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A GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Por:   •  8/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.062 Palavras (5 Páginas)  •  1.064 Visualizações

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CURSO - BIOLOGIA (LICENCIATURA)[pic 1]

ATIVIDADE NO PORTFÓLIO

DISCIPLINA: GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

ALUNA: MARINA JORGE DE LEMOS (RA 8038947)

Setembro, 2017

CURSO - BIOLOGIA (LICENCIATURA)[pic 2]

Atividade: Após a leitura dos textos indicados para esta semana e reflexão desse pequeno excerto, elabore um texto reflexivo a partir das seguintes questões:[pic 3]

  1. Quais são as principais concepções práticas que devem ser consideradas na gestão da escola da educação infantil.

        A educação infantil é um momento onde as crianças descobrem o mundo, e a responsabilidade com que ela é desenvolvida é muito importante e demonstra o comprometimento com a educação, por isso os gestores devem ter clareza sobre estes aspectos que se entrelaçam e repercutem nas suas práticas (Flores & Tomazzetti, 2012).

        Uma das concepções práticas que deve ser considerada é o ambiente seguro, limpo e confortável (propiciando privacidade, aconchego, conforto, descanso, exploração, autonomia, vivência de seus medos, frustrações e conflitos); a concepção de natureza e interações com ela também deve ser trabalhada; a concepção de criança e infância adotada de democracia com a indissociação entre cuidar e educar tem um grande papel na educação infantil (Barbosa, 2009).

        De acordo com Flores & Tomazzetti (2012), as pessoas ainda se referem aos institutos de educação infantil como sendo exclusivamente um local para cuidar das crianças enquanto os pais trabalham, o que reafirma o esteriótipo de que a dimensão educacional inexiste nestas instituições e por isso também a desvalorização aos profissionais que atuam com as crianças. No entanto, o educar e o cuidar são aspectos indissociáveis e estão presentes no cotidiano das ações. Estas duas dimensões são importantes, porém muitas instituições priorizam a dimensão do cuidar em detrimento ao trabalho educativo, desta forma confundem o papel da instituição com o da família e esquecem que há uma relação de complementaridade entre elas.

        Durante muitos anos, os aspectos relacionados à organização e gestão dos institutos de educação não eram relacionados com suas propostas pedagógicas, e hoje já se sabe que decisões consideradas administrativas promovem o desenvolvimento da autonomia das crianças e na qualidade do relacionamento com os familiares (Barbosa, 2009). E a realização destas práticas depende de processos de interação e colaboração sistemáticas, com base na escuta, diálogo e negociação, e que leve em consideração a diversidade.

  1. As escolas de Educação Infantil nos municípios de pequeno porte garantem o acesso, permanência e qualidade no ensino para todas as crianças? Justifique a sua resposta.

        Não.

        "A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças" (Brasil, 2009). Porém, de acordo com a literatura consultada, este fato não é realidade nos municípios de pequeno porte.

        O fato destes municípios serem pequenos, já é um desafio para a gestão da educação pública (Correa, 2015). De acordo com Pinto (2014), mais de 65% dos municípios brasileiros possuíam, em 2010, até 20 mil habitantes, enfrentando grandes desafios no que se refere à educação.

        Nestes municípios há um grande déficit no número de vagas oferecidas para as crianças, onde foi observado que não há um estudo sobre o número de crianças presentes no município, evidenciando a falta de planejamento nas esferas mais básicas da gestão educacional, sendo possível ainda inferir que ela seja afetada com a política adotada de matricular as crianças indiscriminadamente, ou, sem respeitar, por exemplo, um número limite de crianças por professor (Correa, 2015).

        Outro fato observado nestes municípios, de acordo com a literatura consultada (Correa, 2015), é o baixo apoio às famílias das crianças, pois tanto para as famílias quanto para as crianças, o primeiro problema é conseguir uma vaga, o segundo, é ter de passar por constrangimentos como o não acolhimento destas.

        A baixa qualificação dos profissionais atuantes na educação infantil, a ausência em alguns municípios de secretarias de educação (quando presentes não há profissionais qualificados no cargo) prejudicam o planejamento adequado das instituições. De acordo com Pinto (2014) “em 2009, 57% dos municípios não possuíam sequer uma secretaria exclusiva da educação, 48% não haviam constituído um sistema próprio de ensino e cerca de um terço não contava com um conselho municipal de educação com poderes deliberativos”.

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