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Trabalho Sobre Cubatão

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Por:   •  24/1/2015  •  1.832 Palavras (8 Páginas)  •  314 Visualizações

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI

Técnico em Segurança do Trabalho

Vanessa dos Santos Aragão

Cubatão e a Prevenção e Controle Ambiental

Feira de Santana – Agosto de 2014

Vanessa dos Santos Aragão

Cubatão e a Prevenção e Controle Ambiental

Trabalho apresentado na disciplina

Prevenção e Controle Ambiental da

turma P-00106 como parte da Avaliação.

Docente/Orientadora: Ana Clara Ferreira de Araújo

Feira de Santana – Agosto de 2014

Introdução

Este trabalho aborda como a cidade de Cubatão passou a ser chamada de Vale da Morte por causa dos poluentes que lançava e das tragédias que ocorreram relacionando-as com a Prevenção e Controle Ambiental. Localizado a 40 Km da capital do estado de São Paulo, o município de Cubatão, que atualmente é visto como exemplo de planejamento e consciência socioambiental, já teve grandes problemas relacionados a poluição do meio ambiente.

Durante o início da década de 80 a cidade era mundialmente conhecida como “Vale da Morte”, sendo apontada pela ONU como o município mais poluído do mundo. O boom industrial que fez de Cubatão um dos polos industriais mais ricos do país, pagou um alto preço por não se preocupar e nem se resguardar quanto aos danos causados por toneladas de poluentes lançados no meio ambiente.

O reconhecimento do trabalho chegou na ECO 92, pela ONU, que outorgou o Selo Verde a Cubatão, e escolheu a cidade como símbolo da ecologia e exemplo mundial de recuperação ambiental.

Cubatão e os problemas ambientais

A cidade de Cubatão, a 40 km de São Paulo, é um caso bem sucedido de recuperação ambiental. O exemplo desse município, que chegou a carregar o estigma de “Vale da Morte” ilustra bem algumas situações: o descaso com as questões ambientais, na implantação do Pólo Industrial de Cubatão a partir dos anos 50 e a consequente resposta da natureza e ainda, como foi possível recuperar ambientalmente a cidade, sem perder a produtividade e a competitividade desse grande centro industrial brasileiro. Exatamente o que apregoa o conceito de desenvolvimento sustentável, processo esse onde o equilíbrio de objetivos sociais, econômicos e ambientais deve atender as necessidades da sociedade presente, sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

No início do século 20, Cubatão era um lugar bonito repleto de matas, rios, cascatas, mangues, um vale rodeado pela bela Serra do Mar. A excelente disposição geográfica, a apenas 40 km de São Paulo, maior centro consumidor e produtor do Brasil e a proximidade com o Porto de Santos, entrada e saída de cargas, assim como a abundância de água, uma malha viária moderna (à época, Anchieta e Piaçaguera) e mão-de-obra disponível, foram atrativos à grande industrialização da região. Cubatão tornou-se assim, a partir das décadas de 60, um grande Pólo Industrial. Ali foram instaladas 23 indústrias de ponta, entre as quais uma refinaria, uma siderúrgica, nove fábricas de produtos químicos e sete de fertilizantes. A produção industrial deu ao município o quarto lugar dentro do estado de São Paulo, em arrecadação de impostos. As exportações atingiam a casa de 500 milhões de dólares - cerca de 2% das exportações de todo o País, na época.

O desenvolvimento avançava sem preocupação alguma com a questão ambiental. Emissões no ar, nos rios e no solo eram realizadas sem grande controle. A resposta veio rápida. Num período de aproximadamente 15 anos, Cubatão apresentava sinais de uma degradação ambiental sem precedentes na história brasileira. Na serra do mar era possível ver áreas sem vegetações, verdadeiras cicatrizes na montanha. Cerca de 60 km² da Mata Atlântica foram atingidos, provocando erosão nas encostas, escorregamentos de solo e assoreamento das drenagens superficiais, resultando em riscos às instalações industriais e bairros próximos, além de inundações em Cubatão. A topografia desfavorável à dispersão dos poluentes mantinha o ar sempre pesado e com cheiro de produtos químicos, sinais evidentes das condições atmosféricas inapropriadas, os peixes e as aves desapareceram.

O ar de Cubatão no início dos anos 80 era denso, possuía cheiro e cor. Segundo dados da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo), 30 mil toneladas de poluentes eram lançadas por mês no ar da cidade, peixes e pássaros sumiram da poluição de Cubatão, pois não havia condições naturais para sobreviverem e nem para se reproduzirem, mas o estado só começou a intervir quando os danos à saúde da população começaram a demonstrar números alarmantes.

Foi então que novos alertas começaram, desta vez, envolvendo seres humanos. Cubatão era campeã nacional em doenças respiratórias. Em seis meses, no período de outubro de 1981 a abril de 82, nasceram 1.868 crianças: 37 estavam mortas; outras cinco apresentavam um terrível quadro de desenvolvimento defeituoso do sistema nervoso; três nasceram com anencefalia (ausência de cérebro) e duas tinham um bloqueio na estrutura de células nervosas que liga o cérebro ao resto do corpo através da espinha dorsal (fechamento do tubo neural). Então ficou claro que o descaso e o desrespeito com o meio ambiente não passariam impunes.

A ONU alarmou o mundo sobre os problemas e consequências causados pela poluição do polo industrial, usando a cidade como exemplo a não ser seguido.

Era hora do estado intervir de forma mais rigorosa, do que apenas promulgar as advertências e multas contra as empresas que violavam os níveis máximos de emissão de poluentes. Esse contexto levou o governo do estado a iniciar em 1983 um plano de recuperação ambiental, cuja implementação ficou sob a responsabilidade da Cetesb - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo

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