidades das classes dominantes, que se expressam como se fossem as necessidades da sociedade em seu conjunto, condicionam um ou outro conceito de saúde e doença. Na sociedade capitalista, por exemplo, o conceito de doença explícita está centrado na biologia individual, fato que lhe retira o caráter social.

O conceito de doença oculta, quer dizer, que está subjacente na definição social do que é doença, refere-se à incapacidade de trabalhar, o que a coloca em relação com a economia e eventualmente com a criação da mais-valia e possibilidade de acumulação capitalista.

O fato de que o conceito de doença tenha um componente claramente ideológico não quer dizer que seja falso, senão que é parcial, isto é, que não deixa ver além de uma parte da problemática. O caráter parcial, deste modo, não permite avançar o conhecimento, senão em algumas áreas, deixando outras ocultas.

A RESPEITO DA DETERMINAÇÃO

O estudo do processo saúde-doença coletiva, desta forma, enfatiza a compreensão do problema da causalidade, pois que, ao preocupar-se pelo modo como o processo biológico ocorre socialmente, em consequência readquire a unidade entre “a doença" e “a saúde", dicotomizada no pensamento médico clínico. Isto ocorre porque, visto como processo da coletividade, o preponderante é o modo biológico de viver em sociedade,

essência das coisas. A limitação mais imediata do modelo multicausal, sem

que determina, por sua vez, os transtornos biológicos característicos, isto é, a doença que assim não aparece separada daquele, mas ocorrendo ambos como momentos de um mesmo processo, porém, diferenciáveis. Esta reformulação da natureza da doença, que a recoloca como parte do processo biológico global, demonstra as limitações dos modelos de causalidade que ficam subjacentes ao pensamento médico dominante.

A insuficiência do modelo monocausal para explicar o surgimento da doença, ainda definida de maneira tradicional, é sobremaneira conhecida. Sem dúvida, o modelo multicausal tampouco consegue dar uma resposta satisfatória aos problemas . Ainda assim, as diferentes formações sociais apresentam perfio

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