Uso de EPI na realização do trabalho

Uso de EPI na realização do trabalho:

EPI são os equipamentos de proteção individual, e colabora com os profissionais que estão expostos constantemente a situações de riscos, no ambiente de trabalho. Eles garantem a saúde e geram uma série de outros benefícios aos colaboradores que fazem o uso dos mesmos, são, por exemplo: capacetes, protetores auriculares, botas, luvas e mangas de proteção.

É necessário que as empresas saibam os reais benefícios que os EPIs proporcionam aos usuários para que possam realizar um trabalho interno de conscientização. A utilização dos equipamentos de proteção individual gera uma série de benefícios ao trabalhador e às empresas, sendo essa, principalmente, a diminuição dos riscos de acidente de trabalho que poderiam resultar em um custo bem maior, do que o de um EPI.

Os EPI que são obrigatórios dividem-se em quatro grupos: proteção para a cabeça, proteção para o tronco, proteção para os braços e mãos, proteção para as pernas e pés, além do cinto de segurança.

Segundo pesquisa realizada por Márcia Zampieri Grohmann (Universidade Federal de Santa Maria) sobre o uso de EPIs:

• EPI para Proteção da Cabeça: o único EPI fornecido por todas as empresas pesquisadas, é o capacete. O óculos, a máscara para pó e os protetores auriculares também apresentaram alto índice de fornecimento. O protetor facial para serra circular, obrigatório por lei, é muito pouco fornecido.

• EPI para Proteção de Pernas e Pés: o calçado fechado é fornecido por 100% das empresas visitadas. As botas impermeáveis apresentam um alto índice de fornecimento, quanto as perneiras de couro, seu fornecimento é bastante restrito.

• EPI para Proteção do Tronco: 70,6% das empresas pesquisadas não fornecem nenhum tipo de EPI exigido por lei, sendo que o avental de couro para soldagem e corte quente é o mais fornecido, os demais (ombreiras de couro para descarga e transporte, capa de chuva e roupa especial para trabalho com cimento) são fornecidos por apenas 5,88% das empresas.

• EPI para Proteção de Braços e Mãos: as luvas de couro ou plastificadas e as luvas para trabalhos com material tóxico ou corrosivo são os EPI com maior percentual de fornecimento. Os demais (luvas de borracha para serviços elétricos, luvas e mangas de couro para soldagem e corte quente e luvas para azulejistas), mesmo obrigatórios, tem fornecimento inferior a 50%.

• Cinto de Segurança: pode-se verificar que todas as empresas o fornecem e obrigam seu uso.

Assim, podemos concluir que a maioria dos equipamentos fornecidos são utilizados. Entretanto, grande parte dos equipamentos não utilizados não é de exclusivamente culpa dos operários, pois, as empresas que tem a responsabilidade e obrigatoriedade de fornecê-los e exigi-los, não fornecem grande parte dos mesmos.

Os únicos EPI que são 100% fornecidos pelas empresas são: capacete, calçado fechado e cinto de segurança. Cabe destacar que os EPI que apresentam fornecimento mais precário são os de proteção para o tronco, 70,6% das empresas não os fornecem.

Conclui-se então, que o simples fornecimento de EPI e exigência de seu uso não podem evitar acidentes se utilizados isoladamente, pois, um eficaz sistema de segurança é caracterizado não apenas pelo simples cumprimento de exigências legais, mas, principalmente, pela preocupação em fornecer aos empregados um ambiente seguro, os mais adequados equipamentos de proteção individual e um eficiente treinamento do mesmo, sem levar em conta apenas a minimização dos custos.

Exemplo:

Um dos riscos mais comuns encontrados em uma fábrica, por exemplo, é o ruído causado pelas máquinas de produção. Quando registrado está acima de 85 decibéis, o volume é considerado prejudicial para as pessoas