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Ética protestante e espírito capitalista

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Por:   •  3/6/2014  •  Tese  •  995 Palavras (4 Páginas)  •  308 Visualizações

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A Ética Protestante e Espírito Capitalista

I. O Autor

Karl Emil Maximilian Weber foi um dos pais da moderna Ciência Social e também economista. Nasceu em 21 de Abril de 1864 em Erfurt, Alemanha, sendo criado em família próspera, cosmopolita e intelectual. Seu pai era um servidor público sociável, e sua mãe, uma Calvinista Rigorosa.

Ainda criança mudou-se para Berlim, onde estudou Direito na Faculdade nas Universidades de Heidelberg e de Berlim, tornando-se professor de Economia em várias Universidades alemãs, até que a morte de seu pai em 1897, deixou-o deprimido, parando de lecionar. Após o alistamento para Primeira Guerra Mundial, ele mudou seus pontos de vista políticos, tornando-se um crítico proeminente do Imperador Alemão. Weber tornou- se respeitado no ramo político, ajudando a escrever a Constituição de Weimar.

II. Obras – Chave

1904 – 05: A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo

1919: A Política como Vocação

1923: História Geral da Economia

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, foi onde o autor realizou importantes estudos sobre como a religião influenciou na consolidação da política Capitalista.

III. A Sociologia da Religião

Weber busca estabelecer uma relação entre o protestantismo e o modo de produção capitalista. O autor discorre sobre a relevância da reforma protestante para a formação do capitalismo moderno, de modo que relaciona as doutrinas religiosas de crença protestante, para demonstrar o surgimento de um modo operatório de relações sociais, que favorece e caracteriza a produção de excedentes, gerando o acúmulo de capital.

É notório que em outro momento histórico o Catolicismo foi dominante, disseminando sua forma de pensamento. Isso quer dizer que o modo de vida pregado no catolicismo, era propagado para além dos limites da Igreja, perpassando a vida dos sujeitos. Entretanto, o catolicismo condenava a usura, e pregava a salvação das almas através da confissão, das indulgências e da presença aos cultos. Desta forma, o católico enxergava o trabalho como modo de sustentar-se, mas não via prescrição em também divertir-se, buscando modos de lazer nos quais empenhava seu dinheiro, e produzindo apenas para seu próprio consumo. Menos temerário ao pecado que o protestante, e impregnado pela proibição da usura, o católico pensava que pedir perdão a seu Deus seria suficiente para elevar-se ao “reino dos céus”. Assim, seguindo esta cultura religiosa, a acumulação de bens não encontrou caminhos amplos, e permaneceu adormecida.

Contudo, com o advento do protestantismo, a doutrina – e portanto, a cultura – católica modificou-se, e a salvação passou a ser para alguns, não mais passível de ser conquistada, mas sim uma providência divina, onde o trabalho era meio crucial para glorificar-se. Para o protestante, o trabalho enobrece o homem, o dignifica diante de Deus, pois é parte de uma rotina que dá às costas ao pecado. Durante o período em que trabalha, o indivíduo não encontra tempo de contrariar as regras divinas: não pratica excessos, não cede à luxúria, não se dá a preguiça: não há como fugir das finalidades celestiais. E, complementando toda a doutrina protestante, ainda é crucial pontuar que nesta religião não há espaço para sociabilidade mundana, pois todo o prazer que se põe a parte da subserviência a Deus, fora considerado errado e abominável. Assim, restava a quem acreditava nestas premissas, o trabalho e a acumulação, já que as horas estendidas na produção excediam as necessidades destes religiosos, gerando o lucro.

Portanto, quando se

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