ÁGUA
Artigos Científicos: ÁGUA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LaercioNatal • 16/3/2015 • 957 Palavras (4 Páginas) • 232 Visualizações
INTRODUÇÃO
Nesse trabalho abordaremos o fator de “água congelada a zero grau”.
A água não se comporta termicamente como a maioria dos líquidos. Isto causa conseqüências muito
importantes na natureza, em virtude da sua abundância em nosso planeta. Para analisar esse
comportamento, imagine que certa quantidade de água a 0 °C é colocada em um recipiente praticamente
indilatável. Aumentando a temperatura, o volume do líquido diminui até a temperatura atingir 4 °C. A partir daí,
se o aquecimento continua, o volume do líquido passa a aumentar. A conclusão que se pode tirar desse efeito
é a de que, no aquecimento de 0 °C a 4 °C, a água sofre contração. No aquecimento acima de 4 °C, ocorre
dilatação.
DESENVOLVIMENTO
A água quente congela mais rapidamente do que a água fria − mas porquê? A resposta a este peculiar
fenômeno, que intrigou cientistas de várias gerações, depende da existência de impurezas na água.
O congelamento rápido da água quente é conhecido como efeito Mpemba, e os físicos têm apostado em
várias teorias como a evaporação mais rápida reduz o volume da água quente ou que uma camada de gelo
isola a água fria.
Já Aristóteles, no século IV a.C., afirmava, na sua obra Meteorológica I, que a água previamente aquecida
contribui para um aquecimento mais rápido e em 1461 o físico Giovanni Marliani confirma igualmente esta
situação. Também Descartes e Francis Bacon demonstram o que já parecia ser de senso comum.
Contudo a resposta tem sido muito difícil de encontrar, porque o efeito não é constante − a água fria também
pode congelar rapidamente.
James Brownridge, responsável pela segurança radioativa do Departamento de Física da Universidade de
Nova Iorque, acredita que esta aleatoriedade é crucial. Ao longo dos últimos dez anos, realizou centenas de
experiências sobre o efeito de Mpemba e tem provas de que o efeito é baseado no fen ômeno do sobre
arrefecimento (supercooling).
A estranheza do fenômeno parte do raciocínio intuitivo de que a água mais quente teria de percorrer uma
distância termométrica maior que a água fria (ambas à mesma velocidade) até atingir o ponto de congelação
a zero graus Célsius.
“A água dificilmente congela a zero graus”, afirma Brownridge que acrescenta: “É geralmente sobre arrefecida
e só começa a congelar a uma temperatura inferior”.
Impurezas determina ponto de congelamento que raramente acontece aos 0ºC. O ponto de congelamento
depende das impurezas da água de que depende a formação de cristais de gelo. Normalmente, a agua pode
conter vários tipos de impurezas, desde partículas de poeira a sais e bactérias, cada uma das quais
desencadeia a congelação a uma temperatura característica.
As impurezas com maior temperatura nuclear determinam a temperatura a que a água vai congelar.
James Brownridge, que fez grande parte das experiências como passatempo, começou com duas amostras
de água à mesma temperatura (água morna a 20 graus) que colocou em tubos de ensaio e arrefeceu-os no
congelador. Um presumivelmente congelará primeiro, devido à aleatória concentração de impurezas.
Se a diferença for suficientemente grande, o efeito Mpemba irá aparecer. Brownridge selecionou a amostra
com maior temperatura de congelamento natural para aquecer a 80 graus célsius e deixou a outra à
temperatura ambiente e posteriormente colocou os tubos de ensaio novamente no congelador.
“A água quente vai congelar sempre mais rapidamente do que a água fria se o seu ponto de congelamento for
pelo menos acima dos cinco graus célsius”, afirmou o investigador.
Pode parecer surpreendente que os cinco graus façam tanta diferença, quando a amostra mais quente
começa 60 graus atrás na corrida. Contudo, quanto maior for a diferença de temperatura entre um objecto e o
meio em que está
...