Trabalho Sobre O Proalcool

PROÁLCOOL

Em 1973, o mundo passou pela primeira crise do petróleo. O preço do barril subiu significativamente, gerando um efeito arrasador na economia mundial. No Brasil vivia-se os anos de Ditadura Militar, que começara em 1964. Entre 1968 e 1973, o país passou por um momento de grande crescimento econômico que colocou o Brasil entre as economias mais desenvolvidas do planeta. Esse período é chamado de Milagre Econômico, momento que coincide com a fase de maior repressão da Ditadura Militar. Foi justamente com a crise mundial do petróleo em 1973 que chegou ao fim essa fase de grande crescimento econômico e a ditadura passou a ser questionada de forma mais aberta.

Preocupados com o retrocesso do crescimento e as críticas, o governou lançou no Brasil o programa chamado ProÁlcool, que visava a substituição de um volume de gasolina pura consumida por uma frota superior a 10 milhões de veículos a gasolina por uma fração de álcool anidro. O projeto foi criado pelos engenheiros Lamartine Navarro Júnior e Cícero Junqueira Franco e pelo empresário Maurílio Biagi, o programa contava com os projetos do físico José Walter Bautista Vidal e do engenheiro Urbano Ernesto Stumpf que desenvolveram o motor à álcool.

A escolha da cana-de-açúcar para a fabricação do novo combustível foi decorrente a queda do preço do açúcar, o que levou o Brasil a produzir mais de 15 bilhões de litros do combustível em apenas dez anos depois da criação do Proálcool. Mas o projeto entrou em declínio quando ouve uma reversão no preço do petróleo , e o preço do açúcar subiu, os seja, ficou mais vantajoso para os produtores da cana-de-açúcar produzir o açúcar.

A volta do álcool aconteceu em meados de 1980, quando o mundo ficou mais interessado em combustíveis menos poluentes. Mas para o Brasil, maior produtor de álcool do mundo, já não era mais vantajoso produzir o combustível .O contexto gerou ao mundo a tecnologia flex, uma opção para os consumidores entre o álcool e a gasolina, o que trouxe o produto de volta ao mercado.