As Etapas da Técnica Histológica
Por: Marília Leyenn • 8/4/2016 • Relatório de pesquisa • 753 Palavras (4 Páginas) • 589 Visualizações
Os microscópios possibilitaram a compreensão de muitas doenças e processos fisiológicos, através da luz atravessa o objeto para formar uma imagem formada por uma sequência de lentes. No entanto, para que esse fenômeno ocorra, é preciso que o objeto seja fino o suficiente para que a luz de fato o ultrapasse. Com o passar do tempo, a curiosidade humana almejou observar outras estruturas, nascia neste momento a técnica histológica, que é o conjunto de procedimentos que envolve a preparação de amostras (tecidos ou células) para a análise sob a microscopia de luz.
As etapas da técnica histológica são: coleta do material, fixação, clivagem, descalcificação, processamento, inclusão, microtomia, coloração, selagem e observação ao microscópio.
Coleta, fixação e clivagem:
Imediatamente após a coleta, que é a retirada da amostra biológica do organismo vivo ou morto obtidos através de biópsia, necrópsia ou peças cirúrgicas, é feita a sua fixação, que é a principal etapa da histotecnologia, com o objetivo de parar o metabolismo celular, evitar a autólise e a proliferação bacteriana e manter a estrutura e a composição mais próxima a do tecido in vivo. Os métodos de fixação podem ser divididos em dois: fixação física (promove a conservação da amostra através de seu aquecimento, resfriamento) e fixação química (processo de estabilização de biomoleculas através da ação de agentes químicos. Ex: formol, solução de Bouin). Os principais grupos de fixadores são: agentes oxidantes, agentes desnaturares, fatores de mecanismos desconhecidos, fixadores aldeídos e combinações, porém os mais utilizados são os aldeídos (formaldeído, que deve ser diluído em solução tamponada, de preferência a formalina tamponada de Carson). Principais fatores que influenciam a fixação: temperatura, volume da mistura fixadora, concentração, ph da mistura fixadora, osmolaridade, espessura da amostra e tempo de fixação. O líquido fixador deve ser colocado em um frasco de boca larga em um volume vinte vezes maior que o da amostra, cujo frasco deve ser devidamente identificado. Quando a amostra é espessa, realiza-se, a sua clivagem (redução), para permitir a melhor penetração do fixador.
Descalcificação:
Para examinar o tecido ósseo, deve-se antes de processá-lo, proceder à descalcificação que é a remoção dos sais de cálcio depositados nos tecidos orgânicos sem alteração da sua estrutura celular. Os descalcificadores podem ser: ácidos (os principais), histoquimicos, soluções descalcificadores patenteadas, resinas de troca iônica e descalcificadores eletrolíticos. Fatores que influenciam na escolha do método de descalcificação: urgência do material, grau de mineralização do tecido, coloração a ser empregada e tipo de fixador ultilizado.
Processamento:
Reúne procedimentos de retirada da água com a finalidade de endurecer a amostra para ser cortada. Existem várias substâncias responsáveis como o OCT, resinas hidrofilicas e hidrofóbicas, a parafina, etc. No caso da parafina, por sua natureza hidrofóbica, necessitará de três etapas: desidratação (remoção da água por agentes desidratantes - etanol), clarificação ou diafanização (remoção do álcool por agentes clarificadores - xilol, e infiltração (remoção
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