A FORMAÇÃO DO ETILENO EM FRUTOS CLIMATÉRICOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO

POLO BLUMENAU/ SC

PROFESSORA SOLANGE APARECIDA BISPO DOS SANTOS

JULIANA MARIA MILANELO CIDRAL-RA 8116435

FORMAÇÃO DO ETILENO EM FRUTOS CLIMATÉRICOS

Projeto de Prática

BLUMENAU-SC

25/05/2020

Introdução

Os hormônios vegetais, como substâncias orgânicas têm funções essenciais nos ajustes do crescimento. É o único hormônio vegetal que se encontra em forma de gás e o único hidrocarboneto que tem efeito evidente sobre as plantas. É encontrado em tecidos pós estresse, tecidos amadurecidos ou em tecidos em processo natural de envelhecimento. Sua porcentagem de produção varia do tempo de amadurecimento e do tipo de tecido. Etileno é produzido a partir do aminoácido metionina, esse aminoácido em tecidos vegetais transforma o 1-[14C]metionina em [14C]etileno, tendo o etileno como derivados dos carbonos 3 e 4 da metionina. A metionina é reciclada pelo ciclo de Yang, formando o composto S-adenosilmetionina(SAM). Esse composto é quebrado originando dois novos compostos, sendo um deles o ácido 1-aminociclopropano-1-carboxílico, conhecido também pela sigla ACC. Quando acrescentado de proveniência exterior no tecido vegetal o ACC aumenta exponencialmente a produção do etileno; apontando que a etapa biossintética que limita essa produção é a síntese de ACC. As enzimas ACC sintase e a ACC oxidase são os responsáveis pela catalisação do etileno. Temos a ACC sintase responsável pela transformação do S-adenosilmetionina e a ACC oxidase que catalisa a última etapa da síntese do etileno, ou seja, a transformação do ACC para etileno. Em frutos amadurecidos podemos encontrar altas taxas da produção de etileno, mostrando que o elemento limitador na etapa da síntese é o ACC oxidase.

Resumo simplificado da produção do etileno:

METIONINA> SAM> ACC> ETILENO

A produção do etileno ocorre por estimulação de inúmeros fatores, começando pelo estágio de desenvolvimento da planta, altas concentrações do hormônio vegetal chamado auxina, condições ambientais, como o calor e por danos químicos e físicos. A biossíntese do etileno diversifica de modo circadiano, ocorrendo durante o dia seus picos e durante a noite seu nível mínimo.

A função do gás etileno é bastante abrangente, mesmo em níveis baixíssimos pode ocasionar o envelhecimento das flores e folhas, o florescimento, a germinação de sementes, a maturação de frutos entre outros. O gás etileno exposto a plântula de algumas espécies, promove o crescimento horizontal dos caules.

A biossíntese do etileno e a taxa do ACC, aumentam quando o amadurecimento ocorre; as enzimas ACC oxidase e a ACC sintase aumenta suas atividades, assim como os níveis de mRNA de alguns subgrupos gênicos codificadores de cada enzima.

Esse hormônio provoca numerosas transformações, como a mudança na cor do fruto, o amolecimento da parte carnosa e o aumento de açúcares, deixando-os mais saborosos e chamativos; sinalizando que o fruto está pronto para consumo e que as sementes estão prontas para dispersão. A dispersão ocorre com recursos mecânicos ou com qualquer outro método dispersivo.

A mudança na cor do fruto é o resultado da degradação da clorofila, que pode produzir outros pigmentos alterando sua cor. O amolecimento da parte carnosa é resultado da digestão enzimática da pectina. O aumento de açúcares se deve a metabolização do amido, óleos e ácidos orgânicos.

Ocorre ainda o sumiço de ácidos orgânicos e de compostos fenólicos, incluindo os taninos.

Essas particularidades, são constantemente atribuídas a abundância de antocianinas e carotenoides na epiderme dos frutos, que os tornam atrativos e saborosos para animais que se alimentam do fruto, assim disseminando as sementes. Contudo uma avaliação de inúmeros frutos, evidência que nem todos respondem da mesma forma ao etileno.

Os frutos que amadurecem em resposta ao etileno, manifestam um pico da produção do etileno, aumentando caracteristicamente a respiração celular, nomeada de climatério. Temos como alguns exemplos maçãs, bananas e tomates, de frutos climatéricos. Em comparação, uvas e frutos cítricos não manifestam aumento na respiração e na produção do etileno e estes são chamados de frutos não climatéricos.

Quando expomos os frutos climatéricos ao etileno, o início do climatério é acelerado; e quando expomos frutos não climatéricos há aumento na respiração celular pela concentração do etileno, no entanto a exposição não estimula a produção interna e nem acelera o amadurecimento.

Quando as plantas estão sob alguma situação de estresse a produção do etileno e aumentada.

O etileno além de atuar no amadurecimento dos frutos, atua também provocando a abscisão de frutos e folhas. O etileno e auxina contém ações opostas, enquanto o primeiro estimula, o segundo inibe. No processo de abscisão, o etileno provoca a liberação de enzimas, e essas agem dissolvendo as paredes celulares onde ocorreu a abscisão. E a auxina age reduzindo a sensibilidade das células ao etileno.

O hormônio etileno possui um papel importante também na família do pepino, melancia, chuchu entre outros. Este está relacionado com o a aparição de flores femininas nessas plantas. Portanto ele participa na regulação da expressão sexual dessa família.

Economicamente este hormônio e de suma importância. Alguns produtores deixam os frutos pós colheita longe do etileno, retardando seu amadurecimento, para que o ínicio do amadurecimento ocorra próximos à venda.

Materiais e Métodos

Foram adquiridas no comércio 8 maçãs maduras,15 bananas e15 laranjas no mesmo estágio inicial de amadurecimento, 4 embalagens de plástico, 4 embalagens de papel de pão, fita crepe para vedar as embalagens e geladeira. As frutas foram retiradas das embalagens originais, lavadas e divididas 4 vezes em, 3 bananas e 1maçã, 4 vezes em 3 laranjas e 1 maçã e uma vez só em 3 laranjas e 3 bananas, que foram utilizadas para controle. Em seguida verifiquei as embalagens plásticas e as de papel de pão para certificar que não tinha