A erliquiose é uma hemoparasitose (doenças causadas por protozoários)
Por: Tania R B MENES • 9/2/2017 • Artigo • 978 Palavras (4 Páginas) • 644 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A erliquiose é uma hemoparasitose (doenças causadas por protozoários, helmintos bem como bactérias que atingem os animais através da corrente sanguínea) atingindo cães, gatos, eqüinos, ruminantes e até os humanos, portanto, entendida como uma zoonose. Dá-se a entender que a erliquiose humana não procede dos cães, mas sim através de um vetor (MAEDA, 1987).
É atualmente reconhecida como sendo um motivo de morbi-mortalidade de caninos e em alguns países, também no homem, pela grande exposição a locais onde seja comum a presença de carrapatos.
É uma enfermidade severamente infecciosa, que acomete cães , causada principalmente por uma bactérias do gênero Ehrlichia, sendo que a principal espécie é a Ehrlichia canis(LABRUNA & PEREIRA, 2001).
A doença está presente mundialmente, entretanto, os casos centralizam-se principalmente em áreas tropicais e subtropicais em virtude da distribuição geográfica de seu vetor, através da bactéria Rhipicephalus sanguineus, conhecido popularmente de carrapato vermelho ou marrom do cão (HARRUS et al., 1997; COHN, 2003).
A primeira vez que se teve conhecimento da erliquiose foi em um cão Pastor Alemão, na Argélia, segundo Donatien & Lestoquard, em 1935, entretanto classificada apenas como Ehrlichia canis, em 1945, por Mashkovsky.
No Brasil, o primeiro informe foi em Belo Horizonte (Minas Gerais) no ano de 1973 (MACHADO, 2004), quando foi realizado o primeiro diagnóstico por Costa et al (1973). Posteriormente, atingiu cerca de 30% dos cães socorridos em hospitais e clínicas veterinárias nas Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo (TRAPP et al., 2002; DAGNONE et al., 2003; LABARTHE et al., 2003; BULLA et al., 2004).
Na Venezuela, foram registradas recentemente pelo menos seis casos clínicos de erliquiose humana, originada do E. canis (PEREZ et al., 2005).
Esse exemplar Ehrlichia, compreende atualmente cinco espécies evidenciadas de bactérias gram negativas, da família Ehrlichiae: Ehrlichia canis, E. chaffeensis, E. ewigii, E. muris e E. ruminantium (DUMLER et al., 2001; MENDONÇA et al., 2005; NAKAGHI et al., 2008).
Seja os animais com infecção crônica, seja os carrapatos que ficam contaminados por períodos longos são também visto como reservatórios da Ehrlichia canis(ANDREREG & PASSOS, 1999).
Felinos jovens são também estão também sujeitos ao agente, sendo que a enfermidade se manifesta de forma semelhante à dos cães embora os relatos na espécie, não sejam muito divulgados.
Foram identificados gatos, na África do Sul, que tinham anticorpos anti-Ehrlichia canis(ALMOSNY et al., 1998; ALMOSNY & MASSARD, 2002), bem como outros mamíferos, roedores, que desempenham um papel de reservatório, justificando a característica epizóotica da erliquiose canina (ANDEREG & PASSOS, 1999).
As Fases da Erliquiose são:
Aguda - normalmente crescem de 1 à 3 semanas depois da picada do carrapato infectado e esse período
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